REDES DE AP*IO: ESTADO, FAMÍLIA E ESCOLA
COM* CONTEXTOS *ROMOTORES DE
APRENDI*A*E* * DESENVOLVIMENTO*
I*on*zia Collodel Be*etti*
Edla *risar***
Odair Figueiredo***
Resumo: Esta pesquisa in*estigo* o impacto do Programa do Sistema *n*egrado de
*te*dimen** Psicopedagóg**o (Sinapsi) no *esempenho e*cola* d* 30 alunos *om
severas di**culd*des de apr*ndi*agem, m*t*iculad*s no Ensino Fundamen*al *e 1ª
a 4ª séries n* **gião do Al*o Vale do Itajaí, *C, com idad*s entre seis * 15 anos -
oriundos *e e*colas da Rede Es*adual de E*si*o. Os test** utiliz*do* foram o TDE e
*D*, *, com suas *amílias, utilizo*-s* o RAF, todo* analisados *entro da abordage*
qua*titativo-des*rit*va. *s res*ltados ob*id*s *oram sign*fic*tivos, tanto na* avalia-
ções dos desenhos de pre*isão e observaç*o *u*n*o n*s hab*lid**es de leitura, esc*i*a
e ar*tmética.
Pa*avras-ch**e: *esempenho escolar. Supo*te par*n*al. Famíli**. C*ian*as.
Suppo*t networks: **ate, fami*y and sc*ool conte*ts as *romoters *f
learni*g and h*man devel**ment
Abst*act: This resea*ch i*v*stigated the impact *f *he Sist*ma Inte**ado de *tendi-
mento Psicoped*gógic* (*inapsi) in the school perf*rmance o* 30 students with se-
vere l*arnin* d*fficulti*s, enrolle* in e*e*ent*ry education *rom 1st to 4th grade in *he
Alto Va*e do *t*jaí re*ion, SC. The tests used *ith them we*e t** TDE and *DT, and
*heir f*m*lies *arried out the RAF *est, *ll analyzed wit*in the quantitat*v*-*es*riptive
______________
* M*stranda em P*ico*ogia na Univ*rsidade Fe*eral de Santa Catarina; Psicó*og*; Ps*copedagoga; Campus
Universi*ário, T*ind*de; 88040-500, Florianópoli*, SC; idonezi*@hot*ail.com
** Pr*fessora Doutora em Psicologi*; edlagris**d@gmail.com
*** Psicólogo coorden*d** do *úcleo de **ien*aç*o * *essoas co* Neces*idades E*peciais; oda*r*aga@yah*o.com
Roteiro, Joaçaba, v. 39, *. 1, *. 2*1-260, jan./jun. *014
241
Idonezi* C**l*d** Benetti, Edla *risard, Odair Figu*ir*do
ap*roach. Th* results w*re sign*ficant, both in the evaluation of drawi**s prediction
an* observation, as the skill* o* reading, *riting an* a*i*hmetic.
Keywords: School perfo*mance. Pa*e*tal support. Familie*. Childr*n.
* CONSIDERAÇÕES INICIAIS
* dif*culdade de *pr*ndizagem é *m temo gera* usado p*r* se **fer*r * c**an-
ças o* alu*o* *ue e*per*m*ntam *robl*mas para ap*e**er. Tais *ificu*dades e**r*em
como res*ltado de um ou mais fatore*, como: atraso no desenvolvimento, co*prometi-
mentos na coordena*ão motora, traumas e problemas emo*ionai*, interrupções no curs*
escolar, q*est*es de s*ú*e, etc. *este trabalho, a dificu**ade *ara aprend*r tratou apen*s
dos problemas relacionados a defici**cias na estimulaç*o, ausência de oportu*idade*
educacionais apr*priadas e experiências conte*tuais l*mit*das.
Nessa direção, este *studo r*portou os r*sultados c*leta*os de *m banc* de
dados do Programa Si*apsi, que trabalhou * es*imulação de c*ianças com o propósi*o
de potenci*lizar o desemp*nho escolar na* séries iniciais e a**ar, também, com *lunos
com dis*orção série-idade. O pr*g*ama at*n*eu também a todos os en*olvidos n*sse
processo, ou se*a, os *o** contextos prim*rdiai* do desenv*lvimen*o da criança - a
escola e a *am*l*a -, pr*curando o*erecer uma inter*en*ão ma*s direta com * fa*ília
*as crian*as *nvolvidas, prop**cionand* *ficinas de Sup*r*e Parental.
*s re*ul**dos reportados n*s*e trabalho correspondem *o atendimen*o de
alunos do *nsino fu*damental, m*tr*cul*dos em *scolas da red* estad*al de
ensino
em Sant* Cata*in*. Os t*abalhos com*reende*am du*s *ases: avalia*ã* e i*t*rven*ão.
A fase d* avaliaçã* aconte*eu em dois *omentos: uma no início d* ano, quando *s
alunos *oram enviados
pelas es**las e outra n* final do *no, após a efetivação dos
trabalhos d* projeto, o q*e perm**iu *ealizar um com*arativ* **stes, c*m a final*dade
de verificar * evol*ç*o do apr*n*iz*do n* deco*r*r do Programa.
Assim, foram utiliz*dos testes par* *valiar a escrita, * matemática, * lei*u-
ra, a i**g*nação e a ob*ervação. A*ém da evolução, o *ro*ósito foi investigar quai*
áre*s do apr*ndizado esc*lar necess**avam se* mais tra*alhad*s com as crianças, para
um melhor *prove**amento e des*mpenh* d***s *e*tro d* P*ogram*.
Nessa estei*a de *co**ecimentos, * interesse do texto consiste em *er*fi*ar
o impacto do Sinapsi no des*mpenho dos a*unos atendidos. Paral*l*me*te, o*tras
curio*id*des *m**giram, como:
242
*i*ponível em: www.edito*a.unoesc.edu.br
a)
b)
c)
d)
R*de* d* apoio: e*tad*, família e **co*a...
*nalisar o p*r*il dos alunos aten*ido* * ***s famíl*as;
identificar o nível *e suporte parental oferecido pelas fa**lias dos al*-
*o* atendi*os;
anali*ar *ife*e**as no i*p*cto do P**grama em 20*7 e 2008;
comparar o des*mpenho esc**ar *o* alu*os antes e depois d* partici-
p*ção n* Sinapsi.
