REVISÃO DE LITERATURA SOBRE SABERES DOCENTES E TDAH NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Autores

  • Patrick Zawadzki Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Cleisa Gazola Membro do Grupo de Pesquisa do Curso de Educação Física da UNOESC- Chapecó.

Resumo

O transtorno de déficit de atenção hiperativa (TDAH) é um problema crônico e pode acentuar-se com o passar dos anos. Os seus sintomas mais comuns são: desatenção, hiperatividade e impulsividade e, principalmente, para o caso da Educação Física, a atividade motora apresenta-se exageradamente intensa, caracterizada por poucos momentos de controle do próprio corpo. O diagnóstico é feito com a criança e com entrevistas aos pais e à escola, utiliza-se o teste DSM-V da Associação Americana de Psiquiatria. Este estudo teve como objetivo revisar a literatura científica sobre TDAH para levantar possíveis saberes docentes necessários para a prática do profissional de Educação Física durante sua docência na escola. Foram utilizadas como buscadores científicos as bases de dados Scielo e Periódicos, além da Biblioteca Digital da Unoesc. Os resultados principais demonstraram que: 1) Os relatos de pais e professores, normalmente, divergem quanto aos diagnósticos e que o processo deve ser conduzido por um profissional com experiência clínica; 2) O cérebro da pessoa com TDAH apresenta fluxo sanguíneo menor na região frontal e que, inclusive, o cerebelo pode estar envolvido; 3) Há a possibilidade de ação de neurotoxinas que prejudicam a memória de curto prazo; 4) As mesmas neurotoxinas podem deprimir a duração da atenção e da motivação e, ainda, acelerar a fadiga e a confusão mental; 5) Uma estratégia para que o cérebro não sofra picos de energia é consumir proteínas e carboidratos de digestão lenta; 6) O grupo de estudantes com TDAH é heterogêneo, por isso, é necessário considerar as necessidade individuais; 7) A intervenção comportamental é a mais latente, pois esses alunos precisam desenvolver autocontrole; 8) Adotar atitude positiva, como elogios e “recompensas” para comportamentos adequados; 9) Propiciar ambientes tranquilos; 10) Combinar sinais discretos para chamar a atenção ou lembrar acordos; 11) Ignorar as transgressões leves que não forem intencionais; 12) Quando o aluno começar a ficar agitado, redirecioná-lo para outra atividade ou situação; 13) A lentidão é uma característica do aprendizado, considerando-se as frequentes distrações e a dificuldade em organizar-se no tempo; 14) O professor deve aceitar a maior distração desse aluno; 15) Não deve ser comparado aos demais alunos da classe; 16) Turmas menores beneficiam o aluno, evitar estímulos em excesso, sentar ou mantê-lo perto do professor; e, por fim, 17) Manter uma rotina estruturada. É possível concluir que o ambiente, na família, escola ou sociedade, repercute de forma decisiva no agravamento ou não dos sintomas, e que a divergência no diagnóstico do TDAH mostra a falta de evidências na definição do transtorno, o que exige do professor maior controle na sua docência. Sugere-se que avaliações periódicas específicas sejam adotadas como forma de registro da evolução desse transtorno.

Palavras-chave: Saberes docentes. Educação Física. TDAH. Escola. Professor. 

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Biografia do Autor

Patrick Zawadzki, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Doutorando em Educaçao Física, Atividade Física e Esporte pela Universidade de Barcelona.

Professor da UNOESC-Chapecó.

Cleisa Gazola, Membro do Grupo de Pesquisa do Curso de Educação Física da UNOESC- Chapecó.

Acadêmica do Curso de Educação Física da UNOESC- Chapecó.

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Publicado

29-08-2014

Como Citar

Zawadzki, P., & Gazola, C. (2014). REVISÃO DE LITERATURA SOBRE SABERES DOCENTES E TDAH NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), 72. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/5097

Edição

Seção

Chapecó - Ensino

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