APRESENTA*ÃO
DOSSIÊ SISTEMA NACIONAL DE *VALIAÇÃO
I*iciativas de implant*ç*o ** um sistema nacion*l *e a*aliação, por mei* de
avalia*ões em *arga escala, tornaram-se expressivas a par*ir da dé*ada de 1980 no Brasil,
sendo endos*a*as pelas d*sc*ssões ** torno da Const**uição Feder*l aprovada e* 1998.
*i*da que ess*s iniciativa* *ossa* ser vista* com* uma fo*m* ostens*va de garantir o
"cont*ol* de qualidade", um *** maiores e*eitos dessa int*rvenção t*m sido a cons*derável
pressão *ob*e os professore* para que e*si*em visan** aos tes*es * exames.
O Sis*e** de Avali*ção do Ensino Púb*i*o de 1º gra* (SAEP), criado *m 1987,
de abrangên*ia p*ra todo o terr*tór*o n*cion*l por meio *e u*a *mostra al*ató*ia de estu-
dant*s, escolas e municípios brasile*ros, é considera*o * p*i*ei*a exp*riê**ia de avaliação
e* l*rga e*cala no Bra*il. A part** d*ssa experiência, desenc*deou-s* u* processo, **m
*rec*dência, d* multiplic**ão de ins*rument*s diverso* de av*liação do* estudan*es, das
*scolas e d** redes de e*sino nos mais d*ver*o* estágios do desenvo*v*mento e*colar d*
*rianç*s e jovens e que compre*ndem t**to a educação básica quan*o o ensin* superior.
Sob a égide de um* polít*c* de regula*ão do flux* esc*l*r, a p*rtir do SAEP,
f*i criado, no ano 1990, o S*stema de A*ali*ç*o da Ed*cação Básica (SAEB), an*e-
cipando a *om**clatur* que se*ia ado*a*a pos*eriormente, a part*r da *aracterização
*tribuída pela Le* d* *ir*trizes e B*ses (LDB), em 20 *e de*embro de 199*, a essa
etap* da escolarização (educação b*si*a).
C*m as adequações implementad*s pela *ort*ria Ministerial n. 931, de 21
*e março de 2*05, o *AEB foi su*dividido em Avaliação Nacion*l do Rendi**nto
Escolar (Anresc), conhecida *o* *ro*a Brasil, * *val*aç*o **cional da *ducaç*o Bá-
sica (*NEB), designa*a *elo mes*o nome que agora abriga o S*s*e*a nacional d*
avaliação, ou se*a, **E*.
O **EB e a Prova Br*sil representam, a*ua*ment*, uma das f*rças mais *x-
press*vas da cultura da avaliação em larga es**la no Brasil em v*sta do lugar que ocupam
na *e*imitaçã* dos indic*d*r*s de qualidade da educação bás*ca. Isso p*r*ue os resultados
obt*dos pel*s *studantes nesses dois in*tru*entos alim*nt*m o Índice d* Desenvolv*men-
to d* E*uc**ão B*s*c* (*DEB), cri*do e* 2**7 co* o in*u*to de *feri* a qualidad* d**
escola* de edu*ação bá**c*, redes de en*ino, unidades da Federaçã* e da União.
Roteiro, Joaçaba, v. 39, n. 2, p. 2*7-282, jul./dez. 2014
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No cont*xto das avaliações de largo espec*ro, out*o teste que ganhou des*a-
que em pe*íod* recen*e *oi a A*aliação da Alfabetiza**o "Pr*vinha Bras*l", conhecida
n* meio escolar simplesmente como Provi**a Brasil. Criada em *007, por meio do
Plano *e Dese*volvimento da Edu*ação (PDE), essa avaliação compr*ende um *est*
de caráter diagnóstic*, optati*o para os si*temas e red*s, sem *inal*dade c*assificatória
e sem im*acto no IDEB.
Aplica*a d*as vezes, uma n* início do ano letivo * outra no fin*l, a Provi-
nha Br*sil destina-se * estudantes que est**am na 2ª série/*no do ensino f*ndamental.
Tem por obj*t*vo, anu*c*ado pelo MEC, acompanh*r o proces*o de alfabetizaçã* da
c*i**ça de modo a asse*urar q*e, aos oito *nos, tod*s estejam alfabetizad*s. C*m *sse
*ntuito, os *estes são dispon*bi*izad*s às redes e e*co*as em *uas ediç*es *o mesmo
ano (BRAS**, 2007).
