Doença periodontal associada ao trauma oclusal: relato de caso

Autores

  • Maite Benedetti Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
  • Laralícia Casagrande Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
  • Léa Maria Franceschi Dallanora Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
  • Claudia Irene Wesoloski Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
  • Rodrigo Cecconello Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
  • Soraia Maria Hack Comunello Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
  • Mariana Machado Teixeira de Moraes Costa Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
  • Roberto Cesar Amaral Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
  • Guilherme Augusto Corso Galvan Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
  • Fábio Dallanora Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc

Resumo

O trauma de oclusão vem sendo observado há muitos anos como um fator causal da presença de mobilidade em dentes que recebem grande carga oclusal, sendo que a oclusão traumática causa injúria nas estruturas de suporte dentário, fator quase obrigatório para a doença periodontal. Nesse sentido, a pressão excessiva do dente, mediante suas fibras colágenas contra o osso alveolar, acarreta distúrbios vasculares na gengiva marginal, originando recessão ou formação de bolsas. Paciente M. P. S., sexo feminino, 36 anos, funcionária pública, residente na cidade de Herval d’Oeste, procurou atendimento na Unoesc com queixa de “falha na gengiva”, quadro que a incomodava esteticamente. Clinicamente, observou-se cálculo supragengival generalizado, manchas de nicotina e algumas áreas de higienização precária. Ao exame radiográfico interproximal, foi possível observar perda de suporte ósseo na horizontal, e, na radiografia panorâmica, foi observada ausência dos elementos 42, 14 e 24. Baseado na queixa da paciente, foi constatada recessão gengival de 4 mm e mobilidade grau 1, unicamente no elemento 31. O dente apresentava marcação acentuada na região incisal, quando submetido ao teste com carbono, sugerindo que o trauma havia sido o fator agravante da doença periodontal, tendo chegado a tensões elevadas, as quais acarretaram a fratura de parte da restauração na face palatal do elemento 21. Foi realizada, inicialmente, a adequação de meio com raspagem supragengival inferior e superior em todos os elementos dentários e ajuste oclusal na face palatina do dente 21. O elemento 31, após sete dias de raspagem subgengival e do ajuste, apresentou melhoras na coloração e textura da gengiva. Após 14 dias da raspagem, foi possível observar migração da gengiva em decorrência da diminuição do edema. Conclui-se que o ajuste oclusal com o tratamento periodontal foi primordial para a melhora do caso clínico. Em seguida a paciente foi encaminhada para realização de cirurgia periodontal e acompanhamento periodontal.

Palavras-chave: Doença periodontal. Retração gengival. Ajuste oclusal.

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Publicado

2018-09-11

Como Citar

Benedetti, M., Casagrande, L., Dallanora, L. M. F., Wesoloski, C. I., Cecconello, R., Comunello, S. M. H., Costa, M. M. T. de M., Amaral, R. C., Galvan, G. A. C., & Dallanora, F. (2018). Doença periodontal associada ao trauma oclusal: relato de caso. Ação Odonto. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/acaodonto/article/view/17213

Edição

Seção

Resumo Categoria III - São Miguel do Oeste