A separação da mãe e do bebê na carceragem

Autores

  • Álvaro Cielo Mahl UNOESC
  • Renata Lais Solivo

Palavras-chave:

Mulheres presas, Separação da mãe e bebê, Vínculo, Carceragem

Resumo

Com o presente estudo objetivou-se compreender as reações e efeitos gerados nas mães encarceradas em decorrência do rompimento de vínculos com o bebê e entender como essas mães se sentiram quando foram separadas dos filhos após os seis meses de convívio.  Desse modo, procurou-se responder à seguinte questão: quais os efeitos gerados na mãe encarcerada em decorrência do rompimento de vínculos entre mãe e bebê? Para a pesquisa, entrevistaram-se três detentas do gênero feminino, que estão cumprindo pena no Presídio Feminino de Chapecó, na região Oeste de Santa Catarina. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com análise de conteúdo de Bardin (2000). A vivência da maternidade na prisão foi marcada como uma experiência de perdas, medos, culpas, solidão, insegurança e sofrimento em razão da separação dos filhos.

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Publicado

2019-05-28

Como Citar

Mahl, Álvaro C., & Solivo, R. L. (2019). A separação da mãe e do bebê na carceragem. Unoesc & Ciência - ACBS, 10(1), 23–30. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acbs/article/view/18955