2 DE**NVOLVIMENT* HUMANO
É imp*ssível fal*r do *es*m*en*o escolar de cri**ç*s sem menciona* t**a
a sua t*ajet*ria *e desen*olvi**n*o até ating** a idad* *m que ela começa a par*icipar
*fe*ivamente *esse novo conte*to que é a es*ola. Nessa in*e*çã*, est* estudo e*tá
re*paldado pela **o**agem bi*ecológica do dese*volvi*ent* humano, que
*ponta
* i*po**ânci* do contexto, com a situ*ção *o sujeito nele *n*eri*o. Des** forma,
a
con*epção ** meio **biente f*c* am*l*ada, de modo que se pod* compreendê-lo
co** u*a est*ut*ra d* en*aixe, a exemp*o d*s t*adici*nai* **triosca*.2 Essas est*u-
tu*as concêntricas são denominadas de microssis*ema, m*sossistema, exossistema e
ma*rossistema (BRONFENB*ENNER, 1996).
No início d* seu dese*volvimento, a cria*ça **rticip* m*is esp*cifica*ente
de u* mi*r*s*iste*a - a famíl*a. Es*a *stru*ura se caracteri*a por "[...] um padrão
*e ati**dade*, *a*éis * *elaçõe* i*terpes*oais experienci*da* pel* pe*soa e* de*en-
volvimento num dado ambiente *om c**a*terísticas fís*c*s e materi**s específicas."
(BR*NFENBRENNE*, 1996, p. 18). O mesos**stema i*cl*i *s int*r-relaç*es *n*re
dois *u mais ambientes, n*s quais * *essoa e* *esen*olvimento *a*ticipa a*ivamente.
P*rtanto, é u* si*tema de mi*rossist*mas, f*r*a*o ou ampl*ado sempre *ue a p*ssoa
em desenvolvimento entr* em um novo co*te*to (B*ONF*NBRENNER, *996).
Fi*a evi*ente, então, que tanto as conquistas *u*nto o comport*mento das
crianç*s são i**luen*iados por muita* pes*oas e i**tituições que as e*vol*em,
por
e**mplo, a famíl*a, a escola, o* amigos, a igrej*, o *lube, a vizin*anç*, a **munida-
d*, etc., as quais estão *iretament* impl*ca*as n* progresso de*as e* *ela*ão ao seu
aprend*zado, su* cida*ania e *e* *esenvolvimento biopsicossocial. Para as c*ianças,
as *elações *ais i*ediatas e *r*que*tes ocorr*m na fam*li* e na e**ola * são nestes
d*is mi*ro**istem*s *ue aconte*e g*ande parte do desenvolvimento infantil. Dess*
*o*ma, fica en*a*izad* a importância da in*eração famíl*a/cri*n*a e e**o*a/criança na
fas* *ni*ial do seu **s*nv*l*imento, q*and* e*a já *omeç* a partic*par do *icrossis-
tema escola, *evendo ainda c*ntar com * total apoio d* família - s*porte pa*ental.
R**eiro, Joaçaba, v. 3*, n. 1, p. *41-260, jan./j*n. 2014
243
Idonez*a Collodel B*netti, **la Grisard, Odair Figueiredo
3 SUPORTE PARENTAL COMO PR**OTOR *E
DE*ENV*LVIMENTO DA CRIANÇA
As pesqu*sas na *rea de suporte parental (BEAN; BARBER; *RAN*,
20*6; BE*N et *l., 2003) en*atizam que as cri**ças q** *ecebem *poio mais amp**
de *eus pais3 ap*esentam men*s sintomas psic*lógicos e físic*s do que aqu*las q*e
recebem um su*orte meno*. O co*portamento *e carinho, a*eitação e assis*ência ex-
*res*ado pelos pais tem si*nifica*o d**ad*uro, no q*e s* refere ao des*nvo*vimento e
ao bem-est** biopsicossocial, qu* se *stende para a vida adult*. Vale e*fatizar *ue, *
medida que as c*ia*ças crescem e se desenvolvem, ela* gener*liz*m *ssa e**eriên*i*
e p*ocuram ambi**tes em que possam enco*tr*r suporte social disp*n*vel (ANDRA-
DA et al., 2008).
* *m*o*tante rea**ar que *m suporte pare*ta* pobre fa*orece o des*nvol-
*imento de modelos que podem conduzir a futuros fracass*s e *esis*ência* a *utras
pe*so*s, comprometendo a *ualida** dos relacioname*t*s soci*is e o curso da *ida
como um *odo (CO*EN; GOTTL*EB; UNDERWOOD, 2000). *or i*s* da *mportân-
cia *o *ngajame*to da família, no qual o *rescimento da criança o*or*e em *ri*eiro
lugar - *m micross*stem*, em que as pessoas se re*aci*nam face a face, send* af*ta-
das dir*ta*ente em seu desenvolvimen*o (BRON*ENBRENNER, 1996).
Assim, o envolvimen*o familiar é de *u*da*ental importânc*a p*ra a crian-
*a, c*nstituindo um* base **g**a para a sua estabilidade em*cional e desemp*nho
de atividades, tanto no lar q*an*o na esco*a. Nesse sentido, três são as princ*pais ca-
*ego*ias de s**ort* parenta*, i*entifi*ad*s co*o relevant*s para o *e*en*olv*mento
infantil: s*porte específi*o para a realização escola*, s*por*e ao des*nvo*vime*to
e
supo*te emoci*n*l (D\AVILA-BACARJI et al., 2005).
No sup*rt* à *eal*zação escolar h* o envolvimen*o m*i* di*eto *os p**s n*
vida esco*ar d*s filhos, como dispo* de tempo e espaço para au**liar na re*lização
das ta*efa*, **m horári*s d*finidos e manter um *ontato *egular com * pro*ess*r e *
escola. * supo*te ao desenvolvim*nto diz respeito aos *ecurso* que a f*mília dispõe
para o cr*scimento da criança, investi*do em temp* para realizar ati*idades de laz*r
ou *ult*rai* que envolv** todos os filho*.
E, finalmente, o suporte e*ocional di* *esp*ito aos p*ocessos in*er*essoai*,
de redu*idas atitudes de hos*ilidades, e com e*evada *o**ão *ami*iar e* *ma relação
afeti*a ap**adora, propiciando à criança uma boa b*se de afetividade e *stabilidad*.
Assim, a rel*vância e a imp*r*ância do s*port* *arent*l *stão m*nifestadas nos resul-
ta*o* d* ***quis*s, que apontam altos *ndices *e a*toestima e crença n* auto*o*trole,
244
Disponível em: w*w.e*itora.un*es*.*du.b*
Redes de apoio: estado, fa*ília * e*cola...
estando positiv*mente *ssoc*ados ao bem-e*t*r b**psic*sso*ial, aos cuidados frente a
comportamen*os de *isco, à recupe*ação d* doenças e à lon**vi*ade (KERPELMAN;
*RYIGIT; STEPHEN*, 2008; MACDONALD; MARTINEAU, 2*02).
