Considerações sobre a comissão nacional do livro didático: o manual de filosofia do Pe. Castro Nery S.J

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18593/r.v46i.23366

Palavras-chave:

História da educação, Livros didáticos, Filosofia, Pe. Castro Nery

Resumo

O artigo tem por objetivo analisar o manual Filosofia, do Pe. José de Castro Nery S.J., um artefato da cultura escolar – objeto indiciário de saberes e práticas pedagógicas no campo da História da Educação. Na primeira parte, abaliza-se o livro didático como fonte e documento da cultura material escolar e sua relação com o ensino secundário. Na segunda parte, apresentam-se aspectos da materialidade desse exemplar da cultura escolar, sendo autorizado pela Comissão Nacional do Livro Didático (CNLD). E, por fim, na terceira parte, abordam-se aspectos da fundação da CNLD, em 1938, e suas redes de sociabilidade em torno do projeto de nacionalização pelo governo federal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Aldemir Barbosa da Silva, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE, da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, e membro do Observatório de Práticas Escolares - OPE.

Celso João Carminati, UDESC

Doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2003). Professor concursado (Associado VII) no Departamento de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e da Educação - Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. Membro do Grupo de Pesquisa Observatório de Práticas Escolares - OPE - FAED/UDESC.

Referências

A GAZETA. Três livros do padre dr. Castro Nery. A Gazeta, São Paulo, 2 jun. 1932. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=763900& PagFis=38933&Pesq=castro%20nery. Acesso em: 9 maio 2018.

A ORDEM. Rio de Janeiro, ano XI, v. 5, p. 187-192, dez. 1935.

BRASIL. Decreto-Lei n. 1.006, de 30 de dezembro de 1938. Estabelece as condições de produção, importação e utilização do livro didático. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 27705, jan. 1939a.

BRASIL. Decreto-Lei n. 1.177, de 29 de março de 1939. Dispõe sobre o funcionamento da Comissão Nacional do Livro Didático no ano de 1939. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 19015, ago. 1939b.

BRASIL. Decreto-Lei n. 1.417, de 13 de julho de 1939. Dispõe sobre o funcionamento da Comissão Nacional do Livro Didático no ano de 1939. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 16935, ago. 1939c.

BRASIL. Decreto-Lei n. 20.108, de 15 de julho de 1931. Dispõe sobre o uso da ortografia simplificada do idioma nacional nas repartições públicas e nos estabelecimentos de ensino. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 10513, jun. 1931.

BITTENCOURT, C. Livro didático e saber escolar (1810-1910). Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

CARVALHO, M. M. C. de. A escola e a República e outros ensaios. Bragança Paulista: EDUSF, 2003.

CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano. 14. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

CHARTIER, R. Defesa e ilustração da noção de representação. Fronteiras, Dourados, MS, v. 13, n. 24, p. 15-29, jul./dez. 2011. Disponível em: http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS/article/view/1598. Acesso em: 1 maio 2017.

CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: reflexões sobe um campo de pesquisa. Teoria & Educação, n. 2, p. 117-229, 1990.

CHOPPIN, A. Las politicas dos libros escolares en el mundo: perspectiva comparativa e história. In: SILLER, J. P.; GARCIA, V. R. (org.). Identidad em el mundo imaginário nacional: reescritua y enseñaza de la historia. Puebla: Universidad Autonoma de Puebla, 1998. p. 169-180.

CHOPPIN, A. Políticas dos livros escolares no mundo: perspectivas comparativas e histórica. História da Educação, Pelotas: ASPHE/FaE/UFPeL, v. 12, n. 24, p. 9-28, jan./abr. 2008. Acesso em: https://seer.ufrgs.br/asphe/article/view/29225/0. Acesso em: 10 nov. 2017.

CHOPPIN, A. O historiador e o livro escolar. História da Educação, Pelotas: ASPHE/FaE/UFPel, v. 11, p. 5-24, abr. 2002. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/asphe/article/view/ 30596. Acesso em: 5 ago. 2017.

