O uso de medicamentos psicotrópicos na contemporaneidade e as formas de subjetivação presentes no imaginário popular referentes à figura do psicólogo

Autores

  • jociane parecy UNOESC
  • Lisandra Antunes de Oliveira

Resumo

As questões primordiais a serem investigadas e discutidas neste trabalho concentram-se no conhecimento acerca de como a figura do psicólogo aparece subjetivada no imaginário popular, verificando-se a ocorrência ou não de adesão à terapia psicológica por parte de usuários de medicamentos psicotrópicos. A pesquisa desenvolveu-se segundo o método fenomenológico. Realizaram-se entrevistas abertas que possibilitaram a obtenção de informações por meio da fala individual dos participantes. Colaboraram com a entrevista, espontaneamente, cinco usuários de medicamentos psicotrópicos. A análise das informações obtidas foi realizada utilizando o método Fenomenológico de Giorgi (1985), e a Versão de Sentido, para uma das entrevistas. O que se constata mediante a fala dos entrevistados, é que a primeira figura referenciada quando sentida a necessidade de ajuda no surgimento de problemas de natureza psíquica é o profissional da área médica. A figura do psicólogo aparece relegada em um plano secundário. Apenas uma entrevistada, entre os cinco relatos, está em acompanhamento psicoterápico no momento da realização da entrevista. Isso revela a busca por soluções imediatas para os problemas emocionais, consequência da confluência dos vários fatores discutidos neste trabalho, entre eles, a relação da medicina com a gênese da psicologia no Brasil e a tentativa da medicina em apropriar-se do universo psi por intermédio da psiquiatria.

Palavras-chave: Medicamentos psicotrópicos. Subjetividade. Psicólogo.

 

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Publicado

2011-03-18

Como Citar

parecy, jociane, & Oliveira, L. A. de. (2011). O uso de medicamentos psicotrópicos na contemporaneidade e as formas de subjetivação presentes no imaginário popular referentes à figura do psicólogo. Unoesc & Ciência - ACHS, 1(2), 183–190. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/achs/article/view/88