4 I**TRUMENTOS MEDIADORES DO CON*E*IME*TO USA*OS
NO SINAPSI
Um dos inst*umentos u*ilizados para o des**volviment* da criança é o jogo.
O termo brinquedo, e*pregado por Vygotsky (1998), *efere-se, principalment*, à ativi-
dade e ao ato de b*incar, *ue faz com que * c*i***a en*re e* contato *om o mundo físico
e social, e, nessa interação, ela ap*en*a e desenvolva alguns c*mp*rtamentos e habilida-
des de c**vivênc** **c*al, ali*d*s à s*tisfação e ao **azer que a *rincad*ira pro*or*iona.
É importa*te ressaltar também out*os med*ad*res usados para a*xiliar o *e*en-
vol*imento infanti* como instrumentos potencializador*s no p*oces*o de en*ino-*prendi-
zage*. Além dos *og*s, o Programa utilizo* músicas, histórias educa*iva* * contos infa*-
tis *ara e*ti*u*a* e ca*i*ar o interess* e a permanênc** das cr*anç** no Sinapsi.
A *úsica é ca*az de provocar e*oções e "[...] *ão dep*nde do cérebro
superior par* p**etrar no o*ganis*o; pode es*imul*r *través do tálamo - a estação
de *od** *s emoções, sensações * sentimentos." (SHENFI*L* et al., 200*, p. 370).
Me*iados *e** mú*ica, vári*s mecan*smos de apren*izag** * memóri* são acionados
dura*te a apre*dizagem, como al*umas r*g**es do cérebro são *tivad*s, *ossibilitan-
do *ovas pe*cepções à* tarefas apresent*das para as crianças (SACKS, 2*07). Além
disso, o ato de cantar * um grande aliad* do proc*sso de a*ren*izagem contri*uind*
p*ra a soci*lização, apreensão de *o*ceitos * desc*be*ta do mundo, const*tuindo-se,
assim, em u* instr*mento qu* fa*orece a memorização, a c*mpreens*o e ta*b*m a
expre*são da* emo*ões (BRÉSCIA, 2003).
Outro *e*ia*or import*nte s*o as hi*tórias infantis, as quais *xe*cem um
grand* f*scín*o nas cr*an*as e *ão caminhos para no*as descobertas e c*mpreensão do
m*ndo (BETTELHEIM, 2*01). Além disso, a* h*stórias infant*s autorizam:
*)
b)
c)
d)
* promoção d* sonh** e esperanças;
a melhoria d* vocabulár*o e con**cime*to de mundo;
a ex*ansão da imagi*ação e da criatividade;
o aprendiz*do de boas manei*as, comportamentos adequados e respei-
to com o* *utr**;
Roteiro, Joaçaba, v. 39, n. 1, *. 24*-*60, ja*./jun. 2014
245
Idonezia Collodel Benetti, Edla Grisard, Odair Figueire*o
e)
*)
g)
*)
a mo*ivação para ma*t*r a espera*ça e *erseverar em condições ad-
versas;
* reconhecimento de pessoas su*peita* e *a*dosas;
a cri*çã* de uma atmosfera fa*orável para **e a crian*a *eja compre-
*ndid* *elo adulto;
o desenvo*v*mento de habilidades mor*is, e*c. (STEIN, 2010).
Assim, ler hist*rias * também *esenvo*ver todo o potencial crítico da crian-
ça. É poder pensar, duvidar, pergun*ar-se e questionar. É *e senti* in*uieto, *u**ca*o,
qu*rendo mais e melhor ou percebendo *ue se *ode mudar d* ide*a. É *a*er criticar o
que foi lido ou e*cut*d* e o *ue si**if*cou. É ter vont*de de **ler ou d*ixar de l*do *e
uma v*z. É formar opinião, é ir f*r**lando os próprio* cri*érios (HANC*CK, 2009).
5 CARACTERIZAÇÃO *O P*OG*AMA SINAPSI ENQUANTO
M*CROSSIST*MA
Para ame*izar e/ou eliminar as queixas e o* prob*emas d* apr*ndizagem
apr**entados *elo* usuários do Si*apsi, a equipe qu* compõe o Prog*ama tra*alhou co*
*ediadore* que estimularam e fa*ilit*ra* g*nhos *a(s) *rea(s) em que foram a*resen-
t**os dé*icits d* *prendizagem. As *nt*rve*çõ*s, vol*ada* par* as dificu*dad*s de apren-
diza*em, f*ram idealizad*s c*m a intenção de a*terar a tr*jetória de vi*a *as crianças,
mi*imizando os mecani*mos de *iscos e maximiz*ndo os fatores de pro**ção.
Nes*e mic**ssistema, a* cria*ças *udera* contar, alé* do a*olh*mento e
do atendimen*o *ess*al, c** vári*s i*str*mentos e su*ort*s, como **gos, li*ros, mú-
sicas, *istór*as, gr*v**as, desenhos, flan***graf*,4 com a fin**idade de de*pertar a ima-
ginaçã*, a cria*iv*d*de, a con*e**ração, a se*uência e o *aciocínio *ógico. Vale realçar
que estes *ão alg*ns dos pro**ssos p*ic*lógicos superiore* defi*idos *or Vygotsky
(1*98) *m sua teoria do des*nvolvimento, prin**palmente na relaçã* entre pe*samen-
*o e lingua*em, por meio da qu*l o indivíduo va* *ormando seus c*ncei*o* * pod* i*
i**erp*eta*** o mundo.
Crianças *ue frequentaram creche* *iveram um desen*olvimento ma*s sig-
nifi*ativo, p*is as intera*ões que ocorreram com os a*ultos foram m**ores, de forma
mais verb*l e exploratória dos recu*sos **turais, *omo ler, falar face a f*ce, brincar
com coisas nã* projetadas par* bri*car, com* plantas, panela*, o**etos da mãe, e*c.
(DIPIETRO, 2000). Parti*do dessa premissa, quanto mais cedo forem efetuad*s *ssas
intervenç*es, mais cedo a* *r*an*as se **neficiarão de seus ga*ho* e resultados.
246
Disponív*l em: w*w.editora.un*esc.edu.*r
*edes de apoio: estado, família e *sc*la...
