Lesão medular traumática: mudanças biopsicossociais e suas consequências

Autores

  • Cintia Soligo
  • Amanda Angonese Sebben

Palavras-chave:

Lesão medular traumática, Aspectos biopsicossociais

Resumo

Lesão Medular Traumática é conceituada como uma doença crônica das mais incapacitantes, sendo que seus danos físicos são permanentes e irreversíveis, acarretando interferências biopsicossociais à vida do indivíduo acometido. Por meio desta pesquisa, buscou-se verificar quais as mudanças sofridas pelas vítimas de lesão medular traumática diante da sua nova realidade de vida. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa, por meio de um roteiro com entrevista semiestruturada. Nesta pesquisa, participaram quatro pessoas adultas escolhidas por conveniência, utilizando como critérios que elas tivessem se lesionado em um período de três a dez anos, sendo que o tempo de lesão é conforme a situação dos participantes, e que elas se encontrassem na faixa etária entre 20 e 40 anos, residentes na região de Oeste de Santa Catarina. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, de acordo com Bardin. Por meio dos relatos das pessoas entrevistadas, percebe-se que, quanto mais independente as pessoas lesionadas eram em seu cotidiano, mais elas conseguiram ter uma visão positiva da situação na qual se encontram. Portanto, o fato de ter se tornado um paraplégico ou um tetraplégico passa a ser permeado pela vivência de limitações, dependências, sentimentos e reações nos aspectos biopsicossociais que possuem um extremo significado na vida dessas pessoas.

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Publicado

2019-05-28

Como Citar

Soligo, C., & Sebben, A. A. (2019). Lesão medular traumática: mudanças biopsicossociais e suas consequências. Unoesc & Ciência - ACBS, 10(1), 67–74. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acbs/article/view/16759