INSTITUCI*NALIZAÇÃO DA FILANTROPIA PEL*
LEGITIMAÇ*O
Daniel Taborda*
João *o*t** da Costa**
Resumo
Na *u*op*, a responsabili*ade socia* das em*resas, em particular a sua dimensão
filant*ópica, n*o está tão consolidada como nos E*A. *orém, nos ú*ti*os ano*,
*onfrontados c** exigentes r*strições or*amen*a*s, os Estad*s-Membros
da
U**ão Eu*opeia esf*rça*-se por *p*iar o se*or privado não lucra*iv* (terceiro se-
tor), ***egurando * sua vitalidade. *aí que a co*preensão da* razões que estão *a
b*se da concessão *e donativ*s p*las empr**as seja *un*amental par* o **rtaleci-
*ento do terceiro *e*or, que des*mpenha um pa*el central no bem-e*tar *oletivo.
As pr*fer*nc*as in*ividuais *os *e*tores inf*uen*iam a atividad* filantrópica da
empresa, afast*ndo-a de uma traj*c*ó*i* de *bten*ão d* *ucros. Porém, a rev*s*o
de l*teratura e*ectuada * * r*configuração das ligaç*es con*e*uais suge**m *ue a
*rocura d* legitimaç** pessoal * empres*rial, em um *nqua*ramento i*stituci*-
nal, co*stitui um* *xplicaçã* pertinente pa*a a c*n*essão de donativos. O *o*elo
teó*ico pro**sto il*stra que a procura de l*gitim**ão produz efeitos positi*os na
emp*esa e alinha os interesse* dos ag*n*es e dos pr*ncipais.
P*lav*a*-cha*e: Donativos. L*gitimação. Instituci*nalismo. T*rce*r* setor. *es-
ponsabilidade so*ial.
1 INTRO*UÇ**
Na Euro*a, a tra*icion*l *rese*ça do setor públic* e o c*ticismo que
pai*a sobre a assunçã* d* *es*onsabili*ades pelo se*or p*ivado lucra*ivo podem
t*r um efeito negativo na dimen*ão *o t*rceiro setor. Nesse sentido, K*lm (200*)
* Dou*or em Gestão de Empresas pe*a Faculdad* de E*onomia da *niversidade de
Coimbra;
Profe*sor na Esc**a Superior de Tecnologia e Ges*ã* *e O*iveira d* *osp*ta* I**tituto Po*itécn*co
de Coi*bra; Revisor *f*cial de *ontas; Rua General Santos *o*t*, Oliveira do *ospital, 3400-12*,
C**m*r*, *ortugal; dani*lgeraldotaborda@*ma*l.com
** *outor em *estão de E*presas *ela Faculdade de Economia da Universi**de de Coimbra; Me*tre
em Gestão de Empresas *e*o Instit*to Superi*r *e *iências do Trabalho e da Empre*a; Profes*o* na
Escola Superior d* Tecnol*g*a e Gestão de Oliveira do H*spi*al Institu*o P*litécnico *e
Coimbra;
j*ao.cost*@e*tg**.ipc.*t
*6*
*aniel T*bor*a, **ão F*nte* d* Cost*
obse*va que a dim*n**o do ter*eiro s*tor var** n* razão inve*sa da dimensão do
setor pú*lico. Para Stole (2008), a diminuição d* peso das políticas sociais *os
programas governamentais inc*ntiva * trabalho, a produtivi*ade, a inov*ção, *
empre*n*edor*smo e a consolidação da **cie*ade civil.
A*sim, à semelha*ça do que carateriza a simultaneidade ** prestação
públic* e privada dos serviç*s de in*eresse económico *eral (SIEGs), na Europa a
relação *om o set*r pú*lico deve ser perspeti*ada em u*a lógica co*plementar
* não a*tern*tiva. D* acordo com a Comissão d*s Comunidades Euro*ei*s (2007,
p. 4), os se*viços de interesse g*ral integra* "[...] os serviços, ec*nómicos e não-
-e*onómicos, que os pod**es públicos c*assificam de *nteresse geral e que s*o
*bjeto *e *brigações de serviço *úblico es*ecíficas." Existem, *ois, *o** tipos de
serviç*s de in*eresse ge*al: os SI*Gs e os serviços não eco*óm*c*s. Os *rimeiros
*stão subordinad*s à* regr*s comunitár*as *a con*orrênci* e d* mercado intern*,
*orque tê* *or objeto uma a*i*idade de na*ure*a e**nómica (sem preju*z* de be-
neficiarem de derro*ações face a* regime geral *a concor*ência, caso * se* reg*lar
fu*cionamento s*ja obs*ruído). Os segundos e*capa* à l*gic* concorrenc*al e en-
g*obam *s *tividades r*a*en*a* (segu*ança, defe*a interna * justiç*) e as ativi*ades
de cariz eminente*ente socia* (saúde, ed*cação e proteção socia*).
*om efeito, é c*rto que o *stado tem o dever de contribuir para *ma
democra*ia de b**-es*ar económico e *ocial, m** *al não *ignific* uma estatização
d*sses *i*eitos. A *o*cr*tiz*ção d* d*mocracia participativa atribu* um importante
**pel à sociedade c*vil. Nesse se*tid*, Casal** N*bais (2006, p. *44) susten*a que
"[...] a dimensão *ol*dária da cidadania implic* o em*enhame*to simultan*amente
est**ual e so*ial de pe*manen*e inclusão de todos os membros n* respe**va comu-
nida*e de mo*o * **d*s *arti*h*rem um *esmo denomi*ado* co**m, um mesmo
"c*ão comum", que assim os torne cida*ão* de *orpo inteiro dessa comunida*e."
Acrescent* que "[...] por um lado, a cidad*n*a n*o é a*andonada à *oc*eda*e **vil,
nem é remet*d* exclusivamente par* a estadualidade soc*al."
*s*im, os fe*óme*os da "desp**li*i*ação do ser*i*o público" e
da
"fuga *ara * ****ito pri*ado" da Administração p*blica não significam o fim do
Estado So**al. Em traço* *e*ais, a "de*publici*aç*o do *e**iço pú*l*co" sign**ica
a convi*ência entre os hemisf*rios públi** e p*i*ado *a produção de serv*ços
públi*os, re*evando a ess**cia materia* e os princíp*os nortead*res *a a*i*id*de
exercida, em d**r*mento da natur*z* *o sujei*o, púb*ica *u priva*a, que * *m*re-
ende. A "fu** para o **reito privado" consi*te na ap*ic*ção das re*ras de direito
p*ivado ao fu*cionamento *a* en*ida*es públi*as, co*cretizada, po* *i* *e regra,
*68
Institucional*zação *a fi*antropia...
p*la res*e*iv* *mpre*arialização. Distint* da p*ivatização, es*e *enó*eno v**a
à aproxim*ção da **stão **blica às *r*pa*a*as virtudes da gestã* empresarial,
sen** f*ito "[...] m*it*s ve*es *ontra natur*, ou *ej*, sem o r*spe***o objeto *er
naturez* emp*esarial." (TAVARES, 2006, p. 684). Em muitos casos, a emp*esa-
r*alização dos serviços públi*os é mais formal do que *ubstantiva, apelando * uma
impo*tação plástica e a*rí**ca das r*g*as da "b*a gestã*" para o se*or *ú*l*co. Es*a
trasla*açã* j*stif*ca-se também pela *esorçamentaç*o, dad* *ue, co** n*tam
**mes Can*t*lho e Mo*eira (2007, p. 1108), "[...] e*sa *dmi*is*raçã* pú*lica com
regime de finanças priv*das ** t*ca indiretamen*e * Orçament* *a medida em
que se *erifiquem t*ansferências d**te para *qu*l*."
