O STRESS DESENVOLVIDO PELOS MOTORISTAS DE TRANSPORTE PÚBLICO: SUAS CONSEQUÊNCIAS NO TRÂNSITO E NA SAÚDE DOS MOTORISTAS

Autores

  • Leonora Vidal Spiller UNOESC
  • Rosa Maria de Moura Benelli UNOESC/Chapecó

Resumo

A pesquisa, oportunizada pelo componente curricular Psicologia do Trânsito, abarca o desenvolvimento de conhecimentos teóricos e práticos acerca das variáveis que envolvem o desencadeamento de stress na profissão de motorista de transporte público e suas implicações na saúde e na segurança pública. O objetivo na presente pesquisa é a identificação de fatores estressantes na atividade dos motoristas de transporte coletivo, visando buscar estratégias que promovam a prevenção de acidentes, a promoção de saúde e a qualidade de vida desse profissional, o que reflete diretamente na segurança e no bem-estar da sociedade. A pesquisa é qualiquantitativa, exploratória, individual e participante, composta por dois questionários semiestruturados. O primeiro questionário busca informações pessoais e de rotina. O segundo, sintomas físicos e psicológicos, baseando-se no Inventário de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL), de Maria Novaes Lipp, detectando, assim, a presença ou não do stress. A priori, a pesquisa compreenderia uma amostra de 100 participantes, mas, como duas empresas interessaram-se pela proposta, esse número será estendido. Até o momento foram 75 entrevistas realizadas em uma das empresas, constituída por 142 motoristas. Destes, somente três indivíduos apresentaram alguns sintomas enquadrados no inventário. Quanto aos fatores geradores de stress, verificou-se o trânsito, o comportamento dos passageiros, as condições das vias, os ruídos e o calor como fatores mais estressantes. Tais variáveis remetem à importância da conscientização, respeito e educação no trânsito. Apesar dos agentes estressores, a pesquisa não aborda presença significativa de stress, surgindo olhares acerca de fatores considerados importantes no contexto do resultado. São questões de estrutura organizacional oferecidos pela empresa, como a certificação e a bonificação para funcionários que anualmente não se envolvem em acidentes, incentivando, assim, o clima de segurança, a prática de treinamentos bimestrais de acordo com a atividade, também serviços de massoterapia, entre outros. Neste momento, a empresa possui disponibilidade de funcionários, possibilitando horários mais flexíveis e não exigindo horas extras. Os motoristas afirmam gostar muito da profissão, salientando que em um momento de crise no país, consideram importante estarem empregados. O trabalho está de acordo com as expectativas de aprendizagem, haja vista que ainda decorre muito a fazer, bem como a perspectiva de um projeto de intervenção posterior abordando os principais agentes estressores identificados.

Palavras-chave: Stress. Motorista. Estressores ambientais.

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Biografia do Autor

Leonora Vidal Spiller, UNOESC

Psicóloga, especialista em Psicopedagogia e Psicologia do Trânsito, professora do curso de Psicologia da UNOESC

Rosa Maria de Moura Benelli, UNOESC/Chapecó

Graduanda da 4ª fase do curso de Psicologia

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Publicado

08-09-2015

Como Citar

Vidal Spiller, L., & de Moura Benelli, R. M. (2015). O STRESS DESENVOLVIDO PELOS MOTORISTAS DE TRANSPORTE PÚBLICO: SUAS CONSEQUÊNCIAS NO TRÂNSITO E NA SAÚDE DOS MOTORISTAS. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE). Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/8190

Edição

Seção

Chapecó - Pesquisa

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