O desenho como expressão das crianças: a experiência de ser criança e de ser aluno

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18593/r.v46i.24273

Palavras-chave:

Infância, Ofício de aluno, Ofício de criança, Desenho

Resumo

O presente artigo tem como objetivo compreender como, na relação entre ser criança e ser aluno, a infância expressa as suas vivências na escola. Em função do objetivo delineado, utilizou-se como metodologia a pesquisa etnográfica envolvendo cinquenta e uma crianças de uma turma do primeiro ano do ensino fundamental de uma escola pública do município de Joinville, no Estado de Santa Catarina, em 2018. A aproximação dos pesquisadores com a realidade da escola pesquisada possibilitou conhecer e interpretar o “ponto de vista” das crianças, ficando em evidência que elas distinguem a escola como um lugar com diferentes fazeres, porém, elas desejam ser crianças, num exercício constante de não-submissão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosana Becker, Sociedade Educacional de Santa Catarina - SOCIESC

Possui graduação em Pedagogia pela Associação Catarinense de Ensino e mestrado em Educação pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Atualmente é professor da Sociedade Educacional de Santa Catarina e professor do Centro Sul Brasileiro de Pesquisa Extensão e Pós-Graduação LTDA.

Luiz Martins Junior, Universidade do Estado de Santa Catarina

Possui graduação em Geografia Bacharelado e Licenciatura pela Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, graduação em Pedagogia e Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutorando no programa de Pós-Graduação em Educação - FAED/UDESC. Trabalhou como professor da Educação Básica no Estado de Santa Catarina. Coordenou o curso Técnico dos Portos, no município de Itapoá e como tutor à Distância no Curso de Pedagogia da Universidade do Estado de Santa Catarina, na disciplina, conteúdos e metodologia no Ensino de Geografia e professor orientador do Curso de Especialização na Educação Cultura Digital pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Jordelina Beatriz Anacleto Voos, Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE

Possui doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e graduação em Pedagogia pela Faculdade de Educação de Joinville. Professora titular da Universidade da Região de Joinville. Atuação nos cursos de Licenciatura.

Referências

ARFOUILLOUX, J. C. A entrevista com a criança: abordagem da criança através do diálogo, do brinquedo e do desenho. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1983.

ARROYO, M. G. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis: Vozes, 2000.

BARROS, A. J. P. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1990.

BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo e a educação. 34. ed. São Paulo: Duas Cidades, 2002.

BHABHA, H. K. O local da cultura. 3. ed. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2005.

BOURDIEU, P. Razões práticas sobre a teoria da acção. Oeiras: Celta, 1997.

BROUGÈRE, G. Brinquedos e companhia. São Paulo: Cortez, 2004.

CARVALHO, N. C. Lúdico: sujeito proibido de entrar na escola. Revista Motrivivência, Florianópolis: UFSC, v. 1, n. 9, p. 1-8, jan./jun.1997.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2011.

DELEUZE, G. ¿Que és un dispositivo? In: DELEUZE, G. Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1990. p. 155-161.

DERDYK, E. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. 3. ed. São Paulo, Scipione, 2004.

ESTEBAN, M. T. Escolas que somem, reflexões sobre escola pública e educação popular. Revista Perspectiva, Florianópolis, v. 22, n. 1, p. 127-144, jan./jun. 2004.

FARIA, A. L. et al. Por uma cultura da infância: metodologias de pesquisa com crianças. Lisboa: Autores Associados, 2002.

FARIA, A. L. G. de; DEMARTINI, Z.; PRADO, P. (org.). Por uma cultura da Infância: metodologia de pesquisa com crianças. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2009. v. 1.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 25. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

FRANGE, L. B. P. Por que se esconde a violeta? São Paulo: Annablume; Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 1995.

GOBBI, M. A. Desenho infantil e oralidade: instrumentos de pesquisa com crianças pequenas. In: DEMARTINI, Z.; PRADO, P. D.; FARIA, A. L. (org.). Por uma cultura da infância: por uma metodologia de pesquisa com crianças. Campinas: Editora Autores Associados, 2002.