Essa* tendên*ia* n*o se pod*m traduzir no alhe*mento d** respon**bi-
li*ades const*t*cionais * que o Estad* está vinc*la*o (SOUSA, 20*6). As dive*sas
a*q*i*eturas i*stitucion*is nã* anulam o preenchimento da clá*sula consti*uc*o-
na* de b*m-estar, ma*tendo-*e na e*fera pública a obrigação de prosse*u*r o inte-
resse *úblico, ainda que *ob as v**tes d* um agente priva*o (LO*O, 2000).
**sse sentido, a sati*faç*o das ne**ssidades co*etivas pod* conseguir-se
m*d*ante uma atu*ção *o**ertada e*tre o Estado e outr*s agentes e*onóm*co*,
nom*adamente do t*rce**o se*or. Essas entida*es, para *lém d* capac*d**e
de
criarem novos empregos, combatem a excl*são, promo*endo a pa*tici*ação ativ*
n* vid* social e a *nserçã* no *undo ** tra*alho. Têm vin*o a de*on**rar qu*
s*peram o me*o a*sistencialismo, demarcando-se de práticas fr**m*ntárias, i*-
d*scri*inadas ou aleatóri*s. O seu financ*amen*o *rov**, s*bretudo, de tran**e-
r*ncias púb**c*s d*r*tas e dos *ona*i*os d* seto* privado. *ada a i*portância do
terceir* setor no atual *ontexto *ocioeconómi*o, interes*a compre*nder as **zões
que explic*m o s*u financia*ento pelo setor p*ivado lucra*ivo, sa**entando-se,
neste contexto, a procura da legitimação org**izac*ona*.
Arg*menta-se que a procura pela le*itima*ão social contribui para a in-
corpor*ção *a r*spo*sab*lidade s*cial nas organiz**ões, s***o a fila*tropia uma
fo**a v*sível e expl*cita de a mat*rializar.
Assim, *om base na revis*o bibliogr*fica * no estabeleci*ento de li-
*açõ*s concetuai*, propõe-se u* modelo teórico *riginal *ue r*conhece o papel
das p*eferên*ia* *es*oais do* ge*tores na conc*ssã* de donativos empre**riais,
mas, em alterna*iv* à obtenção de vantagens *essoa*s, subord*na*as à procura de
*eg*timação e, portanto, sintonizado* com a c*iaç*o *e val**. Essa m*t*do*ogia as-
sent* *a revisão bibliográf*ca, *ue contextualiza os c*n*eitos, identifica as v**i*s
*roblemát**as e ab*rdagens e fund*me*ta a prop*sta de mode*os co*cetuais e/ou
769
Daniel Taborda, João Fontes da Costa
de p*op*siçõ*s teór*c*s; é comum *m e*tudos científico* relaci**ados ao tema da
re*p*nsabi*idade social. *alienta-se *penas *lguns ex*mplos de autores q*e pu-
*l*ca*am proposta* t*óricas e* temas relacionados à *tica (SVENSSON; WOOD,
2008; *DW*RDS; *IR*HAM, 2013; DE*UIJNCK, 20*4), à re*ponsabilida-
de corpo*ati*a (HANKE; STARK, 2009; H*H; F*EEMAN, 201*; SI*GER,
2013), destacando a impo*tânci* dos vários stakeholders (NEVILLE; B*LL;
WHITWELL, 20*1) *u a*alisando a relev*nc*a do papel *o g*stor nessa mat*ria
(V**D**AERDE et al., 2011; CONSTANTIN*SCU; KAPSTEIN, 20*4).
O texto prossegue com as razõe* pa*a a atrib*ição dos donativos, uma
apresent*ção da t*ori* da legi**maç*o e a sua i*p*rtânci* na *xpl*cação daqu*la
acti*i*ad*, ter*inando com a apre*entação de um mo*elo teórico.
2 AS RAZÕES DA A*R*BUI*ÃO DE DO*ATI*OS, EM *ARTICUL*R O
PROBL*M* DA UTILIDADE PESSOAL DOS GESTOR*S
O *e*or p*ivado lucrativ* encontra div*rs*s *az*es p*ra s* *nv*lver em
pr*jet*s sociais. A visão de *ue os projetos de respon**bilidade *ocial não traz*m
be***ícios ec*nó*icos tem vindo, prog*essiva*ente, a ser r*bat*da p*la *ilan-
tr*pia e*tratégica que rei*indica ganhos tanto *ara a so*iedad* quanto para a
empresa (*AIIA; CARROLL; BUCHHOLTZ, 2003). *ais recen*emente, Wang,
Choi e *i (2008) aprese*tar*m re*ult*dos empíri**s que sugerem u*a
relação
curvilínea (em * invertido) **tre * filantr*pia e a perf*rm*nce fin*nceira *as em-
presas. Ou seja, v*rifica-se uma re*ação d*r**a e*tre *s don**ivos e a performa*ce
f**anceira até determinado nível, a part*r do qual se destrói *alor, fruto, t*mbém,
dos cu*tos de agênci* (d*senvolvi*os ma** adian*e).
*m uma p*rspetiva mais ampla, que *ã* s* ***fina * filantropia, Pava
e *rausz (1*97) *istematizam quatr* crit*r*os que permitem aferir da *er*inên-
cia * ad**uaç*o dos projetos de respon*abil*d*de social nas organiz*ções. A*sim,
a*nda que exis*a *m t**de-of* ent*e alguns critérios, esses autores defe*dem q*e
a empresa de*e real*zar projetos s**ia*s, com as seguin*es hipóteses: a o*gani-
zação identifica um pr*blem* *ocial e detém o conhecimento *a*a so*ucion*-lo
(dispõe de informação *obre a com*nidade local e se se**e capaz de c*ntribuir
para a resolução do problem*, articulando-o com o seu núc*eo de competências);
sent*-se responsável pelas e*terna*idades negat*v*s (***onh*cim*nto da re*ação
de causalidade entre uma atividade da organ*za*ão e o prejuízo causado * de*er-
minado grupo); existe um ala**ado con****o *ntre o* s*ake*olders mais r**evantes
7*0
Insti*uciona*iz*ção da filantr*pia...
quanto à concretiza*ão do p*oj*to de responsabi*idade so*i*l e ant*cipa-se uma
corr*lação positiva com a performance eco*ómic*-fina*ceira (*nic*ativas soci*is de
car*ct*r estratégico).
