IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO DOS PERFIS DE SUSCETIBILIDADE E DETECÇÃO DE BIOFILMES DOS PRINCIPAIS CONTAMINANTES BACTERIANOS ISOLADOS EM CENTRAIS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL DE SUÍNOS

Autores

  • Paulo Eduardo Bennemann UNOESC
  • Lilian Kolling
  • Gabriela Roman Paludo
  • Eduardo Kohl
  • Carla Sabedot
  • Thais Brunetto

Resumo

A inseminação artificial (IA) é uma biotécnica que continua em franca expansão em suínos por possibilitar a utilização de reprodutores geneticamente superiores. Essa técnica requer higiene rígida em todas as etapas do processo, desde a coleta do sêmen até o processamento, para minimizar a contaminação bacteriana do ejaculado, o que reflete diretamente na produtividade das matrizes. O sucesso da IA depende da qualidade das doses inseminantes (DI), que devem ser isentas de micro-organismos contaminantes e potencialmente patogênicos, com capacidade fertilizante e elevado valor genético. A coleta de um ejaculado livre de contaminantes representa um desafio, pois os contaminantes são oriundos do ambiente em que o ejaculado é coletado e estão presentes em partículas de poeira em suspensão, bem como integrantes da microbiota normal do próprio animal. Falhas de manejo e higiene predispõem à contaminação bacteriana do sêmen do suíno, apresentando a viabilidade das células espermáticas comprometida, além disso, podendo causar infecções uterinas, aumentando a infertilidade em fêmeas, trazendo prejuízos reprodutivos. Medidas de limpeza e desinfecção adotadas nos processos de coleta e processamento de sêmen algumas vezes não são eficientes em decorrência da resistência do agente bacteriano a antimicrobianos comumente utilizados nos diluentes de sêmen. A formação de biofilme é um mecanismo descrito como importante na persistência e manutenção dos micro-organismos, fazendo com que os antimicrobianos e desinfetantes não consigam atingi-los. Foram realizadas coletas de amostras de sêmen e swabs em três unidades de processamento de sêmen (UDG). Entre as amostras coletadas em cada UDG, os principais focos de contaminação bacteriana estavam relacionados à produção e ao armazenamento de água e do sêmen in natura. A água representa o maior fator de risco quando o tema abordado é a qualidade seminal e requer atenção especial. Os agentes bacterianos mais prevalentes em todas as UDGs foram S. aureus, S. hyicus, E. coli e Peseudomonas sp. No teste in vitro de susceptibilidade a antimicrobianos das bactérias mais prevalentes do sêmen suíno das UDGs, foram utilizados penicilina (PEN), ceftiofur (CTF), lincomicina (LIN), gentamicina (GEN) e neomicina (NEO); as bactérias apresentaram maior resistência à penicilina e à lincomicina e mais sensíveis à gentamicina e à neomicina.Os agentes mais prevalentes isolados das amostras serão submetidos a provas moleculares por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para a detecção de genes codificadores de biofilmes. Serão submetidos também a testes de resistência a substâncias desinfetantes. Práticas como limpeza e desinfecção do ambiente laboratorial, processamento e resfriamento das doses inseminantes são fatores fundamentais para reduzir a carga microbiana e posteriormente minimizar os prejuízos causados pelos micro-organismos.

Palavras-chave: Inseminação artificial. Biofilme. Cachaços.

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Publicado

29-08-2014

Como Citar

Bennemann, P. E., Kolling, L., Roman Paludo, G., Kohl, E., Sabedot, C., & Brunetto, T. (2014). IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO DOS PERFIS DE SUSCETIBILIDADE E DETECÇÃO DE BIOFILMES DOS PRINCIPAIS CONTAMINANTES BACTERIANOS ISOLADOS EM CENTRAIS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL DE SUÍNOS. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), 435. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/5414

Edição

Seção

Xanxerê - Pesquisa

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