Portanto, a*co*a*os pela te*ria bioecoló**ca de B**n*enbrenner (19*6),
pode-se afirmar que o Pro*r*ma S*napsi * *m microssistema que, em conjunt* com *
escol*, a fam*lia e o **p*rte estatal - Gerência Regional de Dese*v*lvimento (*ered)
- p*o*ura ofer*c*r um servi*o de qualida*e aos seus *suários, i*serindo-se no seu me-
so*sis****. A noção d* qualidade de *erv*ço* prestados transport* à idei* *e promover
um ambiente de des*nvolvimento humano favo**vel, tra*endo à c**a*ç* o suporte que,
*o moment*, é vuln*r*ve* e *ndispen**vel para ela, pre*nc*endo, ass*m, um hiato na sua
situação de p*ote*ão, com*i*an*o resultados pos*t*vos ao seu d*senvolvimen**.
6 MÉTOD*, CONTEXT*, **RTICIPANTES, *N**RUM**TOS *
PROCEDIMENTO DE *ES*UISA
O estud* realizado uti*izou a abordagem quantita**vo-desc*i*iva (*OM*-
NELLI; BIASOLI-ALVES, 1998) par* trabalhar com os dados como eles *p*recem
ini*ialmente. E*se tipo de anál*se permite a**nhar e categori*ar os dados para q*e,
n* medi*a de sua construção, novos ques*i*namentos possam ocorrer, permitindo,
t*mbém, u* aprofundamen*o ** compreensão d* pr*blema, * *a*tir das ev*dências
*puradas na *nvesti**ção.
* S*napsi atende*, em 2*07 * 2008, a sete escolas ** rede estadual de
e*sino, com alunos m*triculados n* ensino *eg*lar de 1ª a 4ª *érie*, com severas
difi*ul*ades de aprendizagem, e que já *inham r*petido o ano escolar pelo menos
uma vez. Alguns *el*s s* configuravam como alunos que se enquadrav*m dentro da
*hamada "**rie-distorção", ou seja, são i*fa*tojuvenis rep*t*ntes * qu* estão com *
idade s*perior à séri* q*e frequen**m. Os a*unos que pa*ticiparam *o *rogra*a er*m
oriundos de fam*lias de bai*a renda e est*vam *a faixa etária entre 6 e 15 anos. Até
o final *e 20*8 já haviam passado pelo Sinapsi um total de 7* crianças. *o *ntanto,
d*s*e montan*e, restaram ap*nas 30 cria**as que co*c*uíra* o Programa: 12 *o ano
de 2007 e *8 de 2008.
*ara a coleta de dados da esco*a, das famílias e do* alu*os, * Programa
Sinapsi ut*lizou a*gu*s i*st*umentos específicos para ca*a *m d*s envolv*dos. As
professoras pre*nch*ram *m *uestionário, *ue *pontou a* princi**is queix*s *presen-
tada* pelos alunos selecio**dos; à famíli*/cuidadores fo* aplic*do o *nventário de Re-
cursos do A*b*ente F*mil*ar (RAF) (MARTURA*O, 20*6), um roteiro e* forma **
ent*e***ta se*ies*r*tura*a. Composto por 10 t*picos, *ue envolvem a combinação do
mesossistema fa*ília-*sc*la, apresenta as *rática* parent*is q*e p*omovem ligação
entr* esses *ois microssistemas, apontando os estím*los ambientais disponíveis. Es*e
Rot**ro, Joaçaba, v. 39, n. 1, p. 241-260, jan./ju*. 2014
247
Idonezia Collodel Benetti, Edla Grisard, Od*ir Figueiredo
*nvent*rio *oi ut**iz*do n* *ntuito d* levantar *ados acerca dos fatores que contribuam
para o desenvolvi*ento da apren**zage* escolar. De aco*do com o RAF, o suporte
parental est* divid**o em quatro *omín*os, a sa**r:
a)
At*vidades engajadas: *articipação *a criança em atividades de laz** *
cooperação ** tarefas domésticas com en*o*vimen*o dos pai*;
b) E*tímulos disponíveis: re*ursos materiais existentes no am*iente fam*-
liar, **is como: brinque*os, livros, revistas, entre outros.
*) Práticas p*rentais: ligação fa*ília-escola. Eng*ob**am indicadore* de
envolvimento dire*o dos p*is na *ida es*olar, como participação *a*
reuniões e acompanha*ento de tarefas e notas escola*es;
*) Atividades *revisí*eis: atividades dete*mi**das pelos *ai* como roti-
n*s diár*as para almoço, horário par* d*rm*r, leva*ta*, fazer as tar*fas
e reuniões reg**are* d* família ne*tes *orários.
Com *s crianças, foram util*zad*s os instrume*tos de *v*liação descritos
a se*uir:
*)
Teste de Desempenho Escolar (T*E) (STE*N, 1*94): sua ap*icação é
ind*vidual. É compo*to *or t*ês subtest*s q*e *bran*em as áreas de es-
crita, aritmé*ic* e le*tura. *s *scores *rutos dos su*testes sã* conver-
t*d*s por meio d* *ma tabela que i*dica as classifica*ões em: supe*ior,
**dia e inferior, em relação *s normas ** teste par* c*da *érie es*o*ar;
b) *este do Desenho *e Silver (SDT) (SILVER, 1996): realizado ind*-
vid*almente, é composto por ***s su*test*s: desenho de ant*c*pa*ão,
desenho de observação e desenho de imagina*ã*. O desenho de anteci-
pação me*e a habilida*e de f*rma* uma sequência ao process*r situ*-
ções *ipotéti*as. O de*enho de obs*rva**o med* o conce*t* de *s*aço,
e o *esen*o de i*aginação as habilidad** conce*t*ais e criativ*s, bem
com* o conteúdo e*ocional do *esenho.
Na condição de uma p*squisa *ara *erifica* os res*lt*dos obtid*s com o
Programa *inapsi, foram efetuad*s os s*guinte* procedimentos:
*)
separação dos dados refe*entes a **07/20*8, pa*a avaliar todos o* *ro-
tocolos que estivessem comp*etos, o* s*ja, que tivessem todos os **s-
248
Disponí*el em: www.editora.unoesc.edu.br
Redes de apoi*: estado, fam**ia e escola...
tes * os **s-testes com a fin*lidade de se cr*a*em *s v**iá*eis q*e fa*ão
p*rte do b*nco d* *ados;
b)
dis*o*iç*o dos dados no s*ft*are *ara a efetiva*ão da análise dos da-
dos;
c)
a*álise dos da*os;
d)
di*cussão dos r*s*ltados.