Tendo *omo pano de fundo as inici*tiv** sociais cri*dor*s de v*lo* p*r*
a em*r*sa, Upham (2006) *lerta para a i**ortân*ia d* *linhamento *o program*
filantrópico c*m os val*res do* funcionários. É verdade que * p**ítica fil*ntróp*ca
empre*aria* d*ve criar efeitos positivos n* pe***ção dos consumidore* (KIM et
al., 2011), mas tam*é* existem *árias v*ntage*s ** in*orporaç*o dos va*ores dos
cola*orad***s, desig*adamente ao nível d* reforço *a sua identific*ção co*
a
**presa e do aument* dos ní*e*s de motivação. O* result*dos de Gon* e Grun-
dy (2009) reve*am que as equipas de funcion*rios socialmente responsá*eis, as
quais enc*ntram s*porte p*ra a *ua consciênci* soci*l *a organi*ação em que
trabalham, *ã* mais pr*duti*as, *ruto da criação d* um sentimento de sa*isfaç*o
coleti*o. E* uma perspetiva mais la*a, Collie* e Est*b*n (2007) de*endem *ue a
*omogeneidade entre os *a*or*s dos func*onár*os e da *mpresa é indispensável
p*ra * sucesso dos *r*gram*s de res*on*abi*idade social. Acres*entam que a proe-
mi*ência dessa qu*stão se torna mai* nítida no caso *a* empresas que op*ram em
diver*os p*íses, em que *s fun**onários têm rapidamente *e tomar dec*sões e*
*mbie*tes culturais *stranhos, sem d*liberação prévia da cúpula da org*nização.
Assume, *ois, especial importância a forma como os memb**s do **gão de gestão
planeiam * ex**utam * processo de divulgação e de absorção da cultura de res-
ponsabilidad* so*i*l da *rganização pe*o* colabora*ore*. Grant (2012) apresenta
um modelo te*rico que destaca a importânci* do pap*l *o* gestores n* pr*moção
de programas *e voluntari**o empres*r*al que envo*vam t**os os colaboradores.
*n*ependentemente das razõ*s, ma*s ou menos utilitaristas, q*e lev*m
as emp*esas a s* envolverem em projetos sociais, é hoje consensual que se trata de
uma m*téria decidida ao m*is alto *ív*l da hi*r**qu*a or*anizacional e, portanto,
muito dep*nden*e do nível d* sen*ib*l*dade social dos gestores.
Em u* inq*é*it* refe**do *or Walker (200*), da re**onsabi*idade co*-
ju*ta da C*arities Aid Foundatio* e ** Deloitte & Touche, *nde*eçado aos e*ecutivos
seniores das em*re*as *o Reino Unido pertence*tes ao FTS*350, dois te*ços dos
inquiridos trabalhava* volu*taria*ent* em instituiç**s de soli*ari*dade, dedi-
cand*-lhes, em média, ce*ca de sete hor*s por mê*. As funçõ** desempen*adas ti-
nham uma natu*eza h*mó*o*a às d* su* atividade profis*ional, o* *eja, n* cúpula
**s entidades, cap*ta*iza*do, *ssim, * sua *xpe*iência e c*mpe*ências. O númer*
méd*o de instituiç*es *e solidariedad* com que se *elacionavam, *e *orma dura-
771
D*niel Taborda, João F*ntes d* Costa
doura, era *e cerca de três ou mai*. *s princ*pais **tores que e*tão n* bas* do seu
*nvolvimen*o de*lar*do se prendem, sobret*d*, com * dem**stra*ão *e gr*tidão
à soc*eda*e, reco**ecend* que esta foi *mport*nte p*r* * posição privile***da qu*
ocupam (46% **ontaram "gi*ing something back *o the c*mm*n*ty"). Dois *e**os dos
inq*iridos re*eriram que *s suas organizações atribuí*m dona*ivos regu**rment*
às *nstituições com as *uais *olab*ravam, sentin*o-s* responsáveis pel* angaria-
ção de out**s voluntários por m*io da sua *ede de *ontatos, e *7% admitiram que
*quelas extraía* *enefícios do s*u env*l**men*o, *o **vel *a im***m, reputação
e índ*ces de motivação dos fun**onários. O citad* autor conclu* que os exe*utivos
*eniores con*tituem um recurso de elev*do potencial ** consolidação da confi*n-
ça do público, mediante a *ssu**ão de fu*ções em instituiçõe* sociais, sinalizan-
do o s*u nível de integ*ida*e moral * o seu esforço em *o**ribuir para * eficiência
desse set*r. Brown, Helland e Smith (2006) defendem que, sob a hip*t*se de os
donativ*s visarem à ob**n*ão *e ben**ícios empresariais, é *xp*tável um maior
envolvimen*o da g*stão de topo *a sua at*i*uição, de modo a garantir uma ar*i-
c*lação mais es*re*t* com a estr*tégia da empr**a. Na li**r*tura, existem *iversas
teorias que cont*i*uem *ara a e**licação de as empresas se envol*ere* em ati-
*idad*s de re**o*sabilidade social, merecendo destaqu* a *eoria dos *takeh*l*ers,
a teo*i* instituc*onal e a teor*a da agênc*a. Contrar*amente a esta última t*ori*,
*** se basei* na procura de *ati*fa*ão pessoal pelos gest*res, as **imeiras duas
inserem-se nas c*amadas teorias relacion**s, assen*es no co**e*t* social, polít*co
e econ*mico q*e *nv*l*e a empre**. Com efeito, a lit*ra*ura most*a que a respon-
sabilidade soc*al d*s empr*s*s s* manifesta de for*a *iversa, sen*o influencia**
pelo se* meio env***ente.
O estudo *e **tte* * Moo* (2008), que incidiu *as *iferenças e*tre os
conceit*s e a operacionalização da **sponsa*i*ida*e s*cial nos EUA e na Euro-
pa, concl*i que a ligação das empresas nort*-a*ericanas *om a respon*abilidade
soc*al é mais exp**cita do que na Eu*opa. No entanto, fr*to *a glo*alização, em
particular da int*r*acionalização das práticas de gestão, * respo*sabilidade so*i**
explícita tem *an*o ader**t*s na Europ* (atente-s*, por exempl*, nos índ**es
e*r*peus focaliz*dos *a p*rformance social e **biental das empre*as, designa-
damen*e o ASPI e o Nat*r-Aktie*-In*ex). Importa s*blin*ar que a diversid*de
*nstitucional entre os vário* países *mpede a internacionalização instantânea do*
mo*el*s anglo-saxónios (AGUILERA; JACKSON, 2003). Ou s*ja, mais do q*e a
um fe**meno de "norte-americaniza*ão", *om consequênc*a* dire*as * imediata*
na homo*eneização da *e*tão, assis**-se a u* processo d* "hibridiza*ã*", em que
*72
I*stitucionaliza*ão da filan*ropia...
as prá*ica* importadas são submetidas a um processo *e tr*nsposição, adaptado
ao contexto específico. *ssim, para * t*oria ins*i*ucional, "*s melhores pr*ticas"
não o**decem a u*a *ógic* de mimetismo *uro. São sujei*as a um pr*cesso de
adaptação a normas, *egras e comportam*nto*, co*siderando as carate*ística* do
*on*ex*o, designadamente as diferen*e* in*erações * relações de interdepe*dên*ia
e*t*e os stakehol*er*. Como not*m Matte* * Moon (200*), a *bordagem da *eoria
institucional * *undamental *ara compreend*r a for*a co*o a responsabilidade
soci*l * conce*ual*zada e concret*zad* nos vários pa*ses.