CHOPPIN, A. História dos livros e das edições didáticas: sobre o estado da arte. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 30, n. 3, p. 549-566, set./dez. 2004. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27957. Acesso em: 27 nov. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022004000300012

ESCOLANO BENITO, A. El manual como texto. Pro-Posições, v. 23, n. 3 (69), p. 33-50, set./dez. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pp/v23n3/03.pdf. Acesso em: 1 jul. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73072012000300003

FERREIRA, R. de C. C. A Comissão Nacional do Livro Didático durante o Estado Novo (1937 - 1945). 2008. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2008.

FILGUEIRAS, J. M. Os processos de avaliação dos livros didáticos no Brasil. 2011. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2011.

FREITAS, I. A historiografia escolar na Comissão Nacional do Livro Didático: pareceres de Jonathas Serrano (1938/1941). História & Ensino, Londrina, v. 12, p. 141-156, ago. 2006. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/ histensino/article/ view/11726. Acesso: 15 jul. 2017. DOI: https://doi.org/10.5433/2238-3018.2006v12n0p141

GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

HALLEWELL, L. O livro no Brasil (sua história). São Paulo: T. A. Queiroz, 1985.

MAGALHÃES, J. O manual escolar como fonte historiográfica. In: COSTA, J. V.; FELGUEIRAS, M. L.; CORREIA, L. G. (coord.). Manuais Escolares da Biblio¬teca Pública Municipal do Porto. Porto: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, Faculdades de Letras do Porto, 2008.

MUNAKATA, K. Livro didático como indício da cultura escolar. Hist. Educ., Porto Alegre v. 20, n. 50, p. 119-138 set./dez. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/heduc/v20n50/2236-3459-heduc-20-50-00119.pdf. Acesso: 15 jul. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/2236-3459/624037

MUNAKATA, K. O livro didático: alguns temas de pesquisa. Revista Brasileira de História da Educação, Campinas, SP, v. 12, n. 3 (30), p. 179-197, set./dez. 2012. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38817. Acesso: 15 jul. 2017. DOI: https://doi.org/10.4322/rbhe.2013.008

NERY, J. de C. (Pe.). Filosofia. 3 ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1934.

ROCHE, D. A censura e a indústria editorial. In: DARNTON, R.; ROCHE, D. Revolução impressa: a Imprensa na Franca 1775 – 1800. São Paulo: USP, 1996.

SCHWARTZMAN, S.; BOMENY, H. M. B.; COSTA, V. M. R. Tempos de Capanema. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

SIRINELLI, J. F. Os intelectuais. In: RÉMOND, R. Por uma história política. Rio de Janeiro: FGV, 2003.

SOARES, F.; ROCHA, J. L. da. As políticas de avaliação dos livros didáticos na Era Vargas. A Comissão Nacional do Livro Didático. Revista ZETETIKE, Campinas: Cempem, v. 13, n. 24, p. 81-112, jul./dez. 2005. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br /ojs/index.php/histedbr/article/view/8640041. Acesso: 11 fev. 2017.

SOUZA, R. F. História da cultura material escolar: um balanço inicial. In: BEN¬COSTTA, M. L. (org.). Culturas escolares, saberes e práticas educativas: itinerá¬rios históricos. São Paulo: Cortez, 2007.

VELLOSO, M. P. A Ordem. Uma revista de doutrina política e cultura católica. Revista de Ciência Política, v. 21, n. 3, p. 117-160, jul./set. 1978. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rcp/article/view/59839/58163. Acesso: 01 jul. 2017.

Downloads

Publicado

24-11-2020

Como Citar

SILVA, A. B. da; CARMINATI, C. J. Considerações sobre a comissão nacional do livro didático: o manual de filosofia do Pe. Castro Nery S.J. Roteiro, [S. l.], v. 46, p. e23366, 2020. DOI: 10.18593/r.v46i.23366. Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/23366. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos de demanda contínua