Toponímia indígena na região Oeste de Santa Catarina: patrimônio etnolinguístico

Autores

  • Valdirene Chitolina UPF

Palavras-chave:

Região Oeste de Santa Catarina, Toponímia Indígena, Patrimônio etnolinguístico

Resumo

Este artigo refere-se a um estudo descritivo preliminar – etnolinguístico – cujo objetivo principal é investigar a toponímia de origem indígena presente na região Oeste de Santa Catarina. Registram-se os nomes dos municípios, seus significados e classificações. Dos 119 municípios dessa região, 38 foram selecionados, pois tem em seus topônimos termos de origem indígena. O corpus foi constituído dos significados de palavras indígenas registradas nos dicionários de Luiz Caldas Tibiriçá (1984, 1985, 1989), Nelson França Furtado (1969) e Silveira Bueno (1986), além de uma listagem publicada, na internet, por órgãos estaduais de Santa Catarina. Para a fundamentação teórico-metodológica, obras de Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (1990, 1992) foram essenciais. Portanto, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com a organização e a interpretação dos dados por meio de análises quantitativas e qualitativas. Este estudo permite reconhecer o legado indígena na toponímia da região Oeste de Santa Catarina como patrimônio etnolinguístico de diferentes povos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE JUNIOR, D. M. de. Objeto em fuga: algumas reflexões em torno do conceito de região Fronteiras. Dourados, v. 10, n. 17, p. 60, jan./jun. 2008.

BARROS, J. M. D’A. História, região e espacialidade. Revista de História Regional, Ponta Grossa, v. 10, n. 1, p. 96-121, 2005.

BOITEUX, José A. Oeste catharinense: de Florianópolis a Dionísio Cerqueira. Florianópolis: Livraria Central de Alberto Entres e Irmão, 1931.

BUENO, Silveira. Vocabulário tupi-guarani português. 4. ed. São Paulo: Brasil, 1986.

CARBONARI, M. R. De ass explicar la región sin perderse em el intento: repassando y repensando la Historia Regional. Revista História Unisinos, São Leopoldo, v. 13, n. 1, p. 32, 2009.

CARBONERA, M. Ocupações indígenas do oeste catarinense. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 05 ago. 2019.

COSTA, A. F. O oeste catarinense: visões e sugestões de um excursionista. Rio de Janeiro: Villas Boas e Cia., 1929.

DIANA, D. Cultura Tupi-Guarani. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/cultura-tupi-guarani/. Acesso em: 12 jun. 2019.

DICK, M. V. de P. do A. A motivação toponímica e a realidade brasileira. São Paulo: Arquivo do Estado, 1990.

DICK, M V. P. A. Toponímia e antroponímia no Brasil. Coletânea de Estudos. São Paulo: USP, 1992.

FREITAS, C. J. de. A toponímia no estado de Minas Gerais: estudo dos zootopônimos. Disponível em: http://dx.doi.org/10.21165/el.v46i1.1691. Acesso em: 5 abr. 2019.

FURTADO, N. F. Vocábulos Indígenas na Geografia do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: PUCRS, 1969.

GUARUJÁ DO SUL. Histórico. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guaruj%C3%A1_do_Sul. Acesso em: 19 mar. 2019.

IBICARÉ. Histórico. Disponível em: https://www.dicionarioinformal.com.br/significado/ibicare. Acesso: em 23 mar. 2019.

IOMERÊ. Histórico. Disponível em: https://www.iomere.sc.gov.br/. Acesso: em 12 jun. 2019.

ISQUERDO, A. N. O fato lingüístico como recorte da realidade sóciocultural. 1996. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 1996.

PEREIRA, R. R. A Toponímia de Goiás: em busca da descrição de nomes de lugares de municípios do Sul Goiano. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2009.

PEREIRA, R. R.; NADIN, O. L. Taxionomias toponímicas e relações com a Terminologia. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 25, n. 1, p. 217-243, 2017.

RENK, A. A luta da erva: um ofício étnico da nação brasileira no Oeste Catarinense. Chapecó: Grifos. 1997.

RENK, A. Expropriação do campesinato caboclo no Oeste catarinense. In: GODOI, E. P. de; MENEZES, M. A. de; MARIN, R. A. (org.). Diversidade do campesinato: expressões e categorias: construções identitárias e sociabilidades. v. 1. São Paulo: UNESP; Brasília, DF: Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural, 2009.

SAMPAIO, T. O Tupi na Geografhia Nacional: memória lida no Instituto Histórico e Geographico de São Paulo. São Paulo: Typ. da Casa Eclectica, 1901.

SANTA CATARINA. Divisão dos municípios do estado de SC por mesorregiões. Disponível em: http://www.causc.gov.br/wp-content/uploads/chamadas/2429/10.-ANEXO-VII-Divisao-do-Municipios-do-Estado-de-SC-por-Mesorregioes.pdf. Acesso em: 18 fev. 2019.

SCHMITZ, P. I. Entrevista concedida a Valdirene Chitolina. São Leopoldo, RS, 11 jul. 2019.

SOUSA, Alexandre Melo de. Toponímia e ensino: propostas para a aplicação no nível básico. Disponivel em: https://books.google.com.br/books?isbn=8547302921. Acesso em: 12 abr. 2019.

TAVARES, M. Qualificação de artigo. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 19 mar. 2019.

TIBIRIÇÁ, L. C. Dicionário de topônimos brasileiros de origem Tupi: significado dos nomes geográficos de origem Tupi. São Paulo: Traço, 1985.

TIBIRIÇÁ, L. C. Dicionário Guarani-Português. São Paulo: Traço, 1989.

TIBIRIÇÁ, L. C. Dicionário Tupi-Português: com esboço de gramática de Tupi antigo. São Paulo: Traço, 1984.

TORRE, A. Micromacro ¿localglobal: el problema de la localidad en una historia espacializada. História Crítica, Bogotá, n. 69, p. 42, jul.-set. 2018.

VICENZI, R. Negros escravizados, nos antigos Campos de Palmas, região que abrangia o atual oeste de Santa Catarina. [Mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 20 maio 2020.

Downloads

Publicado

2020-06-29

Como Citar

Chitolina, V. (2020). Toponímia indígena na região Oeste de Santa Catarina: patrimônio etnolinguístico. Unoesc & Ciência - ACHS, 10(2), 157–168. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/achs/article/view/21739