Em **anç*,1 *** é esp*ráv*l *ue a m*dança social seja *inami*ada por
agentes autónomos do Estado. A omnipr*senç* es*atal, ainda que d*ficult* um
pape* de l*de*ança do processo de m*dança *ocial por parte das organizações,
facil*ta o seu envolvimento. Nesta seç*o, a mo**lização das empresas é feita so*
o estímulo e a orientação do Estado, com repercussõe* positivas em n*vel da *egi-
*imaç** e d* con**lidação *a respons*bilidade social das organizações. Segundo
Antal e Sobcza* (2007), esse paí* *enot* algum ceticis*o em relação à divulgação
pública *a info**ação, isto é, *á um d*fice d* *rans*arência que prejud*ca a sedi-
ment*ção das relações com os stakeh***ers e que, a pa* *o excessivo protagonismo
*o *stado, *etira fô*eg* a iniciativas empresar*ais no plano social. Daqui, decorre
* desenvol*imen** ténue das ativi*ades filantrópicas em França, te*dência que,
*ecentemente, tem si*o combatida pel* ad**ão de legislaç*o de estímulo à filan-
t*opia e*pres*rial. A*ente-se, por exemplo, à con*a*ração legal da "filant*opia de
competência", encoraja*do *s funcionár*os a pro*seguirem a sua forma*ão * *e-
conhece*do *ompetênci*s, conh*cimento e experiência a pe*s*as *ue col*bo*am
com o terc*iro setor.
Com base ** pos*u*ado de que o *eio *nvolvente i*fluencia a con-
cessão *e do*ativos, Bramm*r e Pav*l*n (2005) desenvolveram *m tr*balho
de
comparação entre o co*port*me*to filan*rópico das e*presas do Rein* Un*do
e *os Estados *ni*o* (clas*ificaram, por atividades, as 1*0 m*ior*s emp*e*as co-
ta*as no New Yor* Stock Exc*ange e no *o*don Stock E**hange). Concluí*am que
os donativos *as 100 maio*es c**tribuidoras no Reino Uni*o repres**tam me-
nos *e *0% d* valor r*g*sta*o pelas suas con*éneres norte-americanas; que essas
con*rib*em, em média, com uma maio* **opo*ção d*s lucros para a c*m*ni*ade
(1,74%, face a 0,78% no Reino Unido) e que, nos EUA, as *0 *mpresas mais ge-
nerosas rep*esentam cer*a de 4*% do t*tal de donativos das 100 c*ntrib*idor*s,
enquan*o no Re*no Unido es*e va**r asc*nde a 60%.
*7*
Da*i*l Tabo*da, Jo*o Fon*es da Costa
Em relação a** EUA, Us*e* (1988) observo* que, nos a*os 1970, as
em*resas cont*ibuíram em média com cerca *e 1% dos s*us r*sultado* líqui*os
*ntes de im*ostos, ao passo q*e, durante a década de 1*80, es*a propo*ção elevou-
-se pa*a aproximadamente 2%. Em 20*1 e 2002, **se va*or c*frou-se em 1,6%
e
1,8%, r**petivamente (KING; TCHEPOURNYH*, 2004). B*a*mer e Milling-
ton (2005), co* *ase em uma amo*tra de 550 empresas cotadas na London Sto-
ck *xchange, co**tataram que, no *xe**ício de 1999, os do*ativos repres*n*ar*m
0,**% do* seus *esu*tad*s líqui*os an**s de impos*o* (es*e rácio envolv* cá*cul*s
pouco rigor*sos, fruto dos problemas s*scitados pe*a aval*ação dos don*t*vos em
e*pécie). Também Walk*r (*002) confirmou um men*r *rau de r*lacionam*nto
entre * seto* *riv*do * o te*c**ro setor no Reino U*ido, face ao dos EUA.
*efira-se, aind*, que par* além de fat**es institucionais, cultur*is, po*í-
tic*s e org*niza*ionais (analisados, *x*ensiva e apro**ndadament*, em *m estudo
comp*rat*v* ela**rado p*r Wright (2001), devem ser destacad*s os económic*s.
Hist*r*c*mente, nos EUA, a c*rga **sc*l sobre as pessoas coletivas é el*vada,
e
taxas de im*osto estão posi**vamen*e relaciona*as *o nível de dona*ivos, *ma
vez q*e baixam o seu cus*o d* oportunidade (*dmit**do a *edutibi*idade fis*al
do* *ona*ivos). Também imp*rta relembrar **e a dimensã* das organizações, a
indústria * qual p*rt*ncem * a pressão d*s st*keholders a*etam a ativi*ade filantró-
pica. *a amostr* do tra*al** de Brammer e Pave*in (**05), as *mpresas ameri**-
nas têm cerca *e 250% da dimensão das d* Reino *nido. Tam*ém os result*dos
de Ama*o e Amato (2*12) destacam * impo*tâ*cia d* dimens*o da* *mpr*s*s n*
seu envol*ime*to em ativida*es filantrópicas, fruto da necessidade d* mant*rem
níveis elevados de reputa*ão.
P** *utro lado, com* já se disse, a filantropia empresarial, uma mani-
festação inc*ntornável d* resp*nsab*l*da*e social das em*resas, é tam*ém enq**-
drada *a esfe*a dos *roblemas de agência. Dito d* outr* modo, os d**ativos em-
presariais *usti*icam-se pel* vo*tade de os gestores ma*imizarem a su* uti*idad*
individual, subor*i*ando-se às suas prefer*ncia* e agendas pe*soais. Sendo c**to
que, como já se referiu, a r**onc*liação ent*e ob*etivos e*onómicos e *ociais tem
vin*o, *rogres*iv*mente, a reunir *m co*se*s* al*rgado: o pro*lema de a r*s-
p*nsa*ilida*e d*s *mpresas ser exercida com o intuito de *s g**tor*s *xtraírem
benefí*ios pesso*is às cu*tas do património dos sócios ainda subsiste (*EATH;
NORMAN, 2004).
Ba*eados nessa ideia, *uitos estu*o* rec*r*eram à titulari**de e * di*-
per*ão do capital *ara *xplica**m o mont**t* de donativos atribuídos pelas em-
774
Institucional**ação da fil*ntro*ia...
pres*s. Atkinson e Ga*askiewic* (19*8, p. 9*-*8) confir*aram que, **anto
mais
concentrado estiv*r o capital e quant* menor for a separaçã* ent*e * proprie*ade e
a gestão, menor o nível de d**a*ivos. A*irma* *ue "[...] quando *s ges*ores (nome-
ados p***s) s*cios sã* ta*bém ou*organtes prin*ipai*, * empresa * menos generos*"
e "[...] qu**do a *r*pri*dade está mais concentrada, as opç*es d*s g*st*res são **i*
*i*itadas e as contr*buições serão me*o***." T*m*ém os re*ultado* de Bartkus,
Morris e *eifert (2002) e *e S*ifert, Morris e Bartkus (2004) suge*em uma associa-
ção en*re o grau de conc*n*ra*ão do capital * o montante dos don*tivos.