*s dados foram anal*s*dos pelo software SP*S *ersão 1*, com estat*stica
des*riti**, com*or*and* m**io e desvio padrão *ara as questões qu* envolveram o
*AF - Supo*te Parenta* * desempenho escolar. Para a *erif*caçã* das di*eren*as en-
tre os grupos, c*m *esultados ac**a e abaixo d* mé*ia dos anos 20*7 e 2*0*, e pa**
dados *areados ou para grupos independ*ntes, os dados *oram a*a*i*ados e testados
*om o **st* t-Student. Os resultados do RAF fo*am avaliados com * teste de correl*-
*ão r de *earson, para *er*ficar possíve*s rel*ções en*re as variáveis d*sc*iminadas no
es*udo, c**sid*rando-se (*0,01) e (p0,*5).
7 RE**LTA*OS ENCONTRADOS
* Programa Sina**i, em 2007 e 2*08, recebeu o cadastro de 76 cri*nças,
q*e f*ram e*caminhada* pel*s escolas. De*se total, 14 c*ianças nunca comp*receram
*ara re*li**r os testes inici*is, **te mu*aram de cidade * *5 apenas real*zaram os tes-
tes inici*is, mas *ão compa*eceram nas i*tervençõ*s, ou compa*eceram algu*as ve-
*es, *em co*pletar * Pro**ama. *s*im, *penas 30 c*ian*as participa*am das interven-
ções assiduamente - 12 em 2*07 e 1* em 2008 - e foram incluídas ness* inv***igação.
Quant* ao perfil das crianças, em relação à escolaridade, a maioria d*las
(N=11) esta*a cur*ando * 2* sé*ie do ensino fu*damental. N* que di* *espei*o ao gê-
*ero, h*uve predominância do sexo *ascu*ino (N=21). A **ixa etária mais expre*siva
*icou entre *it* e 10 anos, com maior con*entração na i*ade *e oit* anos. A segunda
fai*a *ais relevante aprese*tou a *dade de 12 an*s. Os resultad** apontados
pelo
levantame**o so*iodemográ*ico *evelara*, ainda, que a *aioria das fam*l*as rece*e
a*enas dois salá*ios *ín*m*s. N* Tabela 1 es*ão deline*do* os v*lores *os *u*tro
domínios do RAF (MARTURANO, 2006), co* o v**or m*n*mo e o máximo de ca*a
domínio, *om a méd*a e o desvio padrão.
Roteiro, Joaçaba, v. 39, n. 1, p. 24*-260, jan./jun. 2014
249
*donezia Collodel *enetti, Edl* G*isa*d, *dair Figueired*
*abe*a 1 - *édi* e desvio padr*o do *uporte **rental
**n*mo
Máximo
Média
Desvio padrão
Atividades engajadas
**
27
19,20
3,94*
Estí*ulos di*poníveis
10
32
*0,70
4,610
P*át*cas **rentais
*6
15
11,13
*,*93
Atividades previsíveis
0*
27
18
4,828
Total RA*
49
84
68,67
8,976
Fonte: *s au*o*es.
Consi*erando-se cada um dos domínios **e *ompõe* a esc**a de supor*e
par*ntal, os resulta*** ap*ntaram *ue:
*)
em rel*ção às ativida*es en**jadas, o g*upo de pais par*ici**nte* d*ste
*studo obteve um escore mínimo de 1* e má*im* de *7, com mé**a **
1*,2; o escore máximo *sperado é de 45 po*t**;
*) q*a*to aos e*tímulo* disponíveis, a médi* foi de 20,70, pa*a u*a pon-
tuação máxima a ser atingid* de 33 pontos;
c) nas prá*icas parentais, *s *es*ltados mostr*m uma média de 11,13; *
pontuação m*xima a *er atingi** é de 18 pontos;
d) *a* ativ*dad*s previsív**s, * média foi de *8, para uma p*ntu*ç*o m*-
xima espe**da de 28 *ontos.
A T*be*a 2 apresenta *s correl*çõe* ent*e os quat*o domínios do suporte
par*ntal (ativi*ades engajad*s, e*tímulo* disponíveis, p*ática* paren*ai*, at*vidad*s
previs**eis) e os t*tais dos tes*es.
Tabela 2 - Intercorrel*çõ*s (r de Pea*son) en*re sup*rte *arental e *ese*penho esco*ar (m*di-
do* p*los *D* * TD*)
Tota* S** Tot*l TDE
Ativ**ad*s engajadas
,149
,100
E*t*mulos di**oníve*s
,016
-,0**
Práticas parentais
-,*40
-,254
Ativ*dades prev*síveis
-,395*
,395*
T*tal **F
-,171
,150
Fonte: os autores.
Nota: *p<0,05.
2*0
D**ponível em: www.e*itora.*noesc.ed*.br
Redes de a*oio: estado, família e esco**...
F*cou confi*urado na Tabe*a 2 que as crian*as, as q*ais receberam maior
*uporte *a* ati*idades previsíveis e ma*tiv*ram u* contato *e rot*na n*s hor*rios
definidos e* família apres*ntar*m um rendimen*o *aio* em relação ao *DE - *s-
crita, aritmét*ca, lei**r* - * 0,05. Porém, evidenc*ou-se que os result*dos p*ra as
*tividades previsívei* fora* inversamente proporc*onais ao desempe*h* no total do
*DT - a*tecip*ção, *maginaç*o, observa*ão (p 0,05).
As ativid*des engajadas e os estím*los d*sponíveis corre*acionaram po-
sitiva*ente e melho* c*m o SDT. M*s, no t*tal, os do*ínios *esquisados p*lo RAF
t*nderam a *orroborar mais co* os do*ínios *o TDE. Na Tabela 3 e*tá disposta a
c**relação do SDT, em t*ste e pós-teste das cria*ças (N=*0), ap*esentando a média e
o desvio padrão.
Tabela 3 - Teste t-Student, parida*e e corr*lação do *e*te SDT
Média
Desvio padr*o
t
*
Par 1
De*enho de *revis*o
*,43
3,014
**senho previs*o reaval
8,*3
*,932
-3,824
*,01**
Par 2
Observ*ção
4,00
2,853
Observaçã* *ea*al*ação
5,77
3,910
-2,**8
0,05*
Par 3
Imag*nação
5,*7
3,1*6
Imagi*ação reavaliação
5,53
2,87*
,200
*ar 4
T*t*l SDT
*6,*0
5,*47
Total SDT Rea*aliação
19,53
6,832
-3,213
0,0***
*on*e: os autor*s.
Nota*: N=30 **0,05 **p0,01.
A Ta*ela 3 m*stra qu* hou*e um c*escimento s*gn*ficativo *a a*ostra no
*este e pó*-teste, *ons*derando (p0,*1) na *ariá*e* do desenho de previsão, que ava-
l*a noções de sequência * ver*icalidade. A va*iável observação, que anal*sa *oções de
direita/esqu*rda, acima/abaixo, ap*esentou um nível d* s*gnificância (*0,*5). O total
do SD* mo*trou nível de *i*ni*icâ*c** (p*,01).
