Perfil comportamental dos Controllers no Brasil: como estão os nossos profissionais?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18593/race.27160

Palavras-chave:

Perfil comportamental, Controllers, Controladoria

Resumo

A área conhecida como Controladoria exerce um importante papel para assegurar a saúde econômico-financeira das entidades. Assim, analisar os fenômenos inerentes aos profissionais da área ajuda a compreender como eles podem auxiliar no desempenho das organizações. Nesse contexto, esta pesquisa buscou identificar o perfil comportamental dos controllers atuantes em empresas no Brasil. Para isso, foi realizado um levantamento, por meio de questionário, obtendo 104 respostas válidas de profissionais da Controladoria. O questionário foi aplicado entre agosto de 2019 a julho de 2020. A análise de dados contou com correlações e regressões lineares múltiplas. As evidências indicam que os atuantes da Controladoria de empresas brasileiras apresentam bons níveis de motivação, poder de tomada de decisão, conscienciosidade e capacidade de trabalhar em equipe. Em contrapartida, foi possível identificar a presença de comportamentos geradores de estresse e necessidades de melhorias nas características interpessoais desses profissionais. Como principais variáveis explicativas do perfil comportamental dos indivíduos da amostra, destacam-se a idade, o tempo de experiência e o estado civil. A pesquisa contribui para um melhor entendimento sobre as características presentes em controllers que atuam em empresas no país, auxiliando na evolução da literatura sobre a atuação dos profissionais da Controladoria. Adicionalmente, a investigação contribui para uma reflexão sobre a formação dos controllers no Brasil, levantando características e habilidades importantes para a atuação desses profissionais. O estudo permite, ainda, impulsionar incentivos para o desenvolvimento pessoal e profissional dos atuantes na Controladoria, os quais apresentam papel central no desempenho econômico-financeiro das empresas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Acuff, F. L. (1998). Como negociar qualquer coisa com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. São Paulo: Senac.

Amorim, T. N. G. F., Oliveira, A. R. L., Manzi, S. M. S., & Bemfica, M. F. C. (2018). Perfil e competências do controller em empresas no Recife. Revista Mineira de Contabilidade, 19(3), 52-63. https://doi.org/10.21714/2446-9114RMC2018v19n3t05. DOI: https://doi.org/10.21714/2446-9114RMC2018v19n3t05

Anagusko, L. H., Araki, M. E., & Moser, E. M. (2020). Implantação da controladoria em micro e pequenas empresas no Brasil: o que considerar? Revista da Micro e Pequena Empresa, 14(1), 59-78. http://dx.doi.org/10.21714/19-82-25372020v14n1p5978. DOI: https://doi.org/10.21714/19-82-25372020v14n1p5978

Andrés, A. M., Tejedor, I. H., & Mato, A. S. (1995). The Wilcoxon, Spearman, Fisher, X², Student and Pearson tests and 2 x 2 tables. The Statistician, 44(4), 441-450. https://doi.org/10.2307/2348893. DOI: https://doi.org/10.2307/2348893

Atkinson, A., Banker, R. D., Kaplan, R. S., & Young, M. (2000). Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas.

Barnard, C. (1971). As funções do executivo. São Paulo: Atlas.

Beuren, I. M. (Org.). (2006). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. (3ª ed.). São Paulo: Atlas.

Borinelli, M. L. (2006). Estrutura conceitual básica de controladoria: sistematização à luz da teoria e da práxis. [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil]. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-19032007-151637/publico/Tesemarcioborinelli.pdf.

Bueno, J. M., Oliveira, S. M., & Oliveira, J. C. (2001). Um estudo correlacional entre habilidades sociais e traços de personalidade. PsicoUSF, 6(1), 31-38. https://doi.org/10.1590/S1413-82712001000100005. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-82712001000100005

Calijuri, M. S. S., Santos, N. M. B. F., & Santos, R. F. (2005). Perfil do controller no contexto organizacional atual brasileiro. IX Congresso Internacional de Custos. Florianópolis. https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/view/2102.

Catelli, A. (Org.). (2001). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. São Paulo: Atlas.

Cordeiro, F. A., Pereira, F. R., Durso, S. O., & Cunha, J. V. A. (2018). Complexidade organizacional e liderança feminina nas empresas de auditoria externa. Revista Contemporânea de Contabilidade, 15(36), 31-148. http://dx.doi.org/10.5007/2175-8069.2018v15n36p31. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8069.2018v15n36p31

Duque, C. (2011). O perfil do controller e as funções de controladoria: um estudo da atual necessidade do mercado de trabalho. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Pernambuco, Recife]. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/5023.

Fiirst, C., Lavarda, C. E. F., Pamplona, E., & Zonatto, V. C. S. (2018). Perfil do controller e a evolução histórica da profissão no contexto brasileiro. Revista Enfoque, 37(2), 1-20. https://doi.org/10.4025/enfoque.v37i2.33342. DOI: https://doi.org/10.4025/enfoque.v37i2.33342

Frenay, L. (2017). Looking forward: the new controller roll. Master’ Thesis, Radboud University, Nijmegen, Netherlands. https://theses.ubn.ru.nl/handle/123456789/5160.