Ullma* (1985) c*loca essa **estão de modo d*v*rso e *om i*plicações
**o*tas: quanto m*ior for a di*per*ã* de *apital, ma**r a prob*bilidad* de *s
organizaçõ*s serem d*tid*s po* sócios c*m preocupações sociais e, *ortanto, te*-
dencialment* ma*s donat*vos concedem. E*sa abo*dagem *dm*te *ue os s*cios
das **presas n*o são exclus*vamente movidos pela ma*im*zação do* lucro*, ou
ent*nde* que a perf*rma*ce social p*omo*e a pe*f*rma*c* *co*ómic*-f**anc*ira,
ou, ain**, qu* as atividades socia*m*nte resp**sávei* não se **percutem na de-
lapid*ção do patr*mónio empr*sarial. Nessa fo*mul**ão, pode ainda ser equa-
cionado que os *óc**s exercem a sua a*ivida*e filant*ópica pesso*l por meio da
organização, **p*tese que n*o tem encontr*do validação e*píric* na literatura.
Como A*ams e Ha*d*ick (*998), Brammer e Millingto* (200*, p. 143*)
não enco*trar*m um* rela*ão significativ* positiva entr* a dis*ersão do capi*a* so-
c*al e os donati*os, *sse facto não lh*s caus** s**presa, porque a "[...] rela*ão positi-
va entre * disp*rsão *os detentores do capit*l e o m*ntante de donativos as*enta no
pressupo*t* de que os do*ati*os são *tiv*dades me*amente di*cricionárias. Ora, *s
resultados deste estu*o ate*tam que estas des*esas são significat*vamente det*r*i-
nadas *or fa*ores est*atégi*os." Os autores *rgumen*am que a i*portância cada ve*
maio* do inv*stimento ético i*troduziu uma p**ferência mais pro*unciada pela
responsa*ilid*de s*cial, aceitando, alguns investidores, um eventual trade-off com
a pe*forman*e económ*c*-financeira. Tal não repr*se*ta, como *\Rourke (*003) fa*
n*tar, que * *nvestimento *tico desp*e*e a verte*te económico-f*nanceira. Signifi-
ca, an**s, q*e e*istem outros p**âmetros de ava*iação i*por*antes p*ra os inves-
tidores, nomea*ame*te am*i*ntai* e *oc*ais, e que o cresc*mento sustentado tem
pri**zi* sobre a ma*imiza*ão d* lucros no curt* prazo.
*utros e*tud*s se e*forçaram po* ca*tar as pre*er*ncias pe*soais do*
gesto*es e *elacioná-la* com * resp*n*abilidade social das empresas. *illiams
(2003) confirm*u qu* a presença de m*lheres nos órgãos de gestã* da* empresas
(listadas na *ortune 500 no perío*o 1991-1994) influe*c*ava signific*ti*amente
775
Da*ie* Taborda, João *o*te* da C*s**
a p*lítica *ilan*rópica das empresas. Mais rece*te*ente, o est*do *e Marquis e Lee
(2013) ***d**cia q*e * propor*ão *e mulh*res n*s órgãos de ge**ão *em ** ef*ito
positivo *o mon*an*e de do*ativos. Em uma perspe*iva mais a*pla, os resulta*os de
Mallin e Mich*lon (2011) * de P*st, R*hman e Rubow (2011) também sugerem que o
g*nero dos gestores é uma variável *mpor*a*te nos nívei* de resp*nsabi*idad* social.
Con**ariamente, Schaper e S*very (2004) não c*nseguir*m estabelecer
qual*uer relação entre essas vari*veis, ten*o *o*o objeto de *stu*o uma *mostra
de mi*roempres*s *ustralianas. Esse *esultado, com* o que f*i obtido para a v*riá-
ve* id*d*, ca*sa a**u** perplexidade, p*rquanto seria e*petáve* que, nas p*q**nas
empresas, as preferên*ias dos gestores, normal*ente c*in*idindo com os proprietá-
rios, tivessem mais impacto nessa *e*isão (THOM*SON; *MIT*; HOOD, 1*9*).
Br*mmer e M*llington (2004) assumem a *ifi*ulda** em medir a i*-
port*nci* das *referências d*s membros do órgão d* g*stão na atribuição de do-
nat*vos. Optaram *or recor*e* * compa*ação *ntre os lucros e os d*nati**s, par-
tin** *a premissa
d* que *s primeiros *uncionam como uma r*serva que pode
financiar *s atividades discr*c*onárias do órgão de gestã*, ou, em
alternati*a,
com* uma *estriç*o. Quando são ele*ados, é possível afetar uma **r*e *e*es
a
ativida*es di***icio*árias. Em *ontrap*nto, lu*ros r*duzi*o* lim*tam * financia-
mento daquelas, devendo s** integralmente encaminh**os para a remuneração
dos sócios e credores. Assim, para esse* a*tor*s, quanto mais forte for a relaç*o
entre os do*ativ*s e os l*cr**, mais ac*itável é * hip*tes* de os donat*vo* serem
utiliza**s pelos gestore* para maximizarem a sua utilidad*. A relação *ntre os
lucros e os dona*ivos *o***ou ser significati*a, mas, par*ce-nos qu* a variáve*-
-ch*ve é prec*same*te os lucros - uma *edida caraterística da *erfor*ance ec*nó-
*ic*-finan*eira - * não a v*riável comporta*ental.
Na me*m* linha, os resultado* *btidos por Levy e Shatto (1978), base-
ado* *a co*paração en*re ** taxas de cres*imento **s donativos e dos lucros, nã*
p**mitem rej*itar a hip*tese de a co*c*ssão de donativos ser motivada por raz*es
de satisfação pessoal *os ge*tores. As ***itaç*es da formulação teórica des*es au-
t*res foram firmemente apontadas por *eim, Meiners e Frey (198*) e Bennet* *
Johnson (1980). Também *avarro (198*) cr*ticou a simultaneidade das variáveis
*e**imento e *ividen*o* *o mo*elo aprese*tado *or tais autores, com base nos
p*oblemas *er**os *ela mu*ticolinearidade. Buchholtz, *mason e
Rut**rf*rd
(1999) c*nfirmaram que * grau d* di*criciona*i*dade e os v*l*r*s dos gesto*es
influenciam signif**ati*amente o montante de don*ti*os concedi**s, *ode**n*o
o ef*ito *ositi*o *o nível de recursos dis*oníveis.
77*
Ins*i*ucionali*ação *a filantrop*a...
