Prevalência da hanseníase no Brasil e em Santa Catarina: uma análise de dados

Autores

  • Ana Paula Pereira UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen, que gera manifestações patológicas na pele e nos nervos. É uma patologia infectocontagiosa que corresponde a um importante problema de saúde pública nacional. Objetivo: Apresentar de forma objetiva os dados relacionados à prevalência dos casos de hanseníase entre os anos 2013 e 2015 no Brasil e em Santa Catarina e suas macrorregiões, com maior enfoque na Cidade catarinense de Romelândia, a qual apresenta o maior coeficiente de casos. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa longitudinal retrospectiva, observacional e descritiva com abordagem quali-quantitativa. Este trabalho foi realizado nos componentes de Metodologia Científica, Metodologia da Pesquisa e Produção de Textos, por meio da metodologia ativa Problem Based Learning (PBL). Utilizaram-se como auxílio dados disponibilizados nas bases de dados da Scielo, DATASUS e Ministério da Saúde. A partir do banco de dados do DATASUS, foram feitas buscas quanto à região brasileira com maior coeficiente de casos, a macrorregião catarinense com maior coeficiente de casos, a cidade com maior coeficiente de casos dentro da macrorregião encontrada anteriormente e o sexo e faixa etária dos pacientes acometidos em tal cidade. Resultados: A prevalência dos casos de hanseníase nas regiões brasileiras, entre 2013 e 2015, mostra que o local mais prevalente nesse período é o Centro-Oeste, com 1,27 casos por 10.000 hab., em contrapartida, o Sul representa o menor número, com 0,12 casos por 10.000 hab. Das macrorregiões de Santa Catarina, o Grande Oeste encontra-se disparado em frente às outras regiões, com 0,18 casos por 10.000 hab. A Serra e o Sul catarinenses, por exemplo, encontram-se na menor posição, com prevalência de 0,2. Conclusão: Em Santa Catarina é clara a discrepância entre a prevalência da doença nas macrorregiões, porém não se sabe qual o critério epidemiológico que explica um coeficiente elevado da doença no Grande Oeste catarinense, mais precisamente em Romelândia. Um dos aspectos que podem ser correlacionados à alta incidência de hanseníase nessa cidade é a escassez de estabelecimentos de saúde, além da alta prevalência de moradores na área rural, dificultando o acesso dessa maioria aos serviços oferecidos à saúde, contudo sugerem-se mais estudos que investiguem qualitativamente essa prevalência.

Palavras-chave: Hanseníase. Mycobacterium lepraemurium. Prevalência. Santa Catarina.

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Biografia do Autor

Ana Paula Pereira, UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina

Mestre em Biociências e Saúde (2016), Especialista em Comportamento Humano nas Organizações (2007), Especialista em Gestão de RH (2001), Graduada em Psicologia (1999) pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. Atualmente professora no Ensino Superior e Assessora da Coordenação do Curso de Medicina da UNOESC - Campus Joaçaba. Também atua como Psicóloga Consultora nas áreas de Psicologia Organizacional e do Trabalho em Empresas Públicas e Privadas. Experiência na área de Psicologia, com ênfase em Saúde do Trabalhador, Clima Organizacional, Recrutamento e Seleção de Pessoal, Treinamento e Desenvolvimento, Avaliação Psicológica, atuando principalmente nos seguintes temas: Comportamento humano, gestão de pessoas, clima organizacional, cultura organizacional, acompanhamento psicológico, avaliação psicológica, saúde e desenvolvimento.

Referências

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Publicado

2018-03-21

Como Citar

Pereira, A. P. (2018). Prevalência da hanseníase no Brasil e em Santa Catarina: uma análise de dados. Anais De Medicina. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/15776

Edição

Seção

Resumos