Dua* *aracterístic*s *iferencia* ess* te**e dos demais aqui *e*cionados:
a ideia de proce*sualidade e *e construção *e um inst*umento par* o d*agn*stico *
o acompanham*nto
do *rocesso de alfabet*zaçã*; a s*a me*odologia, de *plicaç*o
e co*r*ção, sob resp*n*ab*l*dade *a escola e *e seus pro*essore*. Ainda que *sses
dois aspectos pos*am pontuar *avorave*mente à aplicação dess* *valiação, há
*ue
se con*iderar que a escolha da matriz de ref*rência e a o*ganiz**ão *as
questões
pe*manece* **b a res*onsabil*dade do MEC/Inep. A t*refa *o *rofess*r *ic* red*zida
* e*ecução da política gestada e pro*uzida em esfer** extraescolares. *ob sua respo*-
sab*lidad* *e*aem, porém, o* resultad*s das ações empr*en*idas pelo Estado.
No ano 201* foi *riada a *ais recente *valiação d* *argo es*ectro, a A*alia-
ç*o Nacional da Alfabetização (AN*). Desti**da às crianç*s que f*e***n*a* o 3º a*o
*o ensi*o fundament*l, es*a a**liação tem *or objetivo aferir o nível de al*ab*ti*ação
e letramento ao final do *iclo de alfa*etização. Dada a proxi*i*ad* dos *eus objeti*os
*os d* P**vinha Brasil, i*d*ga-se acerca da efici*ncia dessas avaliaç*es *o* objeti*os
o* quais, por**an*o *reservam e*t*eita vinculação, p*rec** ***s quere* confundir
professore* do que, de fato, contribuir para a realiz**ão de um dia**ó*tico so*re
o
proc*ss* de a*f**etiza*ã* das cri**ças brasil*iras.
Completando o co*junto de av**ia*õ*s de *argo espectro ins*ituído pe*o Go-
v*rno Federal **ssas três úl*imas década* (1980-2000) n* edu*aç*o *ás*ca, temos
o
Exame **c*onal do Ensino *é**o (ENEM). C*iado *m 19*8, atual*ente **s* é o maior
ex**e do pa** em termos de abrangê*cia de e*tu*antes. Con*a com participa*ão volun-
tá*ia e individ*a* do *lun* e tem por *bjet*vo avaliar o e**i** médio b*asileiro. Desde
20*9, quan*o se *ornou a pri*cipal *o*ma ** aces*o ao ensino superior, o *xam* tem se
tornado *a*co d* inúm**os episódi*s que c**trib**ram para *n*ro*s*r o caldo acerca das
2*8
Disponível em: w**.e*itor*.un*esc.*du.*r
contradiç*es *ue *ercam *s po***icas ava*iativas de *arg* espectro. Provas roubadas e
gabaritos trocado* caus*m descrença e temor em estuda*tes que desejam fazer * teste.
Embora as exper*ências d* avaliações em lar*a e**ala ain*a *ejam r*centes
*o Brasil *, po*t*n*o, seu* efeitos *ind* i*cipi*ntes, o acirramen*o das tendênci*s
neo**bera** n* edu**ção dem*n*tra inc*inação para o for*al*cim*nt* da re*ul*ção do
Estado pelo viés da avalia*ão. É **b*e essas tendênc*a* na implem**tação de um
siste*a nacional d* avaliação nas p**íticas *du*a*iona*s mais r*ce*t*s que re*ai
a
temática do Do*siê que **mpõe es** ediç*o da Roteir*.
I*pulsion*dos pela at*alidade d* te*a, foram su*metidos * Revi*t* R*tei-
ro ma*s de 30 arti*os de*tinados a compor o Dossiê. Os au*ores dos tex*os *ert*nce* a
institu*ções d* ensi*o de diferentes estados brasileir*s. *espeitado o p*ocesso duplo-
-ceg* na ava**ação *or pares, os oito *anu*crito* *elecionados para * Dos*iê Sist**a
Nacional d* Avaliação *rocuram, a part*r *e diferente* olh*r** e perspe*tivas, eviden-
ciar * problemát*ca da* av*lia*ões, internas *u ex**rna*, na educação bás*ca bras*leir*.
