Terapias alternativas e a saúde pública

Autores

  • Luana Aparecida Less
  • Scheila Beatriz Sehnem

Resumo

O presente estudo foi realizado com o objetivo de trazer a discussão sobre a implantação e a apropriação das práticas alternativas, uma vez que, atualmente, existem poucos estudos identificando o grau de interesse e aceitação dos profissionais da área da saúde envolvidos no SUS a respeito de terapias alternativas e do acolhimento da sociedade em geral, bem como a aceitação das práticas alternativas no campo da Psicologia. O estudo foi realizado nas unidades básicas de saúde de um município do Meio-Oeste catarinense, os dados foram coletados por meio de um questionário com perguntas fechadas e abertas e aplicado a todos os profissionais atuantes de cada unidade. A pesquisa permite concluir que algumas terapias alternativas já estão sendo ofertadas nas unidades básicas de saúde do município, sendo as principais a auriculoterapia e a acupuntura, as quais possuem ainda uma aceitação positiva por parte dos profissionais atuantes nas unidades, porém se encontram em processo de reconhecimento para alguns, visto que a maioria também vem a ser praticante de algumas. Em relação aos conselhos fiscalizadores das profissões, pode-se compreender que a maioria reconhece alguma prática nas atuações dos profissionais, visto que na Psicologia o conselho fiscal tem considerado o crescimento dessas práticas, bem como o interesse dos psicólogos em relação a elas, visto que estão em andamento pesquisas na área, propondo um possível reconhecimento destas para utilização dos psicólogos no oferecimento de serviços.

Palavras-chave: Terapias alternativas. Saúde pública. Tratamento. Prática. Complemento.

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Publicado

2018-11-14

Como Citar

Less, L. A., & Sehnem, S. B. (2018). Terapias alternativas e a saúde pública. Pesquisa Em Psicologia - Anais eletrônicos, 219–238. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/pp_ae/article/view/19178