TY - JOUR AU - Tomielo, Fernanda Letícia AU - Borsoi, André Luiz AU - Amaral, Amanda Paredes AU - Debiasi, Marcelina Mezzomo AU - Fernandes, Liliane Simara AU - D'Agostini, Fernanda Maurer PY - 2018/10/02 Y2 - 2024/03/29 TI - Condições de epilepsia relacionadas à infecção de neurocisticercose JF - Anais de Medicina JA - AM VL - 0 IS - 1 SE - Resumos DO - UR - https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/18987 SP - 37-38 AB - <p><strong>Introdução</strong>: A neurocisticercose (NC) é uma infecção do Sistema Nervoso Central causada pelo estágio larvário do parasita <em>Taenia solium</em>. A forma mais frequente de aquisição dessa condição é a heteroinfecção que decorre da ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos liberados pelos proglotes de outros indivíduos parasitados. A patologia apresenta algumas alterações psíquicas que se manifestam por meio de uma variedade de sintomas. Estudos epidemiológicos sugerem que a NC é a causa principal de epilepsia sintomática em países em desenvolvimento, tendo a convulsão como o principal sintoma associado. <strong>Objetivo</strong>: Analisar o perfil clínico da epilepsia associada à infecção de NC, bem como estabelecer a prevalência da doença como provável etiologia de epilepsia sintomática. <strong>Metodologia</strong>: Foi realizado por meio de uma pesquisa exploratório-descritiva segundo a abordagem qualitativa através de bibliografia baseada em artigos científicos e trabalhos disponibilizados em revistas eletrônicas. O material foi obtido por intermédio de buscas pelas bases de dados Scielo e Google Acadêmico, considerando as bibliografias escritas nos idiomas português e inglês, publicadas no período de 1991 a 2010. <strong>Resultados</strong>: Segundo estudo de Trevisol-Bittencourt, Silva e Figueredo (1998), em algumas regiões do Sul do País há um número significativo de pacientes internados por epilepsias com evidências tomográficas de NC, tendo uma prevalência de cerca de 24%. Além disso, Bruck et al. (1991), em pesquisa sobre a NC infantil realizada pela Universidade Federal do Paraná, mostraram que de 34 casos, 20 apresentaram como sintomas a epilepsia.  O quadro clínico depende não somente do número e localização das lesões, mas também do seu estágio e evolução, assim como da resposta imunitária do hospedeiro; no entanto, a forma mais comum de apresentação é a convulsão. Em 1998, Trevisol-Bittencourt, Silva e Figueredo constataram que “Em termos de classificação das crises epiléticas relacionadas à NC, sabe-se que elas preferencialmente apresentam-se como parciais simples ou complexas, com ou sem generalização secundária e tendem a ocorrer em salvas.” Outros sintomas como hipertensão intracraniana e déficit neurológico focal, embora raros, podem ser percebidos. Em relação à associação com outras doenças, Andrade (2010) afirma que uma grande diferença foi a prevalência de epilepsia em pacientes que apresentavam também demência em razão de NC ativa, cerca de 85%, enquanto o grupo sem demência manifestou epilepsia em 58% dos casos. <strong>Conclusão</strong>: Nesse sentido, ao considerar as pesquisas realizadas e os estudos pertinentes ao tema, verificou-se que existe uma carência de estudos que abordem as alterações neuropsiquiátricas nas doenças infecciosas parasitárias, e embora a lesão do hipocampo e as convulsões possam explicar o desenvolvimento da epilepsia, muitas questões que abordam as relações clínicas e patológicas ainda surgem e vão ao encontro de sintomas psicomotores e neuronais, os quais dependem de novas descobertas e estudos na área.</p><p>Palavras-chave: Doença infecciosa e parasitária. Convulsão. Demência.</p> ER -