Na Ta*ela 4, *nalisou-se a correlação do tes*e T*E, em teste * pó*-teste,
apresentand* * *é**a e o d*s*io padr*o.
R*teiro, *oaça*a, v. 39, n. 1, p. 241-2**, ja*./ju*. *01*
251
Idonezia *ollo*el *enett*, Edla Grisard, Odair F*gueiredo
*abela 4 - Teste t-*tudent, paridade e *orrelaç*o do *est* TDE
Média
Desvio padrão
t
p
Par 1
Sob tes*e de escrita
4,65
5,099
Sob teste de *scri*a *eavaliação
*,04
7,459
-*.110
0,0***
Par 2
*ob teste de **itmética
4,88
4,430
Sob *este de aritmé*ica reav*liação
7,85
4,945
-4,81*
0,01**
Par 3
Sob teste de leitura
*7,04
20,01*
S*b *este de lei*ura *eava*iação
28,12
2*,062
-4,810
0,*1**
*ar 4
Total TDE
26,54
*7,746
Total TD* reava*iação
42,96
36,91*
-5,173
0,*1**
F*n*e: o* aut**e*.
*=26 **p0,01.
Observ*-se que, em todos o* domíni*s do test* d* *esempenho escolar,
houve *m aumento das médias do p*é-test* pa*a o pós-teste, sendo este aumento con-
siderado significati*o *m termos e*tat*sti*os (p<0,0*). A*si*, após o P*ograma, as
crianças apre*ent*ram u* *créscimo i*port*nte *o nú*ero de palavra* lidas e escri-
tas, co*o *a solução de cálculos matem*ticos.
Um dos *bjetivo* d**ta pes*uisa *oi comparar os resu*tado* *present***s
pelo Progr*ma S*napsi no ano *e 2007 com os result*dos de 2008. Para isso, foi n*-
cessário avaliar o* d*is anos de trabalhos real*zados, resumido* nas s*gui*tes tab*las,
que contêm a* análises dos testes e pós-t**t*s *f*tuados nest*s doi* **os. En*ão, foi
ut*lizado * teste *-Stud*nt e a *o*rel*ção, *ara avaliar o desempenho alcançad* *elas
crianças em cada ano ** Programa, sendo separadas as amostras por ano. Assim, na
Tabe*a *, têm-*e a média e o desvio padrão do to*al da amostr* (N=30) d*vidid* po*
*no - 2007 * 2008 - uti*iza*do o *este t-Stud*nt, *om paridade e c**relação.
252
Dis*onível em: www.editora.unoesc.edu.*r
Redes de *poio: estado, família e e*cola...
*a***a 5 - Teste t-Student, p*ridade e *orrelaç*o do teste *DT (*007, 2008)
*édia
*
DP
t
p
2007
Par 1
D*senho de previsão
5,08
12
*,275
De*enho
de
*re*is*o
reav*lia-
7,*0
12
3,1*7
-3,297
0,01**
ção
Par *
Observaçã*
4,*8
12
2,234
Observaçã* *eavaliação
5,83
12
3,927
-,867
Par 3
Imagi**ção
*,25
12
3,720
I*ag**ação reavali*ção
5,25
**
2,221
,866
Par 4
Total SDT
15,9*
1*
*,900
Total *DT reaval*ação
18,58
1*
5,*34
-1,271
0,05*
2008
Par 1
Desenho de previs*o
7,33
18
3,162
Desenho
de
pr*visã*
reavali*-
*,*2
18
2,*40
-2,271
0,05*
ção
Par 2
Observaç*o
3,61
1*
3,202
Observação reavaliação
5,72
18
*,012
-2,365
0,05*
Par 3
Imag*nação
5,2*
*8
2,782
Imaginação re*valiação
5,*2
1*
3,286
-5,555
Par 4
Total SDT
16,22
18
5,642
To*a* *DT reava*iação
2*,1*
*8
7,6*4
-3,446
0,01**
F*nte: o* autores.
Notas: *p0,05 **p0,01.
Na *nálise d* Ta**la * é poss*vel observar que as crianças *ue frequen**ra*
o Progra*a em 2007 tiver*m cres*im*nto nos do*í*ios de pre*i*ã* e observaç*o; o
resultado para o dom**io d* previsão foi estatisti*am*nte signif**a*ivo (**0,*1). Já
p*ra a* crian*a* que frequentaram o Pro*rama em 200*, foi *e*cebido um *umen*o
em todos os *omínios c*m significâ*ci* estatística para os domíni*s de prev**ão e
observaçã* (*p*0,05). Neste ano houve um c*escimen** no domínio de im*ginação,
ainda que estatisticamen*e pouco ex*ressi**. Igualme*te, os da*os re*e**ram que
Roteiro, J*açab*, v. 39, *. 1, p. 2*1-260, jan./jun. *0*4
*53
Idonezia Collod*l Bene**i, *dla Grisard, Odair Figueiredo
houve aumento no níve* de signifi*ânc*a nos dados gera*s *as c**eg*r*as pre*istas no
SDT de (p0,05) para (p*0,01).
Na Tabela 6, estão dispostos *s resu*tados do t*s** t-*tu*e*t, *aridade e
correlação da* *mos*ras do* anos 200* e 2008.
Tabe*a 6 - Test* t-Stud*nt, paridade e c*rrelação do teste TDE (200*, 2008)
Méd*a
N
DP
T
*
2007
Par 1
Subtest* de escrita
1,2*
10
1,81*
S*btest* de e***ita reavaliaç*o
1,10
10
,994
,2*7
Par 2
Subt*ste de aritmética
1,3*
10
2,497
S*bteste d* aritmética reava*iação
3,20
10
2,898
-2,141
Pa* 3
Su*teste de leit*ra
1,1*
10
3,479
Su*te*te *e l*itura reavaliação
3,00
10
4,2*9
-1,519
P*r 4
Total TD*
3,60
10
6,9*3
-1,898
Total *DE reavalia*ão
7,30
10
6,913
-1,898
2008
*ar 1
Subteste de *scri*a
6,81
16
5,33*
Subteste de e*crita *eava*iação
10,75
**
7,344
-3,*06
0,01**
Par 2
*ubteste *e a**tmétic*
7,13
16
3,8*9
Subtest* de aritmética r**valiação
10,75
16
3,51*
-*,589
0,01**
Par 3
Subteste de leitura
*7,00
1*
19,627
S*bteste d* leitur* re**aliaç*o
43,81
16
20,92*
-5,*16
*,01**
**r 4
Total TDE
40,88
16
26,*41
*otal TDE *eavalia*ão
65,25
16
*9,406
-6,311
*,01**
Fonte : os autores.
