Prevalência de enteroparasitoses em amostras de agrião comercializadas no extremo-oeste de Santa Catarina

Autores

  • Diana Paula Ceconi
  • Eduardo Ottobelli Chielle UNOESC
  • Tiago Mateus Andrade Vidigal

Palavras-chave:

Parasitologia, Plantio, Contaminação, Água, Saneamento

Resumo

Vegetais consumidos crus como o agrião podem servir de veículo para contaminação por parasitas intestinais, uma vez que estes estão presentes nas fezes de humanos e animais e podem contaminar o solo utilizado no plantio desses vegetais e a água utilizada na irrigação. Este trabalho teve como objetivo avaliar a possível contaminação por parasitas intestinais em amostras de agrião comercializado em cinco municípios pertencentes à região Extremo-Oeste catarinense. Foram analisadas quatro amostras provenientes de cada um dos cinco municípios pertencente a essa região. As amostras foram adquiridas aleatoriamente em distintos supermercados, sendo preparadas conforme a técnica de sedimentação espontânea de Hoffman (1934) com modificações. Após o período de sedimentação foram preparadas lâminas, as quais foram avaliadas com o auxílio de microscopia óptica em aumento de 100 e 400 x. O total das amostras encontrava-se contaminada por pelo menos uma estrutura parasitária. As amostras provenientes do Município de Descanso apresentaram maior número de estruturas parasitárias. O método de cultivo hidropônico não apresentou diferenças significativas quanto aos índices de contaminação quando comparado ao método de cultivo geopônico. Esses resultados sugerem a necessidade de medidas profiláticas e educacionais quanto às diversas etapas da produção e preparo desses vegetais antes de seu consumo.

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Publicado

2019-05-28

Como Citar

Ceconi, D. P., Ottobelli Chielle, E., & Vidigal, T. M. A. (2019). Prevalência de enteroparasitoses em amostras de agrião comercializadas no extremo-oeste de Santa Catarina. Unoesc & Ciência - ACBS, 10(1), 85–92. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acbs/article/view/14340