GOBBI, M. A. Mundos na ponta do lápis: desenhos de crianças pequenas ou de como estranhar o familiar quando o assunto é criação infantil. Linhas Críticas, Brasília, DF, v. 20, n. 41, p. 147-165, jan./abr. 2014. DOI: https://doi.org/10.26512/lc.v20i41.4265

GUIMARÃES, Á. M. Vigilância, punição e depredação escolar. 3. ed. Campinas: Papirus, 2003.

GUSMÃO, N. M. M. Para desatar fios e descobrir desafios. Revista Proposições, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 65-68, nov./dez. 1997.

GUSMÃO, N. M. M. Linguagem, cultura e alteridade: imagens do outro. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 1, n. 107, p. 41-78, jul./ago. 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15741999000200002

KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1998.

KOHAN, W. O. A infância como figura de emancipação. In: ANPED, 24., 2001, Caxambu. Anais [...] Caxambu, 2001.

LARA, Â. M. B.; MOLINA, A. A. Pesquisa Qualitativa: apontamentos, conceitos e tipologias. In: TOLEDO, C. A. A.; GONZAGA, M. T. C. (org.). Metodologia e técnicas de pesquisa nas áreas de ciências humanas. Maringá: EEduem, 2011. p. 121-172.

LEITE, M. I. F. P. Desenho infantil: questões e práticas polêmicas. In: KRAMER, S.; LEITE, M. I. (org.). Infância e produção cultural. São Paulo: Papirus, 1998.

LEITE, M. I. F. P. O que e como desenham as crianças? Refletindo sobre condições de produção cultural da infância. 2001. 118 p. Tese (Doutorado em Educação, Sociedade e Cultura) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.

MALAGUZZI, L. História, idéias e filosofia básica. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. (org.). As cem linguagens da criança: a abordagem da Reggio Emília na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. p. 59-104.

MARTINS, M. C. F. D. Não sei desenhar. 1992. 200 p. Dissertação (Mestrado em Artes visuais) – Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, São Paulo, 1992.

MATOS, M. Narra-Grafias de viagem. In: CLARA, F. et. al. Várias Viagens: estudos oferecidos a Alfred Opitz. Portugal: Famalicão, Edições Húmus, v. 1. n. 1. p. 263-288, set./dez. 2011.

MOREIRA, A. A. O espaço do desenho: a educação do educador. 9. ed. São Paulo: Loyola, 2018.

PINTO, M.; SARMENTO, M. J. As crianças: contextos e identidades. Braga, Portugal: Centro de estudos da criança, 1997.

PROUT, A. Reconsiderar a sociologia da infância: para um estudo interdisciplinar das crianças. Comunicação Proferida por ocasião do ciclo de conferências em sociologia da infância. Tradução: Helena Antunes. Portugal: UM-IEC, 2004.

SARMENTO, M. J. O estudo de caso etnográfico em educação. In: ZAGO, N. et al. Itinerários de pesquisa: perspectivas qualitativas em sociologia da educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. cap. 2, p. 137-179.

SARMENTO, M. J. O estudo de caso etnográfico em educação. In: ZAGO, N. et al. Itinerários de pesquisa: perspectivas qualitativas em sociologia da educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. p. 137-179.

VIÑAO FRAGO, A. El espacio y el tiempo escolares como objecto histórico. Contemporaneidade e Educação. Revista Brasileira de Educação, v. 5, n. 27, p. 93-110, set./dez. 2000.

VIÑAO FRAGO, A. Tiempos escolares, tiempos sociales. Barcelona: Editorial Ariel Practicum, 1998.

Downloads

Publicado

02-02-2021

Como Citar

BECKER, R. .; MARTINS JUNIOR, L. .; VOOS, J. B. A. O desenho como expressão das crianças: a experiência de ser criança e de ser aluno. Roteiro, [S. l.], v. 46, p. e24273, 2021. DOI: 10.18593/r.v46i.24273. Disponível em: https://periodicos.unoesc.edu.br/roteiro/article/view/24273. Acesso em: 17 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos de demanda contínua