A RELAÇÃO ENTRE AS HABILIDADES MOTORAS E A DISGRAFIA EM CRIANÇAS DE 9 A 10 ANOS

Autores

  • Sandra Rogéria de Oliveira Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Rafael Cunha Laux

Resumo

Para a execução motora da escrita é necessário o Sistema Nervoso Central, mais especificamente do córtex motor, além de certo grau de desenvolvimento motor. A tonicidade e a coordenação dos movimentos devem estar suficientemente estabelecidas para possibilitar a atividade das mãos e dos dedos; se assim não acontecer no desenvolvimento natural das crianças, elas apresentarão prejuízos em seu desempenho escolar; entre eles está a disgrafia, ou seja, dificuldade de execução do grafismo. Por esse motivo ser uma constante no espaço escolar, o presente estudo objetivou avaliar a relação entre as habilidades motoras e a disgrafia em crianças de 9 a 10 anos submetidas a um processo de intervenção psicomotora, identificando as que apresentam disgrafia, diagnosticando o perfil motor, intervindo com uma proposta de atividades motoras e comparando os pré e pós-testes, relacionando as habilidades motoras e a disgrafia. A presente pesquisa se caracteriza como estudo de caso e experimental, de cunho qualitativo-quantitativo, sendo a população composta por 35 crianças de 9 a 10 anos que participam do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil na Unidade de Atendimento Socioeducativa, localizado no bairro Seminário, na Cidade de Chapecó, SC. Para a amostra participam as crianças disgráficas que estão na faixa etária de 9 a 10 anos. Como instrumentos foram utilizados: a) Para avaliar a disgrafia – Escala de Disgrafia de Ajuriaguerra (1971) adaptada por Lorenzini (1993); b) Para avaliar as habilidades motoras – Escala de Desenvolvimento Motor de Rosa Neto (2002); c) Diário de campo e chamada; e d) A proposta de intervenção psicomotora composta por 24 aulas. Para a análise de dados foi utilizada a técnica de análise de séries temporais simples. O teste de disgrafia delimitou a amostra da pesquisa, constatando que 17,2% dos sujeitos apresentaram essa dificuldade de aprendizagem. Observou-se nos sujeitos disgráficos um déficit motor na organização temporal, em média de 46 meses, ficando 37,7% menor que a idade cronológica. Após a proposta de intervenção psicomotora, três dos quatro sujeitos que apresentavam disgrafia tiveram um avanço tanto na organização temporal quanto na grafia, uma melhora média respectivamente de 24,18% e 41,34%, mostrando a existência de uma relação entre esses dois elementos. O sujeito que não teve melhora em nenhum aspecto deve ser estudando mais afundo, pois se observou durante esse processo de intervenção a dificuldade de concentração que pode estar relacionada a outras dificuldades de aprendizagem. Conclui-se que a reeducação psicomotora é eficaz no processo de tratamento da disgrafia.

Palavras-chave: Habilidades motoras. Disgrafia. Aprendizagem.

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Biografia do Autor

Sandra Rogéria de Oliveira, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Mestre em Educação, Graduação em Educação Física e Letras. Professora do Curso de Educação Físicada Unoesc - Area das Ciências da Saúde e Educação.

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Publicado

29-08-2014

Como Citar

Oliveira, S. R. de, & Laux, R. C. (2014). A RELAÇÃO ENTRE AS HABILIDADES MOTORAS E A DISGRAFIA EM CRIANÇAS DE 9 A 10 ANOS. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), 19. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/5211

Edição

Seção

PIBIC - CNPq

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