Gerrig, R., & Zímbardo, P. (2002). Psychology and life. Boston: Pearson.

Gomes, C. V., Souza, P. de, & Lunkes, R. J. (2014). O perfil profissional da Controladoria solicitado por empresas brasileiras. Revista de Globalización, Competitividad y Gobernabilidad, 8(1), 34-50. https://www.redalyc.org/pdf/5118/511851340004.pdf.

Graham, A., Davey-Evans, S., & Toon, I. (2012). The developing role of the financial controller: evidence from the UK. Journal of Applied Accounting Research, 13(1), 71-88. https://doi.org/10.1108/09675421211231934. DOI: https://doi.org/10.1108/09675421211231934

Guzzo, R., & Dickson, M.W. (1996). Teams in organizations: recent research on performance and effectiveness. Annual review of psychology, 47(1), 307-338. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.47.1.307 DOI: https://doi.org/10.1146/annurev.psych.47.1.307

Heckert, J. B., & Willson, J. D. (1963). Controllership. New York: The Ronald Press Company.

Henttu-Aho, T. (2016). Enabling characteristics of new budgeting practice and the role of controller. Qualitative Research in Accounting & Management, 13(1), 31-56. https://doi.org/10.1108/QRAM-09-2014-0058. DOI: https://doi.org/10.1108/QRAM-09-2014-0058

Israel, S. M. B., & Vasconcelos, G. (2018). As características do controller e da controladoria no atual ambiente organizacional. Revista Fatec, 5(2), 1-18. http://revistarefas.com.br/index.php/RevFATECZS/article/view/227/188.

Jex, S.M. (2014). The important of prevalence in occupational stress research. Stress and Health, 30(2), 89-9. https://doi.org/10.1002/smi.2573. DOI: https://doi.org/10.1002/smi.2573

Kanitz, S. C. (1977). Controladoria: teoria e estudos de casos. São Paulo: Livraria Pioneira.

Kazmi, R., Amjad, S., & Khan, D. (2008). Occupational stress and its effect on job performance. A case study of medical house officers of district Abbottabad. Journal of Ayub Medical College, 20(3) 135-139.

Leite, E. (2013). Adoção de práticas de controladoria por empresas atuantes no Brasil: um estudo sob a ótica da teoria da contingência. [Dissertação de Mestrado, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS]. http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4312.

Lima, R. J. V. S., & Araújo, A. O. (2018). Desenvolvimento de competências e a trajetória do controller. Revista Mineira de Contabilidade, 19(3), p. 28-40. http://www.spell.org.br/documentos/ver/52065. DOI: https://doi.org/10.21714/2446-9114RMC2018v19n3t03

Lunkes, R. J., Machada, A. de O., Rosa, F. S. da, & Telles, J. (2011). Funções da Controladoria: um estudo nas 100 maiores empresas do Estado de Santa Catarina. Análise psicológica, 29(2), 345-361. http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v29n2/v29n2a11.pdf. DOI: https://doi.org/10.14417/ap.57

Lunkes, R. J., Schnorrenberger, D., & Rosa, F. S. (2013). Funções da controladoria: uma análise no cenário Brasileiro. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 15(47), 283-289. https://doi.org/10.7819/rbgn.v15i47.1185. DOI: https://doi.org/10.7819/rbgn.v15i47.1185

Maroco, J., & Garcia-Marques, T. (2006). Qual a fiabilidade do alfa de Cronbach? Questões antigas e soluções modernas? Laboratório de Psicologia, 4(1), 65-90. http://repositorio.ispa.pt/bitstream/10400.12/133/1/LP%204%281%29%20-%2065-90.pdf.

McShane, S. L. (2014). Comportamento organizacional: conhecimento emergente, realidade global. Porto Alegre: McGraw Hill education.

Mosimann, C. P., & Fisch, S. (1999). Controladoria: seu papel na administração de empresas. São Paulo: Atlas.

Nascimento, A. M., & Reginato, L. (2010). Controladoria: instrumento de apoio ao processo decisório. São Paulo: Atlas.

Nunes, A. A. B., & Sellitto, M. A. (2016). A Controladoria como suporte à estratégia da empresa: estudo multicaso de empresas de transporte. Revista de Administração Mackenzie, 17(1), 135-164. https://doi.org/10.1590/1678-69712016/administracao.v17n1p135-164. DOI: https://doi.org/10.1590/1678-69712016/administracao.v17n1p135-164

Oliveira, L. M., Perez Junior, J. H., & Silva, C. A. S. (2017). Controladoria estratégica. (11ª ed.). São Paulo: Atlas.

Oro, I. M., Beuren, I. M., & Carpes, A. M. da S. (2013). Competências e habilidades exigidas do controller e a proposição para sua formação acadêmica. Contabilidade Vista e Revista, 24(1), 15-36. https://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/593.