Tomando *omo referên*ia *ue as preferências dos gest*res cons**tuem
uma das va*i*veis que condicionam a *olítica **lantrópica das *mpresas, remeter
essa discussão pa*a a esfera *os pro**emas de a*ência, n*glig*n**ando a procura
pe*a leg*tim*ção, *evela-se red*t*r. *e facto, na decisão d*s gest**e*, não podem
ser ignorados outros aspetos, assentes em *reocupaçõ*s nã* apenas da maxim*z*-
ção ** su* u*ilida*e pessoal, como postula a te*ria da agência.
3 A INSTITUCIONA*IZAÇÃ* DOS DONAT*V** E * LE*I*I*AÇÃO
A teoria instituci**al t*m sido *plicada *a descriçã* da fila*tropi* or-
ganizacion*l, quer no âmbito de megaev*ntos ou d*sastr*s naturais (TILCSI*;
MARQUIS, 2013), *uer na *x*licaç*o da ***antropia loca* (HARROW, 2011), *a
associaç*o entre a filantropi* e a preoc*pação co* as relações com fu*cionários,
e, também, prob*ema* ambientais e *egur*nça dos pr*du*os (*HE*; PATTEN;
ROBERTS, 2007; LAMBER*I; LETTI*RI, 2009; GAL*SKIEWIC*; WAS-
SERMAN, 1*89; GALASKIE*ICZ; BURT, 1991).2 As concl*sões são claras, *
fila*tropia ass*me-se mais com* ferra*enta *e legitima**o soci*l do que com*
uma medi*a d* *espons*bilidad* social. Es*a ideia assenta ** um princípio de
base ** isomorfismo institucional, à pr*cura *a legit*mação po* parte d*s a**res
or*anizacionai*. A* or*an**ações são legítimas q*an*o os seus *bjetivo*, métodos
e *esultado* são congruentes com as expetativas dos qu* lhes con**rem legitimi-
dade (*IN*BLOM, 1994). P*ocuram-n* pela co*gruê*cia com os valor*s so**ais
a*soc*ad*s à su* *tividade e às normas d* *omportamento aceitáv*is no sist*ma
so**al de *ue faze* *art* (MATHEWS, 1993). A legitimaçã* *roporciona a con-
*inu*dad* de e*trada de capital, trabalho, tecnolog*a e cliente* *ecessários * via-
bi**da*e d** *mpresas, el*min* o excesso de regula*ã* estatal pelo reconh**ime*-
to de **oneid*de e pre*i*e boicotes aos produtos ou o**ras *tividades disruptivas
por entida**s e*te*nas (NE*; WARS*M*; PE**ELL, 1998).
O *am*o te*rico d* in*titucion*l*smo or*aniz*cional, deriva** da psi-
col*gia fenome*ológica e c*gnitiva, defi*e as ins*ituições como *m q*adr*
de
regras formais e val*res cultura** sedimentados, *** esquemas cognitiv*s, pro-
ces*os reprodutiv** rotinado* e *s*u*indo qu* o* atores *ã* motiv*dos p*r uma
lógica de com*ort**ento a*ropriado den*ro dessa cultura, esquemas e
ro*inas;
situa-se no contrap*nt* da escolha racional, *erivada ** econ**ia neoclássi*a,
definin*o as *nstitu*ções como um c*nju*to de **g*as forma*s ou *nfor*ais com
mecani*mos associados de monitoriz*ção * sanc*onamen*o, assumindo que *s
777
Dani*l Tabo*da, João Fon*es da Costa
**or*s *ão mo*ivados po* u*a ló*ica d* instrum*n*alida*e e q*e as suas ações
são cont*oladas i*stitucionalmente (*AMPBELL, 2*0*, p. 926). O conceito d*
*som*rfi*mo institu*ion*l prop*e uma leitura dos *rincípios que frequentemen-
te *riginam, de modo ag*egado, a homogeneidade nas formas organizaciona*s
ou n*s compo*tamentos dos *es*ores e que se podem a*licar *o comportamento
filan**ópic*. A instância da l*gitimação soc*a* ocorre *omo consequência *e pr*s-
sões formais e im*ostas p*r parcerias de enquadramento inst*tucional for*** ou
por pre*sõe* indiretas o* subtis da sociedade (*I**GGIO; PO*ELL, 19**).
A teoria *eoinstit*cion** apr*senta uma *er**etiva fenomenológic*
acim* dos modelos determin*stas bas*ados na *aci*nalidade do comport**en*o
do ator social e a congruente adaptação das estruturas às conti*gências do am-
b*ente externo. Pode-se co*preender o *omportamento d*s de*is*res organiz*-
cionais como o resultado de matrizes instituc*onais e culturais da sociedade. A
pr**ura da legitim**ão s**ia* é uma fo*ça motriz dos ges*or*s, bus**nd* suporte
ex*erno e in**rno e *sse*u*a*do a *ob*evivê*ci*. E*sa con*tatação, empiricamen-
te sustenta*a, relembra q*e a gest*o não se dese*ha exclus*vamente a partir de
escolhas *ac*onais ou prefe*ênc*as d*s *to**s, situan*o o *rocesso d* atribu*ção
de do*ativos num ma*a comple*o de deci*ã* impactado po* forças muitas v*zes
nã* *onsciente*.
4 COMPR*METIMENTO FILANTRÓPICO, É*I*A * PRESSÕ*S PARA
A RE*PONSABILIDADE SOC**L
C*mpbel* (20*6) *dmite um conjunt* de *ropos**ões c*us*is de co*di-
cionalis*os i**titucionais que f*rçam a respon*abil*dad* *ocial, consi*erando a*
n*va* prática* de *e*tão com* o result*do de fo*ças, *onflit*s e negociações de po-
der mais ou me*os s*btis. As prá*icas *e r*s*onsabi*i*ad* soci*l não e*ergem nem
se institucionalizam de forma automática em resp*s*a aos i*perativ*s funcionai*
ou exigê*cias ambientais, envolvendo c**flito, n*gociaç*o e exercíc** *e *oder.
À l*z da sedimen*ação i*stitucional, o* comporta*entos favoráveis à
re*ponsabil*d*de social, incluindo aque*es associa*os ao* donativos, são forma-
dos e* um jo*o po*ít*co com cruzamentos de vários atores e camp*s de atua**o.
O* imperativos ins*ituci*nais para a *tivid*d* filantrópica são, s*gund* Guthrie
*t al. (2*08), d* ordem económi** e in*ti*uci*nal; na *erda*e, o* imp*rati*os
institucionais in**rporam a dimensão de m*rketi*g ima*ético, com i**licaçõe*
cru*a**s na i*entidade *a *m**esa e d* enti**de r*cet*ra.
778
Instituci*nalizaçã* da fila*t*opia...
