Zika vírus: aspectos gerais e saúde pública

Autores

  • Ana Paula Pereira UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

Introdução: O Zika vírus, segundo Junqueira, Rocha E Abati (2015), é assim denominado por ser oriundo da Floresta de Zika em Uganda na África; ele chegou ao Brasil em meados da Copa do Mundo de 2014, tendo seu surto de identificação no final de 2015, após ser relacionado por neurologistas como o causador da microcefalia em neonatos. Objetivo: Destacar as principais características desse vírus, que se tornou conhecido e temido após um surto no ano 2015, bem como as implicações sociais, de saúde pública e individuais que estão diretamente relacionadas com a não erradicação do vírus e do vetor (Aedes aegypti), que é também responsável pela transmissão da Dengue e da Chikungunya. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com linha na Epidemiologia Geral e abordagem qualitativa, baseada em dados obtidos em artigos, publicações legais e reportagens recentes acerca do Zika Vírus, que visam elucidar as características dessa enfermidade que se tornou um problema de saúde pública ao relacionar-se com casos de microcefalia e Guillain-Barré. Resultados: Os sintomas referidos pela infecção pelo Zika vírus não são específicos, podendo ser confundidos com outras doenças febris, como dengue e chikungunya. Segundo o Ministério da Saúde, 80% dos casos são assintomáticos. A doença apresenta evolução benigna, e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após três a sete dias (BRASIL, 2016). Correlacionou-se a infecção pelo Zika vírus em gestantes com o aumento dos casos de microcefalia em recém-nascidos. Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou a analogia entre a infecção pelo vírus Zika e o aparecimento de microcefalia. A testagem para Zika foi uma medida adotada e indicada pelo Ministério da Saúde no protocolo de atendimento dos casos de microcefalia no Brasil (BRASIL, 2015). Conclusão: Pode-se constatar que esse protocolo ainda preconiza a realização de anamnese materna e exame físico geral do recém-nascido, que inclui exame neurológico detalhado, com destaque para medição do perímetro cefálico; nesse item a OMS considera como valor de referência para microcefalia do neonato a termo o perímetro cefálico £32cm. Assim, as crianças que tiverem má-formação congênita confirmada deverão integrar o Programa de Estimulação Precoce, do nascimento até os três anos de idade, tendo em vista que é nesse período que o cérebro se desenvolve mais rapidamente. Essa estimulação visa à maximização do potencial de cada criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela microcefalia.

Palavras-chave: Zika vírus. Microcefalia. Saúde pública.

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Biografia do Autor

Ana Paula Pereira, UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina

Mestre em Biociências e Saúde (2016), Especialista em Comportamento Humano nas Organizações (2007), Especialista em Gestão de RH (2001), Graduada em Psicologia (1999) pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. Atualmente professora no Ensino Superior e Assessora da Coordenação do Curso de Medicina da UNOESC - Campus Joaçaba. Também atua como Psicóloga Consultora nas áreas de Psicologia Organizacional e do Trabalho em Empresas Públicas e Privadas. Experiência na área de Psicologia, com ênfase em Saúde do Trabalhador, Clima Organizacional, Recrutamento e Seleção de Pessoal, Treinamento e Desenvolvimento, Avaliação Psicológica, atuando principalmente nos seguintes temas: Comportamento humano, gestão de pessoas, clima organizacional, cultura organizacional, acompanhamento psicológico, avaliação psicológica, saúde e desenvolvimento.

Referências

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JUNQUEIRA, F.; ROCHA, M .C. P. da; ABATI, P. A origem do Zika vírus e a microcefalia. Carta Capital, Carta Educação. Ed. Confiança Ltda. 14 dez. 2015. Dísponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/disciplinas/ciencias/a-origem-do-zika-virus-e-a-microcefalia/>. Acesso em: 05 maio 2016.

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Publicado

2018-03-21

Como Citar

Pereira, A. P. (2018). Zika vírus: aspectos gerais e saúde pública. Anais De Medicina. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/15945

Edição

Seção

Resumos