Oro, I. M., Dittadi, J. R., Carpes, A. M. S., & Benoit, A. D. (2009). O perfil do profissional de Controladoria sob a ótica do mercado de trabalho brasileiro. Pensar Contábil, 11(44), 5-15. http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/pensarcontabil/article/viewFile/75/75.

Palomino, M. N., & Frezatti, F. (2016). Role conflict, role ambiguity and job satisfaction: perceptions of the Brazilian controllers. Revista de Administração, 51(2), 165-181. https://doi.org/10.5700/rausp1232. DOI: https://doi.org/10.5700/rausp1232

Peleias, I. R., Guimarães, P. C., Silva, D. da, & Ornelas, M. M. G. de. (2008). Identificação do perfil profissiográfico do profissional de contabilidade requerido pelas empresas, em anúncios de emprego na região metropolitana de São Paulo. Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos, 5(2), 131-141. https://www.redalyc.org/pdf/3372/337228635006.pdf. DOI: https://doi.org/10.4013/base.20082.05

Reginato, L., & Nascimento, A. (2007). Um estudo de caso envolvendo business intelligence como instrumento de apoio a controladoria. Revista Contabilidade & Finanças, 18, 69-83. https://doi.org/10.1590/S1519-70772007000300007. DOI: https://doi.org/10.1590/S1519-70772007000300007

Rengel, R., Monteiro, J. J., Lunkes, R. J., Lavarda, C. E. F., & Schnorrenberger, D. (2020). Efeito das características dos gestores na participação orçamentária mediado pela percepção de justiça processual. Revista Contabilidade, Gestão e Governança, 18 (2), 256-275. http://dx.doi.org/10.21714/1984-3925_2020v23n2a7. DOI: https://doi.org/10.21714/1984-3925_2020v23n2a7

Ribeiro, L. M.S., Lunkes, R.J., Schnorrenberger, D., & Gasparetto, V. (2008). Perfil do controller em empresas de médio e grande porte da grande Florianópolis. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 20(7), 57-70. http://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/1066. DOI: https://doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v7n20p57-70

Robbins, S. P. (2006). Comportamento organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Robbins, S. P. (2011). O processo administrativo: integrando teoria e prática. São Paulo: Atlas.

Roehl-Anderson, J. M., & Bragg, S. M. (1996). Manual del controller: FUNCIONES, procedimientos y responsabilidades. Deusto: Barcelona.

Sá, E. G., & Amorim, T. N. G. F. (2017). Principais competências exigidas aos profissionais da área de controladoria em empresas comerciais da região metropolitana de Recife. REUNA, 22(2), 44-65. https://revistas.una.br/reuna/article/view/822. DOI: https://doi.org/10.21714/2179-8834/2017v22n2p44-65

Sadir, M., & Lipp, M. N. (2009). As fontes de stress no trabalho. Revista de Psicologia da Imed, 1(1), 114-126. https://doi.org/10.18256/2175-5027/psico-imed.v1n1p114-126. DOI: https://doi.org/10.18256/2175-5027/psico-imed.v1n1p114-126

Silva, M. Z., Ames, A. C., & Giordani, M. S. (2020). Discriminação salarial de gênero e a percepção dos agentes: análise na profissão de 'controller'. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 19(1), 1-18. https://doi.org/10.16930/2237-766220202908. DOI: https://doi.org/10.16930/2237-766220202908

Simon, H. (1965). Comportamento administrativo. Rio de Janeiro: USAID.

Siqueira, J. R. M. de, & Soltelinho, W. (2001). O profissional de controladoria no mercado Brasileiro – do surgimento da profissão aos dias atuais. Revista Contabilidade & Finanças, 12(27), 66-77. https://doi.org/10.1590/S1519-70772001000300005. DOI: https://doi.org/10.1590/S1519-70772001000300005

Souza, G. H. C., Wanderley, C. A., & Horton, K. (2020). Perfis dos controllers: autonomia e envolvimento dos profissionais de controladoria. Advances in Scientific and Applied Accounting, 13(3), 3-22. https://doi.org/10.14392/asaa.2020130301. DOI: https://doi.org/10.14392/asaa.2020130301

Weick, K. (1979). The social psychology of organizing. Publisher: McGraw-Hil.

Zoni, L., & Merchant, K.A. (2007). Controller involvement in management: an empirical study in large Italian corporations. Journal of Accounting & Organizational Change, 3(1), 29-43. https://doi.org/10.1108/18325910710732849. DOI: https://doi.org/10.1108/18325910710732849

Downloads

Publicado

31-08-2021

Como Citar

Reginato, L. ., & Durso, S. de O. (2021). Perfil comportamental dos Controllers no Brasil: como estão os nossos profissionais?. RACE - Revista De Administração, Contabilidade E Economia, 20(2), 289–316. https://doi.org/10.18593/race.27160

Edição

Seção

XXIII SEMEAD Seminários em Administração (FEA/USP)