Alinhamento entre modelos de gestão de pessoas e os níveis de sustentabilidade organizacional
DOI:
https://doi.org/10.18593/race.23822Palavras-chave:
Políticas e práticas de gestão de pessoas, Triple Bottom Line (TBL), Indústria de papel e celulose, Modelos de gestão de pessoasResumo
A discussão das questões da sustentabilidade vem ganhando corpo nas organizações com a busca do desenvolvimento sustentável organizacional e com o consumo de produtos ecológicos, fazendo com que as indústrias implementem suas atividades e seus processos produtivos com políticas e práticas de gestão mais eficazes e eficientes. Essas exigências de mercado, atualmente, vêm mudando o conceito e as estratégias sustentáveis que a organização desenvolve; nesse contexto, a gestão de pessoas tem papel crucial nas ações, uma vez que a gestão das políticas e práticas planejadas e executadas pela gestão de pessoas tende a auxiliar na posição desejável no nível de sustentabilidade organizacional. Assim, o tema estudado merece uma reflexão mais aprofundada na academia e nas organizações. Este estudo buscou compreender de que forma acontece o alinhamento dos modelos estratégico e sustentável da gestão de pessoas e os níveis de sustentabilidade organizacional de duas indústrias de papel e celulose. Para isso, realizou-se um estudo de casos múltiplos nessas duas indústrias, as quais se configuram como empresas que estão em reestruturação das estratégias visando à implementação da sustentabilidade para o melhor desempenho organizacional. Para se alcançar o objetivo geral, foi necessário realizar uma ampla pesquisa bibliográfica, com entrevistas semiestruturadas com diretores e funcionários – estratégicos e táticos –, além de observação assistemática e análise dos documentos das empresas nos sites. Por meio da análise do conteúdo foi possível verificar que os níveis de sustentabilidade das indústrias estão relacionados ao modelo de gestão de pessoas adotado para o gerir das empresas.
Downloads
Referências
Albuquerque, L. G. D., Leite, N. P., & Silva, L. M. T. D. (2009). Estimulando o debate sobre a gestão estratégica de pessoas. Editora Atlas. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75902009000400011
Andrade, L. B. L., De Laat, E. F., & Stefano, S. R. (2018). Qualidade de vida no trabalho e comprometimento com a carreira de diretores de escolas públicas. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, 17(1), 54-83. DOI: https://doi.org/10.21529/RECADM.2018003
Araújo, L. C. G. (2006). Gestão de pessoas: Estratégias e integração organizacional. Editora Atlas.
Badawy, M. K. (1988). What we've learned: Managing human resources. Research-Technology Management, 31(5), 19-35. DOI: https://doi.org/10.1080/08956308.1988.11670544
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo (4a ed.). Edições 70. http://b-ok.cc/book/2660061/117106
Beck, D., & Cowan, C. (1996). Spiral dynamics: Mastering values, leadership and change. Blackwell Publishers.
Borim-De-Souza, R., & Segatto, A. P. (2015). Apresentando a teoria da gestão comparativa. Revista de Administração de Empresa, 55(3), 359-367. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-759020150310
Brundtland, G. H. (1987). Our common future: The World Commission on Environment and Development. Oxford University Press.
Cobb, Willson, T. M., J. E., Cowan, D. J., Wiethe, R. W., Correa, I. D., Prakash, S. R., Beck, K. D., Moore, L. B., Kliewer, S. A., & Lehmann, J. M. (1996). The Structure − Activity relationship between peroxisome proliferator-activated receptor γ agonism and the antihyperglycemic activity of thiazolidinediones. Journal of medicinal chemistry, 39(3), 665-668. DOI: https://doi.org/10.1021/jm950395a
Cooper, D. R., & Schindler, P. S. (2016). Métodos de Pesquisa em Administração (12a ed.). McGraw Hill Brasil.
Crotty, M. (1998). The foundations of social research: Meaning and perspective in the research process. Sage. http://b-ok.xyz/book/2923832/d6fcd5
Drucker, P. (2012). The practice of management. Routledge. DOI: https://doi.org/10.4324/9780080942360
Elkington, J. (2001). Cannibals with forks: The triple bottom line of 21st century business. Capstone Publishing Limited.
Elkington, J., & Zeitz, J. (2014). The breakthrough challenge: 10 ways to connect today's profits with tomorrow's bottom line. John Wiley & Sons.
Fischer, A. L. (1998). A constituição do modelo competitivo de gestão de pessoas no Brasil: um estudo sobre as empresas consideradas exemplares (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).
Fischer, A. L. (2002). Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas. In M. T. L. Fleury, As pessoas na organização (pp. 11-34). Gente. http://www.diferencialmg.com.br/site/images/artigos/Gesto%20estratgica%20de%20pessoas%20artigo.pdf
França, A. C. L. (2015). Práticas de recursos humanos. Atlas.
