@article{Thomé_Ficagna_2018, title={As cicatrizes que não podemos ver: o impacto da violência na saúde mental das mulheres}, url={https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/19043}, abstractNote={<p><strong>Introdução</strong>: Entende-se como violência contra a mulher toda violência física, psicológica, sexual e controle sobre suas atividades habituais. As complicações advindas desse fato não são apenas físicas, mas também psicológicas. <strong>Objetivo</strong>: Analisar os principais distúrbios na saúde mental de mulheres vítimas de violência por parceiro íntimo ao redor do mundo e correlacionar os dados encontrados entre si. <strong>Metodologia</strong>: Trata-se de uma pesquisa longitudinal, observacional e descritiva, de abordagem qualitativa, que utiliza artigos cinco artigos de âmbito internacional e nacional, advindos das plataformas ScienceDirect e Scielo. <strong>Resultados</strong>: Sabe-se que de 15 a 71% das mulheres no mundo são vítimas de violência física ou sexual por seus parceiros íntimos (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2005). No Brasil, de acordo com um estudo realizado nos Estados de Pernambuco e São Paulo, 50,7% das mulheres reportaram violência, sendo 18,8% na forma psicológica, e 16% na forma física (LUDEMIR et al., 2008). Entre os artigos analisados, todos demonstraram a depressão como principal comorbidade associada a esse fato e está presente em 47,6% das vítimas femininas, ou seja, três a cinco vezes mais comum que a parcela geral de mulheres (HEGARTY, 2011). Entre outras complicações estão sintomas somáticos (65%), ansiedade e insônia (78%) e distúrbios sociais (26%) (ADEODATO et al., 2004). Um estudo realizado na Austrália, no ano 2011, mostra que mulheres pós-violência física, sexual ou evento traumático, iniciaram o uso demasiado de álcool e drogas, o que caracteriza grande associação entre o abuso emocional e depressão (GOODMAN et al., 2009). Como consequências do estresse pós-traumático também estão presentes manifestações e pensamentos intrusivos, distúrbios do sono, da memória e concentração. Entre essas mulheres, sabe-se que 10% delas cometem suicídio e a grande maioria realiza automutilação ou tentativa de suicídio, ou apresenta ideação suicida (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2005). Além disso, outro ponto importante é que quando há o distanciamento das relações abusivas, o índice de depressão decai consideravelmente (CAMPBELL, 2004). <strong>Conclusão</strong>:<strong> </strong>Pode-se inferir que os resultados, mesmo que distantes entre tempo e espaço, demonstram ser correspondentes entre si. A depressão é a doença mental que mais assola as mulheres vítimas de abuso físico e emocional, e as consequências destes são tão grandes que impedem seu bem-estar psíquico e social. O estudo das populações, medidas de prevenção, busca de ajuda e empoderamento feminino são essenciais para ajudar as vítimas dessa crueldade e tentar mudar esse quadro. O impacto da violência não deixa apenas cicatrizes físicas nas pessoas que a sofrem, mas também mentais.</p>Palavras-chave: Saúde mental. Violência doméstica. Violência contra a mulher. Depressão.}, number={1}, journal={Anais de Medicina}, author={Thomé, Agatha Louise Piccini and Ficagna, Tadiane Luiza}, year={2018}, month={out.}, pages={23–24} }