A aula-oficina na caminhada de aprender a ser professor de História
DOI:
https://doi.org/10.18593/r.v45i0.21736Palavras-chave:
Educação Histórica, Formação de professores, Profissionalismo docente, Aula-oficinaResumo
Ser professor de História implica o engajamento de várias áreas do saber e exige a operacionalização de operações complexas adequadas ao contexto educativo em que se inscreve. A formação de professores tem de ser capaz de desafiar e preparar os futuros professores de História para lidarem em progressão com essas operações. A aula-oficina é um caminho proposto pela educação histórica que parece se adequar ao desenvolvimento de literacia e consciência histórica. Os dados de investigação em Educação Histórica têm demonstrado que quando os aprendentes são desafiados a resolver tarefas com base em fontes, analisadas com questões de graus distintos de complexidade, promove-se o desenvolvimento do pensamento e o conhecimento histórico. Assim, propõe-se a partilha de dados de um estudo qualitativo em linha com a Grounded Theory (Teoria fundamentada), realizado por meio de uma amostragem de conveniência entre 20 alunos do mestrado em ensino da História do terceiro ciclo do ensino básico e do ensino secundário de uma universidade do Norte de Portugal, em várias fases de formação e de recolha de dados, numa lógica longitudinal e em linha com os princípios da aula-oficina – das ideias prévias à metacognição. As ideias foram recolhidas por meio de questionário de resposta aberta acerca dos seguintes construtos: consciência histórica, identidade e profissionalismo docente. As ideias partilhadas pelos alunos, futuros professores de História, sugerem que as tarefas-desafios propostas acompanhadas pelo debate das soluções encontradas e da reflexão continuada acerca do processo promoveram a consciência do seu papel e propósito de professor de História numa lógica de crescente complexidade em termos de identidade pessoal-histórica e de profissional-docente.
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