Comparação do nível de atividade física e modulação autonômica entre escolares de 12 a 18 anos incompletos
Resumo
A prática regular de atividade física é fundamental na prevenção de doenças e na redução das sequelas causadas por doenças hipocinéticas. Sabe-se que a inatividade física é um dos responsáveis por cardiopatias e problemas ligados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Com o aumento do nível de atividade física regular, há melhoras fisiológicas na força, velocidade, flexibilidade e resistência aeróbia e anaeróbia. Nessa perspectiva, com o presente trabalho teve-se como objetivo comparar a modulação autonômica de escolares de 12 a 18 anos incompletos com diferentes níveis de atividade física por meio da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Participaram 53 adolescentes com idade entre 12 e 18 anos incompletos, separados em dois grupos: insuficientemente ativo (IA) e suficientemente ativo (SA), classificados por meio do questionário Paq-A. A modulação autonômica cardíaca foi avaliada utilizando o registro do intervalo R-R (ms) pelo período de sete minutos. Quanto aos valores percentuais da banda de baixa frequência (BF), observaram-se valores maiores no grupo IA (50,6%) em relação ao grupo SA (40,4%). Já na banda de alta frequência (AF), o grupo SA apresentou valores maiores (59,6%) quando comparado ao grupo IA (49,4%), demonstrando, assim, que o grupo SA apresentava maior modulação autonômica parassimpática. Em síntese, considerando os resultados obtidos no presente estudo, é possível evidenciar que o maior nível de atividade física é responsável pela melhor modulação autonômica cardíaca.
Palavras-chave: Educação física escolar. Nível de atividade física. Variabilidade da frequência.