As *mpr*sas estã* i*ersas em um a**iente ins*i*uc*ona* que influen-
cia as decisões e *r*ti*as *os ato*es (EDELM*N, 19*0, 1992; DOBBIN et a*.,
1993; SUT*ON et al., 1*94). Racionali*açõe* po*teriores ao ato d* doar posicio-
nam-n* *m um* perspetiva de utilidade ec*nó**ca ou *ocial (DOBBIN; SUT-
TON, 1998), *ind* *ue os verdadeiros *rincípios de bas* possam ser de o*dem
menos l*gica o* consc**nte, abrin*o espaço, entre o*tra*, à institu*ion**iza**o
pela legitimaçã*. As norm*s de *ontrata*ão soc*a*, defini*** * que é uma orga-
n*zação e q*al o s*u *apel so**al, ass*mem part*cular relevância nas opções dos
atores or*anizac*ona*s (p**é*, em questionários c*m *scalas de autorrelato, essa
dimensão é omitida pelos investigadores o* sobr*r*a*ionali**d* pelos re*po*-
de*t*s, *ssumindo-s* o espaço para a inclusão do tema em investigações *uturas).
*a*bém é de se realçar a impo*tância das in*luê**i*s internas *a fi*an-
tropia emp**sari*l, *o sentido em que s* *e*i*ica u*a relação entre a e*istên*ia
de program*s fi*antrópi*os estr*turados e o* donati*os direc*onados para os alvos
estabele*idos.
*s comportame*t** dos ge*tores na assunçã* da responsab*lidade so-
cial resultam d* um c*njunto de fatore* de d*fí*il disso*iação. A ética co*stitui
o p*nt* de p*rtida par* co*pr*ender o comportamento *os g*stor*s em nív*l *e
responsabilidade socia*. O Quadro * ev*denc*a * ligação entre o* níveis de *tica e
os nívei* de re*ponsabilidade soci*l. Um nível de ét*ca de grau um *ão se co*pa-
gina com nívei* superi*res d* respons*bi*idad* social, uma ve* **e os comport*-
mento* são anc*rados em pr*ticas ad hoc e não sus*enta*as.
77*
*aniel Tab*rda, J*ão Fontes da Costa
Quadr* 1 - Ní*eis de éti*a * nívei* de r*s*on*abili*ade social, const*u*ão própria, a parti* da rev*-
são de Lamberti e Lettie*i (20*9)
Níveis d* Ética
*utores *ível 1 Níve* 2 Nível 3
É*ica trans*cional Ética *e mudança (a Ética de reconhe- (* polític* do *mpresa possu* uma cimento (ba*ancea- mínimo aceitável; participação ativa Bra*d da entre os direitos a emp*esa está no desenvolvime*to (1989) e as obrigações in*eressada em e n* i*ovação das r*c**hecidos para assegur*r os seus *ormas e valores d* o *em c**um) direi*os) s*ciedade)
*utointeresse es- Mu*ança proati- c*ar*cid* (*til*z*- v* (c***cação da Obed**ncia l*g*l ção dos progr*mas emp*esa a* serviço St*h* e m**i*a (cum- de re*ponsabil*- d* b*m-est*r soc*al *rigsb* primen*o dos **de s*cial como indepen**n*em**te (1997) requ*si*os l**ai* *eio estratégic* dos benefíci*s *ir*tos m*ni*os) d* comunicação e d* cump*iment* c*m * me*cado, dos req*isitos legais) visando ao luc*o)
Ob*igações posi- t*vas p*ra além do Aspiração a ideais End*rle Re*uisitos *ti*os mínimo (criação étic*s (o* atores e Tavis mínim*s (não e manute*ção morais recusam ser (*998) rou*a*) de relações de reati*os) confiança *o* os st*keholders)
Nív*is de re**onsa*il*dade soci*l
A*tore* N*vel * Ní*el 2 Nível 3
Níve* 4
*ol**icas ad h** Pol**icas de Políti*a de resp*ns*- (*onside*ação d*s resp*nsabilidade bilidade social pla- Kok temas sociais que soci*l p*drã* **ada (co*sideração et al. pod*m **loca* (c*n*ideraç*o de *emas soc*ais que (2001) a empresa em d*s *e*as *ociais pod*m afetar a perfor- peri**) "obr*g*tóri*s") man*e da emp*esa)
Po*ítica de respon- sabilidad* s*cial re*ista (*nvolvi- men*o si*tem*tic* dos stakehol*er* na f*rmulação *straté*ic*)
Fonte: os autor*s.
5 CONCLUSÃO
Ti*icamente, o se**r público é su*ortado por impostos, o setor privado
por lucros e o te**eiro setor por transferênc*as pú*li*as direta* e pela filantro*ia
780
Insti*ucionalizaç*o da filantropia...
(donativos d* setor pr*vado). *esse quadro, o papel de r*gulador está c**finado à
a*uaç** do Estado, m** o papel de transfor*ador e de ges*or so*ial p*de co*petir
à socie*a*e *ivi*, que *e organiza sob *ivers*s formas, ma*s flexíveis d* que as
i*stituições púb*icas, g**ando benefícios coletivo*.
*es*e conte*to, *alien*a-se a responsabilida*e social das empresas,
co*cre*izad* pela co*cessão de donativos. Com e*ei*o, * p*r das transferências di-
retas públi*as, os *s*ados est*mula* as contribuições do *etor pr*vado, mediante
o recon*e*im**to de ben*fícios fisca*s às entidades me**nas (transferênci** i*-
diretas). O espaço de intervenção das em*resas no pl*no social é, ass*m, alargado.
A res*on*abilidade *ocial re*uer, no*malment*, u* *ast* leque de
iniciati*as q*e funciona como **strumento de sinalização * que *** difer*n*es
repercussões na *eputa*ão da o*ganização. Essas iniciativas podem promover
a
imagem da empresa no mer**do, adquirindo val*r *conómico. N*te-se que o mo-
del* pi*ami*al *roposto por *arroll (19*9), abriu ca*inho rumo a* conv*vio en-
tre a maxi*ização de lucros e a responsabilidade soci*l (a *ila*tropia estratégi*a
é u* *oro*ário atual des*e con*ívio). Esse contr*buto d*riva da assunção de que a
**spon*abili*ade econó*ica é * base da *irâmide da responsabil**ade so*ial, con-
diciona toda* as outr*s dim*nsões e *ealça o papel da rendibilidade na *ontinui-
dade da organi*açã*, prod*zindo efei*os pos*tivos em todos os seus *takeholders,
inc**ind*, **identemente, o público em geral.
A resp*nsabilidade s*cial pode t*mbém *uncionar como um in*tru-
ment* de reforço *a *ult*ra or*anizacional e de l*gi*imaçã* da gestão. Nesse
conte*to, o com*romis*o d* gestã* de topo é impres*i*dível. *s valore* da ho-
n*stidade, da int*gridade * *a ju*tiça e a atitude de rig*r e disciplina do* mem-
bros d* *rgão *e gestã* *rop*cia* a consolid**ão de um* cultura **ganiz*ciona*
*licerçad* em valores ét*cos. Isso é *anta**so tanto no p*a*o *nter*o (mo*ivação
dos colabor*dores e reforço da *ultura organiz*cional) quanto no externo (pro-
move o estreita*e*to de relações com as di*e*sas partes interessadas e robustece
* repu*a**o da *m*r*sa *o m*rc*do, constituindo um at*v* de *rand* relevância).
