RELATO DE EXPERIÊNCIA E VIVÊNCIA DE UM CLIENTE COM TUMOR CEREBRAL

Autores

  • Eloisa Zanella
  • CAMELITA SCHNEIDERS

Resumo

Introdução: Embora sejam percebidos como doença rara, os tumores de cérebro vêm ganhando importância no cenário da epidemiologia do câncer devido ao aparente aumento da sua incidência e por sua alta letalidade (PEREIRA; KOIFMAN, 2001). Objetivo: descrever sobre a patologia. Método: trata-se de uma revisão de literatura não sistemática, não apresentando um protocolo rígido para sua realização e concordando com Cordeiro et al. (2007) a seleção do material foi arbitrária e perpassou pela interferência da percepção subjetiva dos pesquisadores. Resultados e Discussão: Um tumor cerebral ocupa espaço no crânio, crescendo como uma massa esférica ou infiltrando difusamente nos tecidos. Os efeitos dos tumores cerebrais são causados por inflamação, compressão e infiltração dos tecidos. Em consequência, ocorrem diversas alterações fisiológicas, causando qualquer um dos seguintes eventos fisiopatológicos ou todos eles: elevação da pressão intracraniana (PIC) e edema cerebral, atividade convulsiva e sinais neurológicos focais, hidrocefalia e/ou alteração da função hipofisária (MENDES; et al, 2014). Os tumores cerebrais são classificados em primários (originam-se de células no interior do encéfalo) e secundários (desenvolvem-se a partir de estruturas localizadas fora do encéfalo e são duas vezes mais comuns). Os tumores cerebrais representam cerca de 1,4% de todos os cânceres e cerca de 2,4% das mortes causadas por câncer o tumor de cérebro, como os demais tipos de câncer, é causado por anomalias dos genes, feitos de moléculas de DNA.  Como a maioria dos tumores cerebrais não está associada a fatores de risco e ocorrem sem motivo aparente, também não há meios de preveni-los (ABCMED, 2013). Os tumores do sistema nervoso central formam um conjunto de patologias que são estudadas agrupadas, pelo fato de terem em comum sua localização crítica, que os levam a terem determinados comportamentos similares. Esses tumores comprimem ou infiltram os mesmos órgãos, têm como dificuldade à abordagem quimioterápica, a barreira hêmato-encefálica e são circundados por tecido cerebral normal que deve ser preservado durante a cirurgia. Essas peculiaridades levam-nos a terem determinados comportamentos comuns. Porém não podem ser considerados como uma entidade única por serem compostos por vários tipos histopatológicos diferentes (FERREIRA, 1999). No Brasil, observa-se, com base na última publicação dos registros de base populacional, que os tumores do sistema nervoso central estão entre os cinco tumores mais incidentes em todos eles e em quatro dos cinco registros que dispunham de publicações, essas neoplasias figuram entre as cinco primeiras causas de mortalidade por câncer em crianças e adolescentes (FERREIRA et al; 1999). A avaliação inicial do doente compreende o exame clínico neurológico detalhado e exames de neuroimagem. A extensão da doença é diagnosticada minimamente por tomografia computadorizada contrastada (TC), complementada por ressonância magnética (RM) e espectroscopia, quando disponível; radiografia de crânio, arteriografia cerebral e mielografia são exames adicionais indicados ocasionalmente com base na avaliação médica individual (FERRAZ, 2009). O diagnóstico definitivo é firmado pelo estudo histopatológico de espécime tumoral obtido por biópsia estereotática ou a céu aberto, sendo essencial para o planejamento terapêutico. Recomenda-se que o patologista seja sempre informado sobre o quadro clínico do doente e os achados ao exame de neuroimagem. A seleção do tratamento deverá ser adequada ao tipo histológico e gradação do tumor segundo a classificação da OMS dos tumores do sistema nervoso, localização do tumor, capacidade funcional, condições clínicas e preferência do doente (TSITLAKIDIS; et al, 2010). Conclusão: Com a elaboração desse trabalho foi possível constatar que não há na literatura uma grande quantidade de livros e artigos científicos publicados a respeito do assusnto, e os poucos materiais disponíveis são desatualizados. Pode-se perceber também através das descrições dos autores citados, que o câncer é uma doença considerada atualmente como um importante problema de saúde pública em todo o mundo. Isso se deve ao fato da doença causar um grande número de óbitos. Por se tratar de uma patologia pouco vista, a assistência de enfermagem deve compreender a visão integral do paciente, ou seja, a integralidade da atenção nas práticas de orientação e avaliação, ver o paciente como um todo, não só a patologia. Ter uma comunicação clara, falar com calma, mas de maneira segura e oferecer conforto são umas das ações que o enfermeiro presta em relação ao autocuidado. Outro ponto relevante é a importância da educação continuada pois é fundamental em uma equipe, é parte necessária à adaptação ao setor e para que haja uma assistência adequada, em que pessoas possam ter oportunidade de esclarecer suas dúvidas e se integrar com os demais profissionais de forma participativa procurando estar atualizado sobre as diversas patologias e seus sinais e sintomas.

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Referências

ABCMED, 2013. Tumores cerebrais: quais os tipos principais? Quais as causas? Como são o diagnóstico e o tratamento? Como evolui? Disponível em: https://www.abc.med.br/p/cancer/355834/tumores-cerebrais-quais-os-tipos-principais-quais-as-causas-como-sao-o-diagnostico-e-o-tratamento-como-evolui.htm. Acesso em: 01 out. 2018.

CORDEIRO, A. M.; OLIVEIRA, G.M. de; RENTERIA, J.M.; GUIMARÃES, C.A. Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Grupo de Estudo de Revisão Sistemática do Rio de Janeiro (GERS-Rio). Rev. Col. Bras. Cir. vol.34 n°6. Rio de Janeiro Nov./Dec. 2007.

FERRAZ, J.R; et al. Application of magnetic resonance spectroscopy in the differentiation of high-grade brain neoplasm and inflammatory brain lesions. Arquivos de neuro-psiquiatria. 2009 Jun; v 67, n2A, p.250-3.

FERREIRA, R. M. Tumores do sistema nervoso central: fatores prognósticos relacionados à sobrevida em crianças e adolescentes em duas coortes. [Doutorado] Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 1999.

MENDES, G.A, et al. Epidemiologia de uma série de tumores primários do sistema nervoso central. Porto Alegre, RS, Brasil: Arquivo Brasileiro de Neurocirurgia; 2014

PEREIRA, R. A; KOIFMAN, S. DIETA E TUMORES DE CÉREBRO EM ADULTOS. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v 17, n 6, p.1313-1334,2001.

TSITLAKIDIS, A. et al. Biopsy versus resection in the management of malignant gliomas: a systematic review and metaanalysis. Journal of neurosurgery. 2010 May;112(5):1020-32.

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Publicado

2018-10-10

Como Citar

Zanella, E., & SCHNEIDERS, C. (2018). RELATO DE EXPERIÊNCIA E VIVÊNCIA DE UM CLIENTE COM TUMOR CEREBRAL. Anuário Pesquisa E Extensão Unoesc São Miguel Do Oeste, 3, e19323. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/apeusmo/article/view/19323

Edição

Seção

ACH Resumos expandidos