O prim*i** deles, de autoria de Luiz Carlos Novaes, disc*te a perce*ção de
pr*fess*res da red* e*tad*al paulis*a sobre * av*liaç** no â*bito do Plan* de Qu*-
li**de da E*c*la, aprese*ta*o pela Secretaria da Educação do Estado de São **u*o
(SEE/SP). So* o *ítul* Os impactos da aval*ação externa *obre * t*aba**o *e profes-
sores n* *ed* estadual **u*is*a, * autor de*tac* n*vos *odos *e se rela*ionar *om a
profissão provoc*dos pelos impa*tos da po*ítica de boni*icação po* resulta*os empr*-
*ndida pela SEE/S*.
Ain*a tratando *e impactos dessa* avaliações, *odrig* *osistolato e Ana
Pires do Prado discutem influências d** aval*açõ*s ex*ernas nas interações entre o*
agent*s escolares por meio do manuscrito O* pro*is*ion*is d* educaçã* e as avaliações
e**erna* ** aprend*zagem: uma com**ra*ão entre Rio *e Janeiro e D*que de Caxias.
Co*cebem essas ava*iações com* even*os extraordin*rios ao co*idi*no escolar, m*s que
nem po* isso deixam de p*omover m*dan*as principalmente r*lacion*da* * di*tribui*ão
*o conhecimen*o es*olar e à orientação **s atividades escola*es *ara as provas.
Na esteira *essa d*scussão, *ul*ana Camila Bar*os* Mendes e Rita de Cás-
sia Prazeres *range*a ap*e*enta* *esult*d*s d* uma investi**ção sobre os movimen-
t*s d* política de avaliaçã* a *artir da mudança curr**u*a* na Secret**ia Mun*cipal de
Educa*ão *o Rio de J*neiro (SME/R*). Util*zando a metáfora do binóculo, tal qual
utilizado por Eça *e Q*eiro*, no man*s*rito Ava*ia*ão: te olhei por um m*nóculo *
*nxerguei a prova, *s *utora* defendem exi*tir hoje um* falsa *orrelaç*o entre avalia-
ção, *fic*ê*ci* e eficácia d*s *scolas. P*lo fato de a avaliação *correr na pressão por
ef*ci*nci* e e*icácia das *scolas, te*-se a i*eia de que, à medida que * efi*iência dos
Roteiro, *oa*aba, v. 39, n. 2, *. 27*-282, jul./dez. 2014
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alunos *elhor*, ela eleva a produtividade em termo* de aprendizag*m * co*sequen-
temente a*me*ta o retor*o d* educação. A cir*ular**a** da política curricular pro*o-
cada por essa f*lsa correlação traz, segundo as *ut*ras, sent*dos ambivalentes para
a qualida*e que se *nco*tra heg**oni*ada pelo *i*curso d* av*lia*ão padroni*ada.
Ain*a *om * int*ito de refletir s*bre o potencial *a avaliação em larga
escal* n* ind*ção da q*ali*ade, E*ite Mari* Suldbra*k * Eliane Maria Cocco apre-
sentam u* en*a*o qu* tem por título A*aliação em la*ga *s*al* no B*asi*: *ot*ncial
ind*tor *e qualidade? No manu*crito são evidenciados ** objetivo* e característ*cas
*** avaliaç*es *nquanto política p*blica e *roblemati*ada *rit*ca*ente à i*posi*ão
de um pensament* único em torno dos va*ores da *ompet*ncia e do desempenho.
N* manuscrito Currículo e aval*ação exte*na na rede municip*l de ensi-
no de *ão P*ulo: *edu*ionismos o* *mbricações?, Bá*bara Barbosa Born e
Raís*a
de Olivei** Cha*paz prob*ematizam a *ue*tão da a*aliaçã* externa por meio de u*
estudo sobre a p*lític* c**ri*ula* do en**no fundamental n* red* *unicipal de ensino
de São Paulo. Evide*ciam que a ampla pro*ução docume*tal e a exis*ência tanto d*
p*ogramas c*rric**ares q*a*to de s*stema de avaliação próp*i* p****tem v*rificar que
na rede *unicip*l d* São Paulo as políti*as de *v*liação externa e as polít*ca* curri-
cu*ar** par*cem mais integradas do q*e sub*e*idas umas às outras.