Galpin, T., Whitttington, J. L., & Bell, G. (2015). Is your sustainability strategy sustainable? Creating a culture of sustainability. Corporate Governance, 15(1), 1-17. https://www.researchgate.net/publication/276237230_Is_your_sustainability_ strategy_sustainable_Creating_a_culture_of_sustainability DOI: https://doi.org/10.1108/CG-01-2013-0004
Galleli, B., & Hourneaux, F., Jr. (2019). Human competences for sustainable strategic management: Evidence from Brazil. Benchmarking: An International Journal, 26(2). DOI: https://doi.org/10.1108/BIJ-07-2017-0209
Gonçalves, M. F., Stefano, S. R., & Baccaro, T. A. (2017). Sustentabilidade organizacional e suas relações com a gestão estratégica de pessoas: Um estudo de caso em uma cooperativa agroindustrial. Revista de Administração da Unimep, 15(3), 51-73.
Henry, L. A., Buyl, T., & Jansen, R. J. (2019). Leading corporate sustainability: The role of top management team composition for triple bottom line performance. Business Strategy and the Environment, 28(1), 173-184. DOI: https://doi.org/10.1002/bse.2247
Igarashi, M. H.,Ramos-Dias, J. C., Libardi, M. C., Zillo, C. M., , & Senger, M. H. (2010). Qualidade de vida em cem alunos do curso de Medicina de Sorocaba-PUC/SP. Rev Bras Educ Med, 34(1), 116-23. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022010000100014
Marras, J. P. (2017). Gestão estratégica de pessoas. Saraiva.
Marras, J. P. & Tose, M. (2013). Avaliação de desempenho humano. Elsevier Brasil.
Minayo, M. C. S. (2011). Capítulo 3, Trabalho de campo: Contexto de observação, interação e descoberta. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade, p. 61.
Munck, L., Bansi, A. C., & Galleli, B. (2016). Sustentabilidade em contexto organizacional: Uma análise comparativa de modelos que propõem trajetórias para sua gestão. Revista de Ciências da Administração, 18(44), 91-110. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8077.2016v18n44p91
Oliari, T. B. P. (2019). Modelo de gestão de pessoas alinhado aos pilares da sustentabilidade organizacional: Um estudo nas indústrias de papel e celulose. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava.
Oliari, T. B. P., Zaias, L. J. L., & Merigo, A. T. L. (2018). Sustentabilidade e a dimensão ambiental: Estabelecendo um ranking a partir do Índice Environmental Paper Company Index (EPCI). Anais do Encontro Internacional sobre Gestão Ambiental e Meio Ambiente, São Paulo, 20, 1-17.
Oliveira, D. C. D. (2008). Análise de conteúdo temático-categorial: Uma proposta de sistematização. Revista enfermagem UERJ, 16(4), 569-576.
Organização das Nações Unidas no Brasil. (2015). Portal oficial. https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente.
Orlickas, E. (2012). Modelos de gestão: Das teorias da administração. Ed. Ibpex.
Parente, T., & Fischer, A. (2015). Recursos humanos e sustentabilidade: Uma revisão bibliométrica. Anais do Encontro Internacional sobre Gestão Ambiental e Meio Ambiente, São Paulo, 14, 1-15.
Pires, F. M., & Fischer, A. L. (2014). Integração entre gestão de pessoas e estratégia de sustentabilidade: O caso Natura. Revista de Gestão Social e Ambiental, 8(1), 54. DOI: https://doi.org/10.24857/rgsa.v8i1.831
Sacool, L. A. Z. (2009). Um retorno ao básico: Compreendendo os paradigmas de pesquisa e sua aplicação na pesquisa em administração. Revista de Administração da UFSM, 2(2), 250-269. DOI: https://doi.org/10.5902/198346591555
Savitz, A., & Weber, K. (2013). Talent, transformation, and the triple bottom line: How companies can leverage human resources to achieve sustainable growth. John Wiley & Sons.
Spink, M. J. (2010). Linguagem e produção de sentidos no cotidiano. In M. J. Spink, Cap. III – As múltiplas faces da pesquisa sobre produção de sentidos no cotidiano (pp. 38-59). Centro Edelstein de Pesquisas Sociais. DOI: https://doi.org/10.7476/9788579820465
Sroufe, R., Liebowitz, J., Sivasubramaniam, N., & Donahue, J. F. (2010). Are you a leader or a laggard? HR’s role in creating a sustainability culture. People & Strategy, 33(1), 34-42.
Trompenaars, F., & Coebergh, P. H. (2014). 100+ management models: How to understand and apply the world's most powerful business tools. Infinite Ideas.
Uddin, N., & Hossain, F. (2015). Evolution of modern management through Taylorism: An adjustment of scientific management comprising behavioral science. Procedia Computer Science, 62, 578-584. DOI: https://doi.org/10.1016/j.procs.2015.08.537
Ulrich, D. (1998). A new mandate for human resources. Harvard business review, 76, 124-135.
Van Marrewijk, M., & Werre, M. (2003). Multiple levels of corporate sustainability. Journal of Business ethics, 44(2-3), 107-119. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1023383229086
Veiga, J. E. D. (2010). Indicadores de sustentabilidade. Estudos avançados, 24(68), 39-52. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142010000100006
Vosburgh, R. M. (2007). The evolution of HR: Developing HR as an internal consulting organization. People and Strategy.
World Wildlife Fund. (2017). http:// www.worldwildlife.org
Yin, R. K. (2015). Qualitative research from start to finish. Guilford Publications.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores mantêm os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.