Nota: ** p0,01.
Os resultad*s aprese**ados confirmaram *ue *ouve, em 200*, um cres-
c*mento d* dese*penho relacion*do à **itur* e à a*it*étic*, *om predominância da
a**tmética. Já em 2008, os re*ultados r*vela**m que * cresci**nto *bteve níveis de
significâ**ia (p0,01) em todos *s do*íni*s, in*lusive para a escrita.
254
Disponíve* em: www.edit**a.unoesc.edu.*r
Rede* *e a*oi*: **tado, famíl*a e e*cola...
8 DISCUSSÃO
Em *o*s anos de funcioname**o do *rogr**a Sina*si, obse*v*u-se uma
demanda maior de men**os (6*,1%) em relação às meninas, consideran** to*os *s
alun*s enc*m*nh**os para o a*en*ime*to no P*og*ama. Esse f*t* pode s*r um i*dício
de que os **ninos são *s que apres*ntam mais d*ficuldade de *prendi*agem;
fato
conf*rm*do p*los questionários que *oram enviad** pelas profess***s, nos quais
os
regis*ros apon*aram maior fal** de atençã* e *e*i*teress* e* aula, be* c*mo fal*a de
o*ganização no mate*ial **r part* dos meninos, o *ue pode corroborar esta deman*a.
A literatura aponta um* di*erença de gênero no q*e diz res**ito à **ficul-
dade de *prendiza*em, s*ndo est* mais frequen*e no* meni**s, *a propor*ão d* três
*eninos para ca*a menina (PACHECO; SISTO, 2005). E*se f*nôme*o, indep*nden-
temente de *uas causa*, justi*ica a deman*a de gênero **re*e*tada *elo Progr*m*.
Out*o dad* apresen*a*o está *m re*ação à escolaridade e à *aixa etá*ia das
crianças. O Pr*grama Sin*p*i atendeu soment* * alu*os d* 1ª a 4ª séri*s, e h*uve
ma*or demanda de alu*os que frequentavam a segunda s*rie, com idade de oi*o anos
em sua maioria. Isso leva a entender que a mai*r dif*culdad* das crianças, *ua*to ao
ensino e à apre*dizag*m está na segunda série ** ensi*o fundamental, n* qual, segun-
do a* p*ofesso*as, já se espera que *sta* crianças estejam *endo, es*revendo e também
realizando opera*ões básicas d* **temática, * que *uitas vezes *ão acontece na prá-
ti*a, **mo se po*e cons**tar nos t*stes real*zado* *elo *inapsi.
Ou*ro **tor a se considerar es*á no q*e se refere à renda fam*liar, já q*e a
maio*ia d*s famílias recebe at* *oi* salários mínimos. Dessa forma, existe uma cons-
tituição familiar, *m que pai e mãe t*abalham fora para mant*r um nível e*onômico
estáve*. Com *ss*, as crianças, *uitas vezes, precisam ficar sozinhas em um perí*do
do dia, ou aos cuidados terceiros - **rentes, avós ou **zin**s - c*mo os pr*prios
cuidadore* re*atar** du*ante a apli*ação do R**.
Poré*, o su*o*t* par*nt*l não s* li*i*a apen*s a oferecer uma atmosfera eco-
nôm*ca estável. O *nvolvi*ento dos pai* precisa s*r em estar presente em outros *sp*c-
tos, como: orga*iza*ão f*m*li**, adoção d* re*ras, rotin*s para a* ativida*es da criança,
*articip*ção mais *f*tiva na vida e*colar dos filho* e, prin**palmente, e*gajame*to em
um suporte emocional *d*q*ado à cr*ança (FERR*IRA; MARTURANO, 2004).
**si*, os res*lt*d*s relativos ao su*or*e pare**al, of*re*ido pel*s famílias
d* Pro**ama revelaram que, *m quase todos *s dom*nio*, * engajament* dos pais *s*á
m*ito aqué* do *s*erado p*ra que se *ossa te* um a*biente *poiador ao desenvolvi-
mento ness* fas* escolar da* cria*ça*. P*rtanto, *b*er*ou-se *elos r*sultados apresen-
Roteiro, Joaçaba, v. 39, n. 1, p. 241-260, jan./jun. 201*
2*5
Idon*zia Coll*del Benetti, *dla Gris*rd, Odair Figueiredo
tados nos **mínios *o supor*e parental *** o *rupo de *ais incluíd*s nest* estudo, no
que s* refere às *tividades engajadas, *bteve um e*c*re muito abaixo da expect*tiva,
com mé*ia de *9,2 - para o máximo esperado *e 45. É *ast*nt* provável, nesse caso,
que haja uma baixa int*ração en**e p*is e filhos nas at*vidad*s que envol*em ati*i*a-
des realizadas pe*as cr*anças co* os pa*s.
Ou*ro domínio, que **res*nt*u um *aixo e*volv*me*to d*s pai* foi o das
atividades p**visíveis, com uma médi* de 18 p*ntos, *ara um esco** esperad* de 2*
p**tos. P*ra este do*í*i* *stão p*evis**s qu*stõ*s de regras e roti*as para as *riança*
e *ara a pr*pri* família, *o*o:
a) hora cert* *ara almoç*r, *ri*car, *ssistir à TV, jantar;
b) horário* q*an*o a *amíli* costuma *sta* reunida para o al*oço, jant*r
e passe*os nos finais *e sem*na.
*om o resultado ap*esentado, ficaram **ide*tes a importância e a necess*-
da** de a f*mília criar uma rotina ma*s ad**uada para as crian*as, na qual o desem*e-
nho escolar p*ssa galgar *udanç*s mais **sitivas.
C*m o RAF foi reali*ada *ma invest*gaç** det**hada com as famíli*s,
obten*o-se *nformaç*es rel*v*ntes so*** * estrutura fam*liar, de m*do qu* f*i pos-
sí**l plan*jar um Pr*grama para motivar e ajudar os pais a otimi*arem os *ecu*so*
*i*poníveis no contex*o *amiliar, com a finalidade de melhorar a qualidade de apoio
ao desenvolv*ment* d*s *eus fil**s. *ntão, o Pr*gr*ma *i*a*si, em 2008, f*rneceu,
paralelamente ao atendimento realizado *s crian*a*, um suporte parental às f*mílias
que al* com**r*ceram.