Po* meio d* um es*udo sobre a p*o*uç** de di*ser*ações e teses sobre o
ENEM, Fabíola Matt* Berg*min e Maria Fe*nanda *ontero discut** te*dências
e
abor*agens do tema no *ampo acadêmico. O manuscrit* Bala**o de pesquisas sobre
o ENEM: co*s*der*ções s*bre a constituição polí*ica das av*liações externas d**per-
ta aten*ão a respeito da ausência de referenc*al teórico que discuta o EN*M enquanto
política edu*acional nas dissertaç*es e te*es produzida* n* p***odo *e 20*7 a 2011.
P*ra as autoras, esses trabalhos, apesar de tratarem *os *spectos políticos da p*ov*,
não a encaram como, ela mesma, u** políti**, **s *omo um* f*rra*enta da polí-
t**a. Tal abor*agem, ai*da que v*li*a, pode levar a u*a desconsideração de al*uns
as*ec*os políticos da p*ópria co*s*ituiç*o do ENEM, e de out*os aspectos ligados às
avaliações ex*erna*, como * intro*uçã* da lógica me*cadológ*ca *a educação e, con-
sequ*ntemente, a introdução da* noç**s de eficiên*ia e *uali*ad*.
A *e*cep*ã* de professor*s sobre o Sist**a de Av*lia**o Normatiza*o da
Acade*ia da Polícia Mi*itar de *ontes *laros, Minas Gerais é enfati*a** no manus-
c*ito A p*rcepção *os pr*f*ssores em relação ao Sistema *e A***iação Normatizado
p*la Academia da Políc*a *ilitar, c*m foco n* avali*ç** da *prendiz*gem. Por *eio
de um estu*o de c***, Joaqui* Rodrigues Ribeiro, *árcio Go*es dos Santos, Mo*cir
Go*ç**ves de Souza, Rein*ldo Ba*b*sa de Oliveira e *aria da* Graças Mo*a Mou-
rão destacam *ue a inflexibilidade do con*unto de medidas padronizad*s adotado nos
cu*sos da P*lícia M*lit*r do Estado de M*nas G*r*is contr*põe-se às opiniões dos *o-
*entes q*e atu*m n*sses cursos, porq*anto esses defende* uma av*liação d*ag*óstica
e formativa, com *oco no es*udan*e.
*ara comp*etar o *onj*nto de textos que integ*a * Do*siê, no man*scri*o A
pro*lematização como possib*li*ade avaliat*v* em Ar*es Visu*is: *pon*amento de uma
persp*ctiva pós-moderna, *arilda Olivei*a de Oliveira, Fra*cieli Regina G*r*et e Vivien
Kell*ng Cardonet*i co*vidam a uma *efle**o sobre a avaliação do pro*esso de ens*no-
-apr**diza*em em Artes Vis*ais. Enfatizan*o o papel da avaliação interna, rea*izada pelo
prof*ssor em sala de aula, as autoras defendem a prob**mat**ação como possibilida*e d*
*vali*r e pensar o ensino de Artes e a própria educação na contemporaneidad*.
Al*m *os t*xtos do Dossiê, *n*egra a edi*ão 3*, n. 2, da Roteiro, um con-
junto de seis a*tigos e uma resenha, submetido* pelo s*s*e*a de demand* co*tínua.
No primeiro d*les, Abelard* *ento Ara*j* apresenta *ma im**rtante re-
flexão sob*e * relação entre os periódi*os j*rnalísticos e a política d* moni*oramen*o
da qua*idade da educação no Brasil, tomando como base o conceito de cotidiani*a-
de proposto por Ag*es Hell*r (2*00). No a*t**o Q*ali*ade em pauta: os periódicos
jornal*stic*s e o monito*ame*to *a *ualidade da educação, o autor *vid*n*ia *ue os
**xt*s jornalísti*os vê* *endo co*siderad*s i*porta*tes não apenas para a pe*q**sa
em política ed*cac*onal, mas ta*bém para a própria políti*a e*uc*cional, que por
meio das *stratégi*s planejad*s no chamado monitoramento da q*alid*de da e*uca-
*ão, passou a in**uir - de fo*ma n*o planejada - a a*ividade jornal*stica como im*or-
tant* dimensã* *e suas açõ*s.
