PROTEÇÃO AMPLA DE ACESSO À JUSTIÇA DOS ÓRGÃOS INTERAMERICANOS DE DIRETOS HUMANOS / BROAD PROTECTION OF ACCESS TO JUSTICE FOR INTER-AMERICAN BOARD OF DIRECT HUMAN

Autores

  • Warlen Soares Teodoro Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - mestrando

Resumo

Certamente, o Projeto Florença é um marco para a compreensão do acesso à justiça. Os resultados identificaram entraves que impedem o cidadão de buscar no judiciário uma solução, como altos custos judiciais, demora processual e falta de mecanismos de proteção aos direitos difusos. Entretanto, para além dele, um novo horizonte de sentido abarca o tema, guiado por um acesso à justiça denominada quarta onda, cujo eixo de investigação desloca do lado da demanda para o lado da oferta do serviço judicial. Essa é a proposta de Kim Economides, que defende atacar duas questões centrais, quem possui acesso aos cursos de formação em direito, e se profissionais como advogados, defensores públicos, membros da magistratura e do ministério público estão aptos a promoverem “justiça”, mas sem negar a importância e a completude das acepções compreendidas no projeto inicial, desenvolvido por Mauro Cappelleti e Bryant Garth. Nesse contexto, torna-se relevante investigar o entendimento dos órgãos interamericanos de Direitos Humanos sobre o instituto, a fim de identificar o tipo de proteção internacional que o cidadão pode buscar. Partindo do questionário elaborado pela própria Comissão e uma série de julgados da Corte, defende-se que a proteção ao acesso à justiça pelos órgãos perpassam os entraves identificados pelo Projeto de Florença e alcança também a perspectiva da quarta onda, concretizando uma proteção ampla do direito de acesso à justiça.

Palavras-chave: Acesso à justiça. Proteção ampla. Comissão. Corte Interamericana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANNONI, Danielle. Direitos humanos & acesso à justiça no direito internacional: responsabilidade internacional do estado. Curitiba: Juruá, 2003.

CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Trad. e rev. Ellen Gracie Northfleet. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1988.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Ximenes Lopes versus Brasil, sentença de 4 de julho de 2006.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Baldeón García versus Perú, sentença de 6 de abril de 2006.

Caso Chocrón Chocrón versus Venezuela, sentença de 01 de julho de 2011.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Chocrón Chocrón versus Venezuela, sentença de 01 de julho de 2011.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Barbani Duarte y outros vs Uruguai, sentença de 13 de outubro de 2011.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Hilaire, Constantine y Benjamin y otros vs Trindad y Tobago, sentença 21 de junho de 2002.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Velásquez Rodrigues vs Honduras, sentença de 29 de julho de 1988.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Castillo Paez vs Perú, sentença de 03 de novembro de 1997.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Baena Ricardo y otros vs. Panamá, sentença de 28 de novembro de 2003.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Palamara Iribarne vs Chile, sentença 22 de novembro de 2005.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Yatama vs Nicaragua, sentença de junho de 2005.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Comunidad Indígena Yakye Axa vs Paraguai, sentença de 17 de junho de 2005.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Cinco Pensionistas vs Peru, sentença de 28 de fevereiro de 2003.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Acevedo Buendía e outros vs Perú, sentença de 24 de novembro de 2009.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Apitz Barbera y otros (“Corte Primera de lo Contencioso Administrativo”) Vs. Venezuela, sentença de 05 de agosto de 2008.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Bayarri Vs. Argentina, sentença de 30 de octubre de 2008.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso Cabrera García y Montiel Flores Vs. México. Sentença de 26 de novembro de 2010.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Baena Ricardo e outros vs Panamá, sentença de 21 de junho de 2002.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 911-98:Caso Héctor Fidel Cordero Bernal versus Peru. Informe nº 112/2011.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 1119-02:Caso Aura de Las Mercedes Pacheco Briceño y Balbina Francisca Rodríguez Pacheco versus Venezuela, Informe nº 20/2012.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 266-03: Caso Lilia Alejandra Garcia Andrade y otros versus México. Informe nº 59/2012.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 13-04:Caso Ricardo Vaca Andrade versus Ecuador. Informe nº 172/2011.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 691-04:Caso Omar Francisco CanalesCiliezar versus Estado de Honduras. Informe 71/2010.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 728-04:Caso Rogelio Morales Martinez versus México, Informe nº 67/2012.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 405-07:Caso Hildebrando Silva de Freitas versus Brasil. Informe nº 146/2011.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 70-08:Caso Pedro César Marcano versus Venezuela. Informe nº 10/2013.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 12440-09:Caso Wallace de Almeida versus Brasil. Informe nº 26/2009.

CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Petição 975-10: Caso AdanGuillermo LopezLoneyOtros versus Honduras, Informe nº 70/11.

ECONOMIDES, Kim. Lendo as ondas do “movimento de acesso à justiça”: Epistemologia versus metodologia? In: PANDOLFI, Dulce, [et al]. (orgs). Cidadania, justiça e violência. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getulio Vargas, 1999, p. 61-76. Disponível em: . Acesso em: 19 jun. 2013.

FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 3.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.

IPEA. Mapa da Defensoria Pública no Brasil. 1 ed. Brasília. 2013. Disponível em:<http://www.ipea.gov.br/sites/images/downloads/mapa_da_defensoria_publica_no_brasil_impresso.pdf>. Acesso em: 09 jul. 2013.

JUNQUEIRA, Eliane Botelho. Acesso à Justiça: um olhar retrospectivo. Revista Estudos Históricos, n. 18 – Justiça e Cidadania. São Paulo: CPDOC/FGV, p. 1-15, 1996-2.

MIGUEL, Daniel OitavenPamponet; BOSON, Erik Palácio. A Defensoria Pública e o reconhecimento dos direitos humanos: uma leitura democrático-procedimental da cidadania como exigência deôntico-teológica. Revista da Faculdade Mineira de Direito, Belo Horizonte, v.15, n.30 , p.45-63, Obs.online, jul. 2012.

NUNES, Dierle José Coelho. Processo Jurisdicional Democrático: uma análise crítica das reformas processuais. Curitiba: Juruá, 2008.

PEREIRA, Antônio Celso Alves. Acesso a justiça e direitos humanos: o problema no Brasil. Revista da Faculdade de Direito: [Rio de Janeiro], Rio de Janeiro , n.2 , p.123-134, jan. 1994.

PIOVESAN, Flávia. Declaração Universal dos Direitos Humanos: desafios e perspectivas. Revista do Instituto de Hermenêutica Jurídica, Belo Horizonte, n. 7, p. 11-37, 2009.

PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e Justiça internacional. São Paulo: Saraiva, 2006.

ROCHA, Paulo Osório Gomes. Concretização de direitos fundamentais na perpectiva jurídica-constitucional da defensoria pública: um caminho ainda a ser trilhado. Revista de Direito Constitucional e Internacional, São Paulo , v.15,n.60 , p.184-206, jul./set 2007.

ROBERT, Cinthia; SÉGUIN, Elida. Direitos humanos, acesso à justiça: um olhar da defensoria pública. Rio de Janeiro: Forense, 2000.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Introdução à sociologia da administração da justiça. Revista de Processo, São Paulo, n. 37, p. 121-129, jan./mar. 1985.

TEIXEIRA, Ludmila Ferreira. Acesso à justiça qualitativo. 2011. 183 f. Dissertação (mestrado). Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito do Sul de Minas, Pouso Alegre, 2011.

WAGNER JUNIOR, Luiz Guilherme da Costa et al. Poder judiciário e carreiras jurídicas. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.

Downloads

Publicado

28-05-2014

Como Citar

Teodoro, W. S. (2014). PROTEÇÃO AMPLA DE ACESSO À JUSTIÇA DOS ÓRGÃOS INTERAMERICANOS DE DIRETOS HUMANOS / BROAD PROTECTION OF ACCESS TO JUSTICE FOR INTER-AMERICAN BOARD OF DIRECT HUMAN. Espaço Jurídico Journal of Law [EJJL], 15(1), 103–118. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/espacojuridico/article/view/3616

Edição

Seção

Direitos humanos e cenário internacional