A formação de professores indígenas no Brasil

Autores

  • Claudio Luiz Orço
  • João Paulo Orço

Resumo

A concepção de educação no Brasil caracteriza-se historicamente, por ser baseada na modernidade ocidental. A educação para os povos indígenas, assim como para os povos não indígenas, pressupõe um conjunto de metodologias e procedimentos para os quais os professores devem estar preparados. Inicialmente, apresentamos, em uma abordagem histórica, um panorama da educaçao indígena no contexto atual e suas relações com os poderes públicos municipal, estadual e federal. Considerando a formação para a diversidade, no Brasil pouco se tem feito para atender aos interesses das minorias, no que diz respeito à formação de professores para atuar nas comunidades indígenas. Entre as grandes preocupações, encontra-se o pouco incentivo ao processo formativo e a desvalorização do professor, aliados à pouca clareza das políticas públicas para atender a essas demandas. Legalmente já se tem avançado em certa proporção, porém muito ainda é necessário para colocar na prática tais políticas públicas. Os currículos podem ser organizados em núcleos, eixos, temas contextuais, módulos temáticos e áreas de conhecimento. Na formação inicial e continuada, o currículo deve considerar a territorialidade, o conhecimento indígena e seus modos de produção e expressão, a presença dos sábios, a consonância do currículo da escola indígena com o da formação do professor, a interculturalidade, o bilinguismo ou o multilinguismo. Para tanto, compreende-se como algo muito positivo a atuação dos professores indígenas, com formação específica, garantindo, assim, o fortalecimento tanto da identidade cultural dos povos quanto das discussões sobre o contexto histórico em que as comunidades estão inseridas.

Palavras-chave: Educação. Formação. Indígenas. Políticas públicas.

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Publicado

2017-10-05

Como Citar

Orço, C. L., & Orço, J. P. (2017). A formação de professores indígenas no Brasil. Unoesc & Ciência - ACHS, 8(2), 135–142. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/achs/article/view/15860