Enqu*nto *s pais aguard**am o a*e*dimento às crian**s, *l*s era* convi-
dados a part*cipar*m de atividad*s se*elhante* às ofer*cidas nas i*terven*ões com
s*us filhos. Nesses encontros ta*bém e*a enfatizada * i**ortân*ia do envolvimen*o
de todos - pai*, escola, Sinapsi - para o des*nvo*vimento das cria*ças *m s*as habil*-
dades escolare*. Assim, é po*sí*el q*e em 2008 s* po*sa *tribuir, também, ao cres*i-
me*to da* crianç*s, * este atendimento paralel* com as fa*íl*as qu* f*ram assistidas
*or esse pr*jeto de cunho s*cial, *ue se preocupou não a*enas com a apre*dizagem,
mas *om o des*nvolvimento em g*ral e, co*o con*equênci*, co* a qua*idade de vida
*** envolvidos.
* essa a*tura, fa*-se importa*te mencionar as melh*rias *eali**das no Pro-
*rama *inapsi em 2008, o que ampl*ou a *ualidade *e*se mic*oss*s*em* de ate*dimen-
to. Nesse co*j*nto de avanços, est* inclu*da a parceria firmada co* a es*era públi*a
256
D*sponív*l em: www.edi*ora.unoes*.edu.br
Red*s de apoio: est*do, família e escola...
(Gered), qu* viabili*ou * aquisição de *ovos materiai*, melhores e mais adequados
para trabalhar com as *rianças: mesas e cadeiras a*ropriadas ao tamanho del*s e aqui-
sição de testes pa*a a avaliação d* d*sempenho de *a** uma. O Ministério Públ*co
també* foi um grande con*r*bui**e para os *esu*tados de*ta pesquisa, propor*ionando
a aqu*si*ão d* *ovo* j*g*s ***agógicos par* *ins ed*c*tivos: dominó m*temáti*o,
rég*as numéric*s, *at**i*l dourado, *lanelógr*f* p*ra co*taçã* de *istór*as, etc.
C*m iss*, *cre*ita-se que um dos ob**t*vo* *o Projeto, qu* fo* ela**ra**
para verificar *e houve difer*n*a n* dese*pe*ho e*colar na amostr* de 20*7
para
*0*8, *st* confirmado. *iante dos números apresenta*os, e *om os resultad*s obt*dos
pelo Programa, observou-se cl*ramen*e o desen*ol*imento das crianças,
pr*nc*pal-
mente nas áreas d* leitura, escr*ta e matemática.
9 CONSI*ERAÇÕE* F*NAIS
Programas como * Sinapsi auxi*i*m na d*minuição das d*ficuld**es de
*pr*ndizagem, *pr*sent*n*o um* no*a oportunidade *a*a a* *rianças ** sua
**da
escolar; são *ealment* im**rtante* para a*xilia*em no atendimento às crianças com
tais dificuldades, princi*al*ent* **s séri*s iniciais. Igualme*t* *mpor*a*t*s são
as
*arc*rias com *rgãos públicos, responsá*e*s *el* educação, e *nstituições de ensin*,
*omo *s *nive*sida*es, com s*us cur*os (no caso deste Programa, o *u*so de Ps*colo-
*ia) que cont*ibu*ram *ara *menizar as di*cr*pân*ias socia*s, difun*in*o uma prática
e* que todos saem g*nhando: as cri**ças, as escola*, as famílias, os acadêmicos, a
própria instituição e o **óprio Governo. Tais parceri*s pro*ov*m trabalh* e esforço
conju*to, contribu*ndo para o aum*nto da autoestima e do desemp*nho acad*mico, *,
consequente, diminuin*o o número de re**tência e e*asã* *scolar. É, ce**amente, a
formação d* um amálgama *romo*or de *idad*nia.
Iniciati*a* e *rab*lho* como os realiz*dos pe*o Programa *inapsi tende*
a apres*ntar resultado* impor**ntes, porém, a divulgação no **bi*o acadê*ic* tem
si*o pouca e escassa. Por e*sa razão, espera-se que no*as p*squi*as e mai* trabalhos
interventivo* po*s*m *e efetivar, a partir dos achados dest* pesq*i*a. Há nece*sida*e
de atendimento às f*mílias, *o sentido de melhor in*o*má-**s e equip*-las para um
su*orte parental ma** adequado e efetiv*. * i*portante que se enfatize a relevância *a
inter-rel*ção e da parcer*a entre os micro*si*temas famí*ia e esco*a para *m desenv*l-
**men*o acadêmico de suc*sso.
* resultado dos e**orços empreendidos no Sin*psi, *** as fam*l*as e as
escolas regu*ares d* rede e*tadual, ofereceram maior compreensão sobre aspectos dos
Roteiro, Joaç**a, v. 39, n. 1, p. 241-260, ja*./j*n. 2014
257
I*onezia Collode* Be*ett*, Ed*a Grisard, Od*ir Figuei*edo
conte*tos de dese*volv*mento de crianç*s nessa faixa escolar. Certamente, são acha-
d*s q*e po*em nortear os prof*ssi**ais *ue atuam na áre* da Ed*cação, bem como
a* famíl*as, na elaboração de prog**mas d* supor*e parenta*, que e*timule* cuidados
mais adequado* *a orie*tação das crianças.
C*nstato*-se qu* a busca *ela interação família-escola aum*nta o conhe-
cimento dos *rof*ssor*s quanto às *ecess*dades de aprendizage* de seus alunos e
p**mit* **e os pais possam oferecer apoio domic*liar adequado * aprendiza*em, co*-
tribuindo signifi*ativame*te para o su*e*so d*s env*lvidos no process* de *nsina*.
Em outras palavras, a p*rceria *amíli*- es*ola re*orça a interfac* e*tre o l*r e as ex-
p*ctati*as da escola, re*erentes ** apr*ndizado da criança, e e*clarece os papéi* que
cada u* *ode d*sempen**r no *poi* ao aluno.
No**s expli*ativas:
E**a pesq*isa re**beu bolsa* do Programa I*stitucio*al de **lsas de Exte*s*o.
* Bone*as r*ssas que são coloca*as umas dentro das *utras, da maior (e*terior) até a menor (a única que
não é oca).
3 Neste *r*balho, a concepção de "pa*s" *e estende a todos aqueles que assumem * funç*o ** cui*a*o*es.
* É u* re*urso didático que con*i*te *m uma *rancha/quadro, que tem um lado revestid* de *lanela ou feltro
(por isso o nome fla*elógraf*/*eltrógrafo a**opriado pa*a *eceber *iguras con*ecc*onadas com o *esmo
mat*rial, * *ue permite * sua ad*rência a *le.
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Dis*onível em: ww*.editora.unoesc.*du.*r