Em contraponto, uma empres* qu* se demita do seu papel na sociedade *oderá
in**rrer em custo* *ssociados * r*taliaç*o dos consu*ido*es e à desmot*vação do*
cola**radores, se* confr*ntada co* uma l*gi*laçã* mais *estritiva, *u advers*, *,
em últ*ma instânci*, enfre*t*r processos judicia*s.
D* acordo *om a re*isão bibliog*á*ica, a responsabi**da*e *ocial e, *m
p*r*icular, a *oncessão de donativo*, é cada vez mais u* *r*ces** d* leg*timaç*o.
781
Da**el Taborda, João Fontes d* Costa
Ainda a*si*, apontam-se razões relacio*adas à max*mi*ação da util*da*e in*ivi-
dua* dos ge*tores, remetendo essa *ues*ão p*ra o âmb*to do* problemas *e agê**ia.
A im*ortânc*a das p*efer*n*ias dos ge*to*es na at*ibuiçã* de donativos
pode justificar-se não *e*a p**c*ra de s*tisfaç*o pessoal, *as sim pela procura
da legitimação. Ness* contexto, a l*g*t*maç*o pode ser *ferida q**r no plano in-
dividual quer no or*anizacio*al. *o primeir*, incluem-se as resp*st*s *o g*stor
às expe*at**a* sociais (pressã* dos pares * associaç*es profissionais e *o*trato so-
**al). E*sa atua*ão dec*rr* d* *efor*o da identidade profissi**al d* gestor en-
quanto tal, *i*er*indo da bu*ca de prest*g*o e status social. Ainda qu* possa s*r uma
consequência indireta, o fenó*eno da *ocialização profissio*a* rec*loca a atuação
i*dividual do gesto* em um plan* difere**e do preconi*ado p*la *eoria da agênci*.
No plano da legitim*ç*o orga*izacional, importa sepa*ar a perspet*va
interna da ext*r*a. *a primei**, fazem parte *s sócios e os funcioná*ios; da se-
gund*, os c*ientes, *s fornec*dores, o am*ien*e e a *o*unidad*. As*im, a legit*-
mação organi*aci*nal orienta, *re*uenteme*t*, as *ções de ges*ão de uma fo*m*
não consciente, mas consi*tente *om a *ceit*ção da empresa na socie**d*, em
conformidade com * p*dr*o c*mportamental esper*do.
E* síntese, segundo a litera*u*a, os fatores que *e*ermin*m a conces-
são de donativos empresari*is são a*rup*dos consoante contrib**m ** nã* para
a criação de valor **presa*ial. E* caso af*rmat*vo, é n*tura* que essa a*ividade,
porqu* assume um caráter estraté*i*o, esteja concentra*a na esfera de decisã* dos
ges*ores. J* a des*ru*ção de va*or *e *unda nos pr*bl*m*s de agênc*a, *m *ue os
gestores procuram maxim*zar a s** utilida*e pessoal, subtrai**o *ecursos e*-
*r*sa*iais para obterem bene*íc*os p*óprios, em esp*c**l *econhecime**o socia*
e *cesso a grupos de elit*. Sob essa hipótese, a co*ce*sã* de donat*vo* fic* refém
*a* preferê*cias *essoais dos gesto*es.
Argum*nt*-se que a impor*ân*ia das c*racterís*icas e p*eferên*ias *es-
soais dos gestores po*e ser expl*cada não por *ssa razão, mas pel* procur* d*
*egitim*ção social, co* **ei*os *ositivos na em*res* e a*inhando os interesse* dos
agentes e dos pri*cipais, confor*e i*ustra o seg*inte modelo t*órico. De form* a
r*sponder à limi*aç*o mais m**c*nte deste trabalho, es*e modelo *erá *u**ramen-
te validado com dados em*íri*os.
*82
Institu*ionalização da fil*ntropia...
Diagrama 1 - *odelo do impacto das pr*ferências filantrópi*as *ess*ais do gestor na criação de
v*lor, construção própria
Font*: os autores.
Insti**tionalization ** *hilanthropy through legitimizatio*
Abstract
In Europe, the concept of soci*l responsibilit* of corporat*on*, in p*rticular its *hilan-
thropic dimen*ion, is not as we** estab*i**ed as in the US*. *o*ev**, due to strict budg*t
restrictions im*o*ed i* rec*n* year*, the EU member states *a*e tak*n s*eps *o support *nd
ensure th* vitality o* the non-profit priv*te s*ctor (third *ector). A* a result, it is *f fun-
*a*ental importan*e to u*derstand the mechanisms th*t *otivate corporat* charitable
givin* as it ha* a key rol* ** *up*ortin* *he th*rd sect*r.
Managers i*dividual prefe*en*e* influ*nce t*e *hilant*ropic a*t*vity of *he compa*y,
k*epin* it *way from *aximiz*ng profit. Ho*ever, the lit**a*ure r*view and the re*on-
*i*urat*on of c**ceptual co*nection* su*gest that the *e*rc* f*r perso*al an* bu*iness
leg*timacy, in an i**t***tiona* framewo*k ** * proper explan*tion for awardi*g donations.
Th* prop*sed th*oretic*l model il*u*t*ate* t*at th* *uest for *egi*imacy produce* *ositive
e*fects on the company and puts in con*ergence the interests of both a*e*ts and principals.
Keywo*ds: **rporate givi*g. *egitimacy. Institutionalism. Non profit sector. Corporate
s*cial respon*i*ility.
783
Da**el Tabo*da, Jo*o **ntes da Costa
Nota* explic*tivas:
1 A esc*l*a de *rança co*o s*mbolo da "velha Eu*opa *o**i*ent**" **o foi aleatóri*.
C*lvão da Silva (200*, p. 250) seguiu o mes*o e*emplo: "*á*ria por excelênc*a do em-
prego p*bl**o, dos direitos adq*iridos, das co*quistas soci*is, a França é o sí*bolo do
Estado-Pr*vidência, um E*tado *s*ente e* serviços p*blicos, de titular*dade pública, e*-
*ar*egad*s da satisfação d*s mais diversas presta**es socia*s e econ*micas d*s cidadãos."
2 Neste sentido, * "ecologia d* ne*essidade" dos púb*icos *ocais, nas palavras de Guth*i* et
**. (*008), pod* ter i*pacto nos fluxos de *on*tivos, com as *m*resas a responderem às ne-
c*ssidades *ub**ci*a*as de instituiç*e* no* s*us locais de pertença; extrapolando, *ssume-
se qu* um maior **nhecimento *úbl*co das *ecess*dades das instituições lo*alizad*s n*
área geográfica da *mpresa estará co*relacionado com a propen*ão para a sua consideração
co*o *estino de fluxos de *o*at*vos. O t*abalho de Galaskiewickz *t al. (1979, 1985a,
1985*, 1*89, 19*1, *997), ainda que c*ntrado s*mente n* cidad* d* Minneapolis, n*s E*A,
*evan*a questões inte*ess*ntes sobre o *mpacto *n*tituci*na* da* relações d* a*ão col*t*v*,
em qu* a pre*são no*mati*a proveniente d* inte*ior *a comuni*ade *olda o *ompo*ta-
m**to filantr*p*co.
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