TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E IMPLICAÇÕES NA ODONTOLOGIA

Autores

  • Larissa Cristina Ferreira
  • Anderson Nardi
  • Alex Junior Bittencourt
  • Anni Elen Signor Ampese
  • Marina Bortoli Dupont
  • Letícia Totti Serafini
  • Vanessa Weber De Azeredo

Resumo

A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica crônica e progressiva, que causa deficiência no suprimento sanguíneo e se estabelece pela disfunção diastólica, sistólica ou ambas, comprometendo os ventrículos. O tratamento medicamentoso de pacientes com insuficiência cardíaca objetiva diminuição dos sinais e sintomas, melhoria da qualidade de vida e aumento da sobrevida do paciente. O propósito desse trabalho é relacionar as implicações do tratamento medicamentoso da insuficiência cardíaca, por meio do uso de Captopril e Digoxina, com a Odontologia. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados PubMed, SciELO e EBSCO e em livros de Farmacologia e Terapêutica. A Digoxina é um digitálico cujo mecanismo de ação inibe a bomba de sódio-potássio nas fibras cardíacas, aumenta a concentração intracelular de íons cálcio e promove uma maior contratilidade do músculo cardíaco. De maneira geral, os efeitos adversos da Digoxina estão relacionados estritamente com a dose, portanto, as reações adversas não serão comuns se a dose utilizada estiver dentro da faixa ou concentração plasmática adequada. O Captopril é um inibidor da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) utilizado como anti-hipertensivo e para pacientes com insuficiência cardíaca. A inibição da ECA provoca diminuição da resistência vascular sistêmica e da tensão de pré-carga e pós-carga cardíacas. Entre os efeitos adversos mais observados com o uso do Captopril notam-se tosse, alteração no paladar e erupções cutâneas. O cirurgião-dentista deve se empenhar na eliminação da ansiedade e da dor associadas ao tratamento odontológico, uma vez que o estresse impõe uma maior carga de trabalho ao coração e estimula a liberação de catecolaminas endógenas, aumentando o risco de arritmias induzidas por Digoxina. Em casos de estresse emocional ou dor, deve-se instituir terapia preemptiva com ansiolíticos ou analgésicos. O efeito anti-hipertensivo dos inibidores da ECA pode ser reduzido pelos anti-inflamatórios não esteroidais, devido à diminuição da síntese de prostaglandinas.

Palavras-chave: Insuficiência Cardíaca. Captopril. Digoxina. Odontologia.

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Publicado

2016-03-09

Como Citar

Ferreira, L. C., Nardi, A., Bittencourt, A. J., Ampese, A. E. S., Dupont, M. B., Serafini, L. T., & Azeredo, V. W. D. (2016). TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E IMPLICAÇÕES NA ODONTOLOGIA. Ação Odonto, 3(2), 72. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/9284