Com o artigo O conce*to de *er*a*e e a d*me*são estética na ar*e e no
en**no de *ilosof**, Samuel Mendonç* e M*ria*a B*ruco *ach*do A*draus pro*o-
ve* uma discussão *obr* o conceito de v*rd*de no ensino de F*losofia. F*calizando
a d*m*nsão estética *m contraste com a di*ensão *ormal do concei*o de verdade em
Nietz**he, os au*ores **scam respo*der à* ind*gaçõe*: Poderia o c*nce*to d* verdade
ser ensinad* p*r me*o da **te? Se*ia *eal*ente possí*el, d* acord* *om Nie*zsche,
falar *m verd*de, me*m* *a dimensão estét***? Lemb*am que, par* *ietzsche, a *er-
dade não pode ser *imita*a a *m* dimens*o **soluta e d*rradeira. *oncluem qu*, em-
bora o conceito de verdade *eja ne*essário n* *nsino *e F*losofia, a dimensão *stét*ca
ap*esenta-se com* po*sibilidade essen*ial porquanto des**rada da dimensão fo*mal
que l*mita o *otencial *e uma concepção *ais abrangente ** verdade.
No art*go O m*s** vir*u*l ** art* com* **paço de educação *stética, José
Albio More**a de Sales, Gardn*r de Andrade A*rais e Isa*el Mari* Sabino de Fa*ias
Roteiro, Joaçaba, v. 39, n. *, p. 277-282, jul./d**. 2014
281
discutem poss*bilidades de educação es*éti** tomand* por amostra museus d*sponibi-
lizados na inte*net em domínio b*asi*eiro. As *nálises aponta*a* *ue as concep*ões
de museus virtuai* estão permeadas pelas práticas presenciais e ex*s*e uma gama de
pos*ibilidades d* *d*ca*ão es**tica em museus virtua*s.
A *nterseção entre raça e pob*eza n* trajetória *e joven* n*gros é o título
do artigo de Car*os *ugusto Sant\A*na *u*marães, qu* apresenta o r**ultad* *e *m
estudo sobr* fatores que explicam tra*e*óri*s educ**ionais marcadas pelas desigua*-
dad*s soci*rrac*ais, ut**i*ando os conceitos de habitus, capital s*c*al, cultur*l e sim-
*ó*ico como *a*izas anal*ticas. O text* aponta a r*levância *e estudos sobre aspec*os
i****familia*es e sociocom*nit*ri*s para entender difer*ntes p**cursos trilhados por
esses i*divíduos no sistema educ**ional.
P*r fim, no **t*g* Criação de se*sibilid*de par* s* re*o*hecer e c**dar como
corpor*id*de, Crist*ane Terezinha Isele e Roque S*rie*er des*a*am *ue a tradicional
*o*cepção dua*ista de ser hu**no é ain*a recorr***e nas prática* e**cat**as e*colares,
com níti*a d*stinção ent*e corpo e mente. *nfatizam que a exacerbaçã* *o desem*e*ho
d* co*po promove uma lógica indivi*ualista de intensificação do cu*d*do de si e o *n-
tendimen*o de que é possí*el controla* * ajustar o corpo *s aspirações de r*co*heci*en-
to via intervenção e recons*r*ção. Sugerem como alternativa a esse co*porta*ento, a
atitude *r**sdisciplinar *or *ermit**, n* ótica dos *utores, r*dimension*r as exp**iên*i*s
formativas * a co*pr*ensão aprofundada ** complexidade da r*alidade humana.
E*cerra esta ed*ção da R*te*ro uma resen*a de M*rta Luiza Sfredo *nt*tula-
da O poder da educação e o *ugar da* aprendizagens na sociedade do conhecimento:
*ma *ín*ese. A obra resenhada Aprender para ganhar, c*nhecer par* compet**: sobre
a subordinação da ed*ca*ão na "sociedad* d* apre*di*agem", de au*oria de *icí-
nio Lima, a*r*senta uma **flex*o realizad* pelo autor *o*re a ên*ase *a busca pelo
conh*cimento ec*nomicament* úti* e rentável para o indivíduo e sua relação *om o
*irecionamento das políticas educacionais.
*gradecem*s *os autor*s * avaliad*res que torna*am possíve* *ais essa
*d*ção d* Roteiro e des*jamos que a di*ersidad* de abordagens e de pontos de *ista
sobre os tema* apr*se*tados contribua par* enriqu*ce* o d*ba*e da problemática edu-
cacion*l, *om*adament* no que se refere ao tema *o do*siê.
* t*dos, uma excel*nt* leitura.
*arilda **squal Sc*n*ider
Editor-*hefe
282
Disponível e*: *ww.editora.u*oesc.edu.br