TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM ESPIRONOLACTONA E DIGOXINA E AS IMPLICAÇÕES NA ODONTOLOGIA

Autores

  • Amanda Fiorelli Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Danielle Christiane Debesaytis
  • Eduarda Quadri
  • Elaine Chiamulera
  • Handry Karla Barbosa Stingher
  • Keila Sonaglio Bazotti
  • Anderson Nardi

Resumo

A insuficiência cardíaca (IC) crônica caracteriza-se pelo débito cardíaco inadequado ou insuficiente para fornecer oxigênio e/ou nutrientes para os tecidos e órgãos. O organismo aciona alguns mecanismos de compensação na tentativa de adequar o débito cardíaco, com a ativação dos barorreceptores sinalizando o sistema nervoso simpático, que envia sinais eferentes para o coração aumentar a sua frequência; atuando nos rins, ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona, aumentando a pressão arterial, o que resulta em hipertrofia miocárdica. O objetivo com este trabalho foi o estudo dos fármacos espironolactona e digoxina usados no tratamento da IC e suas implicações na odontologia. O levantamento bibliográfico foi realizado na base de dados SciELO, no site da Anvisa e em livros de farmacologia e terapêutica medicamentosa. Os sintomas mais frequentes no portador dessa doença é fadiga e/ou dispneia, edema sistêmico, pulmonar e de membros inferiores. Além da espironolactona e da digoxina, outros fármacos podem ser usados, como betabloqueadores e vasodilatadores. Como diurético, a espironolactona antagoniza a aldosterona, retendo potássio e excretando sódio e água. Seus efeitos adversos são insignificantes. Sua eficácia é atenuada pelo uso concomitante ao ácido acetilsalicílico. Os digitálicos atuam inibindo a bomba de sódio/potássio nas células cardíacas, aumentando a contratilidade miocárdica; interagem com AINEs, corticoides, claritromicina, eritromicina, tetraciclina, itraconazol e alprazolam por aumentarem a toxicidade da digoxina, causando fibrilação. Neomicina e adrenalina antagonizam seu efeito, ocasionando arritmias. Por seu baixo índice terapêutico ela é utilizada apenas em casos mais graves de IC. O tratamento odontológico de pacientes com IC deve respeitar as limitações farmacológicas impostas pelo médico, pois esses fármacos interagem com as medicações comumente empregadas na odontologia. É de fundamental importância que o cirurgião-dentista conheça as implicações e limitações que o paciente com essa insuficiência impõe. Para tanto, é relevante não gerar situações estressantes pré e durante atendimento, considerando possível o uso de benzodiazepínicos nessas situações.

Palavras-chave: Insuficiência cardíaca crônica. Espironolactona. Digoxina.

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Publicado

2016-10-10

Como Citar

Fiorelli, A., Debesaytis, D. C., Quadri, E., Chiamulera, E., Barbosa Stingher, H. K., Bazotti, K. S., & Nardi, A. (2016). TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM ESPIRONOLACTONA E DIGOXINA E AS IMPLICAÇÕES NA ODONTOLOGIA. Ação Odonto, (1). Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/10420

Edição

Seção

Resumo Categoria I